Nos sentamos no piano e começamos a tocar juntos.
—Ai amiga, segura o piano ai, preciso ir no banheiro.
—Não acredito Dwey!
—Segue tocando ai, enrola até eu voltar.
Revirei os olhos e voltei a atenção ao piano, não percebi quando alguém sentou ao meu lado apenas quando mãos começaram a tocar. Me surpreendi ao ver Willian tocando uma música linda e desconhecida pra mim.
—Oi!-disse ele com um sorriso de tirar o fôlego.
—Sabe que não podemos ser vistos né?!
—Isso não da um frio na barriga?!-sussurrou ele me fazendo arrepiar.
—Dá sim...-falei voltando meu olhar para o piano.
Will iniciou uma outra música que conheço e ele começou a cantar olhando pra mim, sabe onde tava meu coração... Na boca, mas cantei. Cantei pra ele. Quando terminou algumas pessoas assobiaram e aplaudiram. Ele passou a mão em meu rosto para me beijar então comecei outra música no piano, Will me acompanhou com aquele sorriso, o medo de que uma foto nossa vá parar nas mãos dos meus pais é enorme. Dwey não chegava então terminei a música, agradeci e me levantei.
—Preciso ir!-sussurrei.
—Espera?!-disse Will segurando minha mão e colocando um papel dentro, o apertei, sorri e sai dali.
Vou matar o Dweyne. Abri o papel e era uma entrada pro cinema pra daqui meia hora. Senhor o que eu faço, meus pais vão cortar minhas asas assim que descobrirem.
—Miga que dueto foi esse?
—Dweyne eu vou te matar!
—Vai me agradecer!
Estendi o ingresso pra ele que bateu palminhas.
—Dweyne para, meu coração vai sair pela boca.
—Eu te dou cobertura, vai fundo!
—E se ele me beijar? Ele quase me beijou na frente de todo mundo e se alguém nos ver?
—Calma garota, vão estar no escuro do cinema, da uns amasso e esquece o resto, curte o momento!
—Se me pegarem, não vou poder nem mesmo te ver.
—Não vão, prometo!
Bufei nervosa, que merda, é o que mais quero, mas estou a ponto de fugir pelo medo de ser pega. entrei na sala quase que aos empurrões, Dwey comprou uma poltrona bem na entrada caso alguém apareça ele me da um toc, coloquei meu telefone pra vibrar.
Minhas mãos estão soando frio, meu corpo todo ta tremendo, o medo trava a gente de uma forma horrível, ele paralisa, eu não o vi na poltrona e parei ali no corredor. ''ainda da tempo de sair correndo.'' isso se minhas pernas ajudassem, fechei os olhos, respirei fundo. ''não seja covarde Luiza.'' Mas eu sou, dei volta recuando um passo em direção a saída e William pega minha mão bem ao meu lado, outras pessoas estavam subindo e me levou pra nossa fileira, ele trazia um combo de pipoca e refrigerante na outra mão. Com um sorriso me arrastou até a nossa poltrona. Meu coração está na minha garganta e eu tento engolir em seco pra ver se ele volta pro lugar, não olhei pra ele depois que nos sentamos, ele colocou o combo no meu colo, caramba, caramba como ele é lindooo, senhor me ajuda a manter a sanidade.
—Ia fugir de mim?- falou em meu ouvido.
—Não!-menti.—Eu...
Will riu descarado, ficaram o olhando e eu quase me encolhi na cadeira, ele voltou pra perto de mim, as luzes se apagaram e passou os dedos por dentro do meu cabelo e puxou-me para um beijo, caramba seus lábios são tão doces e macio e quente, derreti ali.
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Não Quero Ser A Princesa Da História. Degustação
Chick-LitMaria Luiza Macfly Greem foi criada como um troféu por seus pais donos de uma das maiores industrias de Nova York, ela é obrigada a se vestir, andar e agir como uma princesa, com a ajuda de seu amigo Dweyne que sonha em ser uma Drag famosa, ela foge...