Capítulo 12

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Já se passaram dois messes que estou aqui em Nova York. Nem acredito que daqui a duas semanas eu vou embora e tudo vai voltar ao normal. Vou ter que ir a faculdade de novo, encontrar meus amigos e a bendita professora de cálculo. Mas isso é o de menos. Vou sentir falta desse lugar. Principalmente das experiências que passei aqui. Conhecer o Fernando e namorá-lo, ter uma boa convivência com meu pai, brigas intermináveis com minha madrasta, Irene, e sua filha irritante, Bianca. Tudo fez parte da minha vida aqui. Sinceramente, não mudaria nada do que passei aqui.

Venho trabalhando bastante com o meu pai e a cada dia, vejo que ele está orgulhoso da filha que tem. Finalmente consigo sentir que estou dando tudo de mim e que estou fazendo o certo, o que me faz crer que estou mostrando a minha capacidade para todos que querem ver e principalmente, para os que não querem.

Converso com a minha mãe pelo menos três vezes por semana. Ela está bem, porém se sente um pouco sozinha em casa e por isso incentivei-a a sair um pouco. Na semana passada, enquanto estava com a Dona Lucinda no telefone, ela me contou que conheceu alguém. Finalmente Jesus! E está feliz com esse cara, me explicou que ele também é divorciado e é um velho de 50 anos muito charmoso. Espero realmente que tudo dê certo entre eles. Minha mãe está muito melhor depois que o conheceu e só por isso já gosto desse cara, mas preciso conversar com ele sobre algumas regras da casa, como: nunca machucar minha mãe, se não ele vai acabar sendo castrado.

Eu e Fernando estamos muito bem, ele vem me ver quase todos os dias depois que sai do escritório. Nós vamos para o quintal da casa de Wiliam e ficamos no balanço conversando sobre os nossos dias, nos beijando com a mesma intensidade do primeiro beijo. Todo final de semana saímos para jantar e acabo dormindo no hotel em que ele está hospedado. A primeira vez que fui para lá foi a noite mais sensacional da minha vida.

Nós tínhamos ido dançar em uma nova boate que abriu no centro da cidade. Enquanto estávamos no bar, um homem começou a me cantar e Fernando ficou muito bravo, morrendo de ciúmes. Tenho que falar a verdade, eu amei isso. Então por um momento, eu comecei a tentar

deixá-lo com mais ciúmes, por isso eu dei um pouco de importância para o cara. Agora, posso dizer que me arrependi bastante. Meu garotão me puxou para o colo dele no banco da boate mesmo e me tascou um beijo de tirar o fôlego. O homem logo saiu fora e Fer me deu uma bronca, como não me segurei, comecei a rir na sua cara e para me castigar, me deu um belo tapa na bunda.

Logo depois desses acontecimentos, fomos para a pista de dança, começamos a mexer os nossos corpos e Fernando colava cada vez mais em mim, até que senti sua ereção na minha bunda. Não aguentei e me virei para ele, o beijando com vontade. Fala sério! Não sou nenhuma santa e já estávamos saindo a quase um mês. Eu o queria como meu e achei que assim, tudo ficaria mais perfeito.

Em poucos segundos, ele começou a me puxar para fora da boate e fomos para o hotel que estava hospedado. Foi uma loucura. Nem chegamos ao quarto, que já estávamos tirando nossas roupas. Foi tudo maravilhoso. Fer foi gentil, amoroso. Gosto de pensar que nós não fizemos sexo e sim, amor.

Ficamos juntos a noite inteira. No dia seguinte, tive que inventar uma desculpa para meu pai, que claro que Wiliam não acreditou e ficou com raiva por ter passado a noite fora e pior, por ter ficado com o Fernando. Mas foi a melhor decisão que eu tomei na vida.

Saio dos meus devaneios quando Bianca entra no meu quarto como um furacão. A cada dia que passa, ela consegue me irritar mais, se isso é possível.

- Chegou flores para você, de novo. Quer falar para o namoradinho parar de mandar essas coisas, já que não é você que vai atender a porcaria da porta? - Fernando, depois do primeiro encontro, sempre me manda flores, o que o deixa mais fofo do que já é.

Simplesmente Acontece.Onde histórias criam vida. Descubra agora