Capítulo VI

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—Tick, esse é o Arthur, um... Amigo, e esse é o Lilo. - Aponto para Lilo.

—Oi Lilo. - Tick dis ignorando Arthur completamente

—Ninguém me leva a sério, sempre dão mais atenção pro Lilo, isso magoa gente...

—Sindy eu acho que já vou... Queria conversar com você, mas a sós, entende?

—Ah, não cara, não sabia que ela estava ocupada eu já estou indo. Até outra hora Sindy. - Arthur me diz.

—Ok, desculpa. - me abaixo e faço carinho no Lilo. - Tchau garotão, espero te ver logo viu.

  Assim que Arthur se vira e eu fecho a porta Tick pega sua mochila que está jogada no chão e vai se dirigindo a porta.

—Você não disse que queria falar comigo?

—Por quê? Quer que eu fique mais tempo - ele apoia o braço na parede atras de mim de forma que me prende contra ela.

—Você não me fez mandar o Arthur embora por nada Tick! - falo em um tom alto quase gritando.

—Não grite comigo, eu não gosto desse tipo de atitude! - ele se aproxima de forma ameaçadora.

—Mas você...

—Você tem Netflix? - ele diz como se não tivesse acabado de ter um mini surto. - eu fico se pudermos ver um filme.

—Eu tenho, mas não tenho uma televisão ou um computador.

—Eu já me impressiono com o fato de você ter Netflix, você não tinha nem uma comida descente nessa casa.

—Primeiro que a Netflix que eu uso não é bem minha... E segundo, você respeita minhas necessidades!

—Certo - ele diz rindo, a gente assim no seu celular, mas eu escolho o filme.

  E foi assim que passei metade da manhã assistindo filmes de ação, não vou negar que gosto, mas também não morro de amores por esse estilo de filme, quando enjoei pedi por outro gênero, discutimos um pouco, mas acabamos concordando em assistir terror.

  Quando me dei por mim não estávamos apenas deitados na cama, estávamos deitados e abraçados na cama, me veio um sentimento estranho, uma alegria momentânea, e eu segurei a mão dele, Tick se assustou mais com o meu gesto do que com  o filme, não tive coragem de olhar para ele, mas tive a impressão de que ele sorriu, apesar de tudo, ele não parece uma pessoa ruim.

—Sindy, já são 11:30 e eu tenho que ir...

—Ok, eu tenho que sair trabalhar de qualquer forma. - eu faço careta pela dor quando me levanto.

—Boa sorte - ele ri, as vezes me fere a forma como ele está pouco se fudendo para todos os machucados que ELE me causou.

—Engraçadinho. - mostro a língua como uma criança boba.

—Bom, eu já vou.

—Hey, espera! Você está com a camisa do meu irmão, e levou a calça dele também...

—Devolvo a calça amanhã. - ele diz tirando a camisa e jogando pra mim.

—Tá bom até... amanhã. - ouço a porta batendo indicando que ele saiu antes que eu terminasse de falar. 

 x X x

  Após a tarde de trabalho chego meio dolorida em casa, tomo um banho coloco uma roupa quente e me ponho a terminar de copiar o restante da matéria, até alguém bater na minha porta.

—Oi, desculpa, eu vim mais cedo, e aquele seu... Aquele cara estava aqui, e eu passei o dia me perguntando se não acabei me interessando por uma garota que namora. - Mais uma vez Arthur diz tudo de uma vez, me pergunto se ela fica nervoso para falar comigo e vem decorando as falas no caminho.

—Ele é um colega de escola, ele estava me ajudando com algumas coisas... Definitivamente não é meu namorado! - digo me sentindo corar por ele ter dito que está interessado em mim.

—Ufa... Agora fiquei meio sem jeito, não sei se escolhi as palavras certas, meu Deus, que vergonha... Não acredito que eu vim até aqui pra isso.

—Você não quer entrar? Não estou fazendo nada importa. - Na verdade meio que estou...

—Sério? Quero sim. - ele abre um sorriso, eu abro passagem para ele entrar e depois tranco a porta.

—Sei que é frase clichê, mas não repara na bagunça, estava copiando umas materias da escola. - ele se aproxima dos meus cadernos.

—Primeirão? Lembro dessa matéria.

—Sim, você está em que série?

—Terminei ano passado, já tenho 18. Você mora sozinha?

—Sim. - falo meio sem jeito.

—Imaginei pela forma como você parece a vontade em deixar um garoto entrar assim do nada.

—E por eu estar vestida de qualquer jeito também eu imagino. - me refiro ao moletom grande e o shortinho curto de tecido.

—É, também. - ele ri

  Após conversas aleatórias e ele se emocionar revendo as matérias escolares do primeiro ano ele se despede de mim e sai, me preocupei um pouco dele estar saindo quase meia noite em uma rua tão perigoso, mas acabei não dizendo nada, não ia convidar outro garoto aleatório para dormir na minha casa, nem sei se ele não é como o Tick, ou talvez pior.

  Vou dormir pensando em como minha vida virou de cabeça para baixo em menos de uma semana, em um dia ninguém sabia que eu era, no dia seguinte aqui estou eu com a casa movimentada e convivendo com seres humanos, não que muita gente fale comigo agora, mas de zero para dois garotos aqui em casa em uma semana, já estou me estranhando, é o ensino médio na minha vida... Falando em ensino médio, me distrai tanto com Arthur que nem terminei o que tinha para copiar, e hoje foi o ultimo dia da minha "folguinha", vou ter que me resolver com os professores amanhã, porque agora o cansaço me consome de uma forma, que só consigo fechar os olhos e dormir.



NÃO ME IGNORA, PLEASE!!!

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Hi, obrigada por ler, sou nova nesse estilo de livro, mas estou tentando gente, deixe seu comentário, seja ele uma critica, uma dica, uma observação, ou um apoio, sério, preciso muito de apoio se for realmente continuar essa historia... E gostaria que bastante gente visse, então deixe seu voto, e compartilha com alguém que você sabe que iria gostar, vou ficar muito feliz, até o próximo capítulo docinho, espero que esteja gostando.

--Cherry, cerejinha do bolo.

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