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—Malu?

—Humm? -eu estava me vestindo.

—Não machuquei você não é?

—Não pôr?

—Eu não sabia se era sua primeira vez então. . .

—Céus Will, não, eu não era virgem, se eu fosse não teria feito isso com você assim.

Ele riu com as bochechas coradas ainda pelo cansaço. Will se arrastou pela cama e me puxou me jogando ao seu lado e voltando a me beijar.

Ainda não acredito que transamos, sorte que ele tinha camisinha. Will é muito carinhoso e não tinha pressa como eu tinha, é uma deliciosa tortura, olhei pela janela e o sol se punha.

—Acho melhor eu ir não quero arriscar muito.

—Toma um café conosco?

—Será?

—Por favor?!-disse ele pegando minha mão.

Não resisti aquela carinha de cachorro triste.

—Tá bem. 

Ele pulou da cama e se vestiu, fui ao seu banheiro me arrumar antes de descer. Will entrou me abraçando por trás e beijando meu pescoço. 

—Seu cheiro vai ficar na minha cama a noite toda.

—Sonhe comigo.

Descemos e a mãe dele estava ela mesma colocando a mesa junto a uma moça sem uniforme.

—Obrigada Juliana.-disse ela a moça que sorriu e se retirou.—Owmm vocês são tão perfeitos juntos.

Corei na hora.

—Ela é linda né mãe?

—Muito, uma princesa para um príncipe.

Gente é serio isso, não aguento mais ser chamada de princesa, mas também não posso ser rude e menos ainda mal-educada, então apenas sorri. Nos sentamos a mesa.

—Não sei como é em sua casa meu amor, mas aqui nossas refeições são simples, se não gostar posso pedir alguma coisa pra você.

—Ow não, eu não sou de luxo, apesar de morar em uma casa cheia deles, não tenho isso, meu melhor amigo é desafortunado e eu almoço e tomo café e até durmo na casa dele.-merda falei de mais.

—Dorme na casa de Dweyne?-perguntou Will enciumado.

—Que isso fique entre nós Will, se vazar na escola eu te mato.-avisei séria esquecendo sua mãe ali.—Dwey é gay.

—Prometo não contar a ninguém.-disse ele fazendo um x em seu peito.

—Não quebre nenhuma promessa feita a mim Will, sou boa em cobrar isso.

—Pode deixar minha princesa.-disse ele rindo.

Olhei para sua mãe e ela sorria enquanto passava requeijão em uma torrada. 

—Então Malu. . .

—Cadê minha rainha???-gritou um homem na porta e eu gelei.

Will olhou para sua mãe e ela se levantou e correu em direção a voz.

—Ele ainda não sabe não é mesmo?

—Nós não sabíamos que ele viria hoje.

—Resolvi fazer uma surpresa!-disse o homem vindo em nossa direção.

—Amor, precisamos conversar. . .

—Ora uma convidada.-disse ele sorrindo ao me ver.

Olhei para Will corada, louca para sair correndo e ele pegou minha mão. O homem tão lindo quanto o filho, com os olhos azuis do mesmo tom do meu, se aproximou da mesa.

Não Quero Ser A Princesa Da História. DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora