~Lilith
Após o cinema, eu já me encontrava exaurida de tédio e ansiosa para retornar ao meu lar. Preferia suportar as excentricidades de Bastien a presenciar meu interesse amoroso trocando beijos com outra.- Para onde você vai, Li? - indagou Made, enquanto eu tentava escapar discretamente.
- A lugar nenhum... - dissimulei.
- Vamos ao bar! - exclamou Rael animado enquanto eu revirava os olhos.
Infelizmente, nós realmente nos dirigimos ao bar. Foi mais um infortúnio, pois eu só conseguia ver Rael e a tal Jen se beijando. Aquilo era um espetáculo repugnante e eu já estava prestes a intervir de maneira enérgica.
- Madeline, ou você me segura, ou eu vou lá separar aqueles dois no tapa - declarei.
- Calma, amiga, eu vou pedir uma bebida para você relaxar - propôs ela.
- Não, Made! Você sabe que eu não bebo.
- Lilith, apenas uma! Para aliviar a tensão - insistiu Gael.
- Só aliviarei minha tensão depois de desfigurar o rosto daquela atrevida - falei, apontando para Jen.
- Tome, é um drink leve - disse Made.
Eu não tinha o hábito de consumir bebidas alcoólicas, sempre fui contra isso, mas naquela noite eu já estava fora de mim e resolvi tomar apenas uma, depois mais uma... porém, essa história de "só mais uma" nunca funciona. Era a primeira vez que eu experimentava álcool e acabei consumindo mais do que deveria...
[...]
~Bastien
Vejo Lilith saindo de um carro estranho, cambaleando para os lados. Quando percebi que ela estava completamente desorientada, abri a porta e fui até o portão para ajudá-la. Peguei-a nos braços e a levei para dentro. Lilith mal conseguia caminhar; era inacreditável.- O que é isto, Lilith? - perguntei, colocando-a no sofá.
- Oh moço, desculpe... eu entrei na casa errada? - disse ela, visivelmente grogue.
- Você está em casa, gatinha. E está bêbada!
- Preciso ligar para um táxi vir me pegar... minha mãe vai me matar se souber que estou na casa de um homem estranho...
- Sua mãe já está no céu, Lilith.
- Ela virou um pássaro?
- Lindinha, vá dormir, vá para o seu quarto...
Ela me olhou e riu. Depois, colocou a mão no rosto e se apavorou.
- Ah meu Deus, alguém roubou meus óculos!
- Lilith, você nem usa óculos! - revirei o olhos.
- Ah é... - respondeu ela. - Mas você nem sabe o que aconteceu comigo, moço!
- E nem quero saber, eu vou te levar para o seu quarto - estava prestes a pegá-la no colo novamente quando ela começou a chorar. - O que foi agora?
- Você é igual a todos os homens! Nem quer me ouvir! - ela chorava como uma criança.
- Está bem, Lilith, sou todo ouvidos... - precisava fazê-la parar de chorar ou acordaria a casa toda.
- O idiota do meu amigo... - disse, limpando as lágrimas e fungando o nariz.
- Que amigo?
- Eu tenho um amigo e gosto dele, mas ele é um tremendo boca aberta e não percebe...
- Hum, o que tem? - eu já estava ficando entediado, mas o assunto começou a ficar interessante...
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A Sinfonia de Bastien
RomantizmQuando um homem marcado pelas adversidades da vida e uma mulher determinada a alcançar seus sonhos se encontram, o que pode resultar? Um romance encantador ou uma guerra devastadora? Eu aposto na segunda opção... Bastien, que perdeu os pais e a espo...