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Narrado por Maria Luiza:

Depois de ir ao advogado com os documentos e explicar que vou me casar e mudar de nome, ele ficou de me encontrar amanhã de manhã com tudo resolvido, só teríamos de ir ao banco e a um cartório e depois de ver tudo o que ele podia fazer, voltei pra casa com Nan. Meus sogros haviam voltado e Gio estava cozinhando de aventar enquanto Marília tomava uma taça de vinho sentada no banco com os braços na bancada olhando apaixonada para o marido. Estávamos os espiando.

-Eles são fofos!-falei.

-É. . .

-Crianças?!- chamou meu sogro.

Aparecemos corados.

-Boa noite!-dissemos e os cumprimentamos com beijos.

-Espero que não tenham jantado estou fazendo macarronada!-disse Gio.

-Não jantamos!-falei me sentando ao lado de Marília.

-Que bom!-disse ele cantarolando enquanto jogava tempero na panela como se fosse um alquimista.

Ficamos rindo enquanto jantávamos.

-Sabe, eu sempre sonhei com uma família assim!-confessei.

-Bom eu não sei o que está acontecendo direito entre vocês, mas independente. . .

-Nós nos casamos!-falei pegando a mão de Marília.-Gostaria que guardassem segredo disso.

-Mas. . . Mas. . .

-Nós não íamos contar nada, mas não posso esconder isso de vocês, porque quero ter uma relação verdadeira com vocês.

-Quando foi?- perguntou meu sogro.

-A algumas horas.

-Queria ter participado!-disse minha sogra.

-Não foi nada de mais!-falei.-Quem sabe quando tudo se acalmar nós fazemos. . .

-Se acalmar?

-O que quis dizer com isso?

Olhei para Nan que assentiu e contei minha história.

-E o que vão fazer?

-Semana que vem depois do meu aniversário vai chegar os documentos nas mãos dos meus pais anunciando sobre a empresa ser minha, e tenho medo. . .

-Vamos contratar seguranças!-disse meu sogro.

-Não vamos deixar ninguém te fazer mal!-disse minha sogra.

-Agradeço, por tudo.-falei segurando suas mãos, Nan passava suas mãos em minhas costas.

-Conte conosco!-disse meu sogro.-Agora vamos comer!

-Vamos!-falei sorrindo.

.  .  .

Estávamos deitados, achei que Nan estivesse dormindo, eu peguei sua mão e dei um beijo na palma da mão dele.

-Não consegue dormir?

-Não!-sussurrei.

-O que tem em mente?

-Acho que meus pais merecem uma lição de vida!-o olhei na claridade do neon das paredes.-Acho que quero interpretar a vilã pra eles.

-Estarei ao seu lado!-ele virou de frente pra mim e esfregou o nariz dele no meu.-Minha Bad Lady.

Sorri.

-Algum dos seus carros é blindado?

-Não, mas podemos providenciar isso.

Não Quero Ser A Princesa Da História. DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora