Quando um homem marcado pelas adversidades da vida e uma mulher determinada a alcançar seus sonhos se encontram, o que pode resultar? Um romance encantador ou uma guerra devastadora? Eu aposto na segunda opção...
Bastien, que perdeu os pais e a espo...
Era domingo, e eu acabara de retornar da academia, em busca da minha melhor forma. Manter-me bonito e atraente exigia dedicação, mesmo para alguém como eu, acostumado aos elogios. Apesar da preferência por exercícios em casa, seguia o conselho médico de variar o ambiente de treino. Afinal, quem sou eu para questionar o conselho de um especialista? Chegara o momento de buscar Lilith, minha nova assistente, e seus pertences em sua residência. Optei por ir pessoalmente, dispensando o motorista, pois queria o prazer de conhecer sua casa e sua amiga. Já havia comunicado aos empregados sobre a chegada da nova integrante, exceto Sarah, que ainda estava alheia aos acontecimentos.
- Estela, por favor, prepare a mesa. Hoje teremos um almoço conjunto - solicitei à empregada. - E assegure-se de que Sarah não saia de casa hoje.
Embora tenha parecido surpresa, Estela não ousou questionar. Era evidente que não desafiaria minha decisão. Dirigi-me ao quarto de Sarah para informá-la do que estava acontecendo.
- A quem você está enviando isso?- perguntei, divertindo-me ao vê-la tirar uma foto no espelho com um vestido.
- Um pouco de privacidade seria bem-vindo nesta casa, irmãozinho... - respondeu, revirando os olhos enquanto se virava para mim. - Sábado é o baile de boas-vindas da escola, e você precisa me acompanhar - informou.
- Eu? Por que eu? - indaguei, apontando para mim mesmo.
- Porque os pais ou responsáveis devem acompanhar os alunos no início da festa - explicou, aproximando-se. - Você irá, não é?
- Sinto muito... - fiz uma expressão triste. - Mas é claro que irei... - concluí, sorrindo.
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- Valeu! - ela sorriu também. - Mas por favor, não me deixe na mão como da última vez. Se for para fazer isso, avise logo que não vai! Ficaram me ridicularizando na escola por dois meses seguidos.
- Relaxe, eu vou aparecer, fedelha - falei, bagunçando seu cabelo.
- Para! - ela gritou, rindo.
Apesar de estarmos sempre nos provocando, Sarah e eu tínhamos um bom relacionamento. Nos aproximamos um pouco mais depois da morte de nossos pais, mas isso não nos impedia de estarmos muitas vezes em pé de guerra. Afinal, sou o irmão mais velho e ela a irmã mais nova. Acho que esse é o papel dos irmãos: brigar e depois fingir que nada aconteceu.
- Sarah, precisamos conversar - falei sério enquanto ela voltava a guardar o vestido que estava em suas mãos.
- Ah não! Nem pensar! - ela respondeu de imediato.
- Ué, eu nem falei nada ainda, está louca? - repliquei.
- Não pense que eu vou mentir novamente para suas amiguinhas, dizendo que você dorme em casa quando não dorme. Da última vez, sobrou pra mim! Aquela maluca veio aqui e queria me puxar pelos cabelos por sua causa.
