Simplesmente Acontece.

Capítulo 18

Acordo com beijos na minha nuca. Estou deitada na cama, com apenas o lençol cobrindo a minha nudez. Fernando está atrás de mim, seu braço acaricia minhas costas enquanto sua boca me deixa arrepiada.

- Vamos amor, acorde... -Sussurra de leve no meu ouvido. - Preciso ir e quero ganhar um beijo!

Abro os olhos preguiçosa, viro para ele, que já está magnífico em seu terno. Fer sorri lindamente quando me vê acordada. Olho o relógio ao lado da cama e vejo que são oito horas da manhã. Não consigo entender como que ele pode acordar de bom humor depois de dormir um pouco menos de quatro horas.

Sorrio em resposta, faço bico para que ele entenda que eu quero o meu beijo. Sempre faço isso quando meu amor me acorda. Tudo bem que no começo não gostava muito. Sabe, beijar o seu namorado com o bafo matinal não podia acontecer, porém, hoje, nem ele e nem eu ligamos para isso. Acabamos nos acostumamos com o tempo.

- Bom dia minha noiva! - Diz e me beija em seguida. Começamos com um beijo calmo, entregando-nos aos poucos. Quando Fernando aprofunda-o, fico louca de desejo por ele e tudo parece desaparecer.

- Bom dia, meu noivo! - Digo em sua boca e em seguida sorrio.

- Amor, desculpa, mas eu tenho que ir para a empresa. Tenho uma reunião hoje...

- Tudo bem.... Pode ir. Vou ir ver meu pai hoje.

- Certo, mas irá almoçar comigo. Não aceito não como resposta.

- Sim senhor. - Sorrio. Fernando levanta da cama, pega o celular no criado-mudo e as chaves na mesa que tem ao lado da varanda.

- Cuide-se amor. Te mando uma mensagem mais tarde para combinarmos sobre o almoço... - Diz me dando um selinho rápido e indo em direção à porta do quarto.

- Pode deixar amor. Coma alguma coisa heim!

- Vou comer no caminho, noiva.

- Tchau noivo! Bom trabalho.

Ele sai do quarto e eu volto a me deitar na cama. Minha cabeça agora está a mil. Finalmente a minha ficha caiu! Eu vou me casar com o homem que eu amor. Mas espera.... Onde iremos viver? Precisamos comprar uma casa! Na verdade, acho que a primeira coisa que tenho que fazer é contar para minha mãe!

Levanto correndo e tento achar o meu celular, já que não faço ideia de onde ele possa estar. Procurei pelo quarto e não encontrei, vou até o banheiro e o acho em cima da pia.

Assim que o tenho em mãos, disco o número da minha mãe. Quando chega ao sexto toque, fico impaciente, porém quando vou desligar, ouso a voz dela do outro lado da linha.

- Filha?

- Oi mãe! Como a senhora está? - Digo andando para fora do banheiro, indo para a varanda.

- Bem e você? Aconteceu alguma coisa para você não me ligar no horário habitual? - Pergunta preocupada.

- Estou bem mãe! Aconteceu uma coisa sim... - Antes que eu consiga continuar a falar, ela me interrompe.

- Oh Senhor! O que aconteceu? Você está machucada? Não me esconda nada Melanie!

- Calma mãe! É uma coisa boa, na verdade, muito boa.

- E o que é? Fale logo antes que sua velha mãe tenha um infarto! - Sempre muito exagerada essa minha mãe, penso rindo.

- Eu vou me casar! - Falo de uma vez só. - Fernando me pediu em casamento ontem, acredita?!

- Minha filha! Que felicidade! Espero que vocês consigam tudo que querem e me dêem muitos netos! - Fala ela rindo.

- Mãe! Sem netos por enquanto. - Falo rindo com ela.