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Narrado por Luiza:

Meu coração estava a mil, entramos na empresa e fui direto ao escritório presidencial, onde meu pai costumava sentar, tinha uma foto minha dos meus 15 anos.

-Odiei esse vestido!-falei deitando aquela foto.

-Meu bem, você odiou a festa toda!-lembrou-me Dwey.

-Por quê?

-Bom pra começar eu não queria festa, segundo que não pude convidar ninguém além de Dwey, terceiro que contrataram um ator que eu não gosto para ser o príncipe, eu queria o Robert Pattison e eles escolheram o que queriam, eu nem olhei na cara do rapaz coitado, mas tá, depois tive que dançar com todos os sócios da empresa e os filhos dos sócios e amigos dele, quando a festa terminou eu fiquei dois dias trancada no quarto de tanto ódio que eu estava.

-Resumindo!-disse Dwey.-Uma exposição do troféu deles!

-Caramba!

Abri o not assim que o senhor Gutierrez me deu um toc. liguei no programa que me ligava a mini câmera que ele havia posicionado de frente pra mesa num arbusto.

-Você conseguiu espionar eles?

-Graças ao Math!-falei.

Quando a câmera ligou meu pai já estava tomando café, o senhor Gutierrez entregou o jornal pra ele e saiu de fininho, meu pai abriu o jornal e levou a xícara a boca, quando viu nossa foto cuspiu o café.

-O que é isso?!

-O que foi querido?!-disse minha mãe se levantando e indo até ele.- Maria Luiza Mcfly anuncia seu casamento com Ronan Lewis, tornando-se por lei Luiza Mcfly Lewis e assume nesta segunda feira a presidência das industrias Mcfly deixado por seu avô . . . isso deve ser uma brincadeira de mal gosto!

-Isso aqui é o NYtimes, eles não iriam colocar nenhuma nota falsa!-disse meu pai socando a mesa.-Aquele velho escroto, eu sabia, sabia que ele ia dar um jeito de me ferrar até depois de morto!

-Calma amor!

-Eu era pra ter acabado com ele muito tempo antes da Maria Luiza nascer!

Caralho, como assim?

-Fala baixo. . .

-Estou na minha casa, eu falo no tom que eu quiser!

-Acho que não é mais nossa casa!-sussurrou minha mãe terminando de ler o jornal.-Pelo que diz aqui todo o patrimônio que papai deixou foi pra ela.

Meu pai começou a quebrar as coisas em cima da mesa, e minha mãe tentava acalma-lo.

-Anos dedicado aquele lugar, anos da minha vida!

-Eu sei, vamos dar um jeito!

-Como, que jeito, não leu que aquela vadiazinha se casou, se acontecer algo com ela tudo vai ficar nas mãos daquele bostinha, maldita hora que cruzei com Geovane, maldita hora!

-Ela é nossa filha!

-Não é nossa filha, se tivesse me dado um herdeiro de verdade isso não estaria acontecendo!

-Pare com isso. . .

-Ela é igualzinha, igualzinha a Beron, o mesmo jeito de falar, tudo, eu era para ter o matado na faculdade quando ele roubou. . .-ele parou.

-O que ele roubou?

-Isso não interessa mais!-hesitou ele.-Eu quero todos mortos, todos!

Minha mente começou a pifar com todas aquelas informações.

-Os empregados podem nos ouvir, abaixe o tom!

-Fodam-se todos, eu quero o que é meu de direito e eu vou ter de um jeito ou de outro.

Ele jogou a cadeira longe e subiu as escadas.

Nan me abraçava, Dwey segurava minha mão. Eu vou surtar.

Me levantei segurando minha cabeça, que não parava de girar, achei que iria só ver a fúria dele comigo e recebo tantas informações sobre quem eu deveria ser ou quem sou, céus eu cometi um incesto se isso for verdade.

-Luiza para!-disse Dwey tentando segurar minhas mão.

-Ele matou meu avô!-sussurrei.-E ainda por cima cometi um incesto Dweyne eu sou um monstro graças a eles!

-Não, não é não, olha pra mim.

-Eu estou passando mal!

Nan me segurou e eu derreti até o chão chorando, Dweyne pegou meus pulsos e me fez o olhar.

-Agora não é a hora de chorar Luiza, agora é a hora de você erguer a cabeça, limpar o rosto pra eu arrumar sua make, vai sentar naquela mesa e ser uma rainha soberana.

-E fazer ele se ajoelhar a meus pés?!-sussurrei sorrindo entre as lágrimas.

-Isso mesmo, você é uma fênix e não a princesinha que se encolhe no canto da torre para chorar a espera de que alguém te salve, você vai salvar a si própria, vai salvar o príncipe e o seu reino meu amor, você não é drag, mas é uma Queen!

-Isso!-falei engolindo o choro e assentindo, Nan me ajudou a levantar, arrumei minha roupa, estou tentando não pensar com o coração.-Eu tenho que ser forte e neste momento tenho que ser fria também.

-Isso, agora senta naquela cadeira que eu vou te arrumar.

-Chama o Math pra mim, preciso saber se tem como gravar ou se essa filmagem foi perdida!

-Claro!-disse Dwey pegando o telefone. -Math você pode vir pra reunião também, estamos precisando de você. . . claro, mas vem vestido pra uma reunião empresarial por favor. . . já te envio o endereço.

Minhas pernas ainda estavam trêmulas, mas Nan me apoiou. pelo computador vi a hora em que ele saiu de casa. apertei o interfone e a secretária me atendeu.

-Quero seguranças aqui dentro da minha sala e quero que redobre os seguranças na portaria e quero que revisem o senhor Greem quando ele chegar, ele pode estar armado então fiquem preparados, além das pessoas que vão chegar daqui a pouco vira também um rapaz chamado Matheo Jr ou Math como eu costumo o chamar, mande ele entrar imediatamente.

-Devo chamar a polícia se ele estiver armado?

-Apenas o desarmem e o tragam até a minha sala, se eu precisar que chame a polícia vou lhe dar um sinal apertando três vezes seguida o interfone, então aguarde antes de me atender.

-Perfeitamente senhorita.

-Será muito bem recompensada senhorita Amália, sei o quanto sofreu nas mãos do senhor Greem!

-E-Eu agradeço!

Desliguei a chamada.

-Essa é minha rainha!-disse Dwey.

-Nossa rainha!-acrescentou Nan.

Não Quero Ser A Princesa Da História. DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora