8. Decisões

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Bom dia, meus cheiros! Desculpa pela demora, sério. É faculdade, trabalho, TCC... Enfim, eu prometo tentar postar sempre que possível. 

Ah, outra coisa! Eu simplesmente AMO ler os comentários de vocês e receber esse carinho, então não deixem de comentar e não deixem de usar álcool em gel. Se cuidem ♥

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"Precisamos conversar. Pode ir até o meu apartamento hoje? Vou sair mais cedo do hospital."

Eu pensei e repensei mil vezes antes de mandar essa mensagem para o Fábio. Era isso o certo? Tudo que a Manu me falou não saia da minha cabeça. Pensei no meu relacionamento de três anos com ele, o casamento, os problemas que poderiam surgir com o casamento... Pensei em todas as atitudes dele durante nosso relacionamento. Meu coração pedia, minha razão gritava para permanecer com o casamento e esquecer Gizelly. Esquecer a Gizelly? Eu pensava nela o tempo todo, queria o corpo dela no meu, seu calor, seu beijo, a companhia...

- Marcela? MARCELA? – Felipe chamava, ele estava parado na minha frente. – Faz tipo uns três minutos que eu tô aqui te chamando...

- Desculpa, Felipe. O que foi? – perguntei, irritada. Eu estava tão incomodada com aquele assunto.

- Estão te chamando na emergência, rápido. – Ele avisou, já saindo da sala. – É uma das suas pacientes.

Não tive tempo pra raciocinar e saí correndo até a ala de emergência. Era uma das minhas pacientes que estava em pleno trabalho de parto, com complicações severas. Foi um parto difícil e ela não sobreviveu, aquilo me abalou completamente. Eu estava desestabilizada com o acontecimento, e não sabia como teria essa conversa com o Fábio.

Saí mais cedo do hospital e fui para casa. Tomei um banho para lavar a alma, enquanto a água escorria e eu pensava no que dizer... Términos, por que sempre tão difíceis? Encerrei meu banho e me deitei pra descansar um pouco. Acordei no inicio da noite com o Fábio entrando no meu apartamento.

- Oi, amor. – ele sorriu, depositando um selinho nos meus lábios. – Estava dormindo?

- Sim, tive problemas hoje no hospital e cheguei mais cedo, aproveitei pra dormir um pouco. – falei, já sentindo meu coração bater forte.

- É sobre isso que quer conversar? – ele perguntou, parecia tranquilo.

- Não. Não é sobre isso, Fábio. – falei, séria. – Na verdade eu gostaria que você esperasse eu falar tudo, depois você fala. Ok?

Ele assentiu, sentando do meu lado.

- Antes de qualquer coisa, eu gostaria de dizer que você é um ótimo companheiro. Tivemos problemas, como em qualquer relacionamento entre duas pessoas, mas eu tenho um carinho especial por você e agradeço por todo o tempo que esteve comigo, que me apoiou e ajudou. – falei, triste. – Só que eu não sei se o casamento é a melhor opção para nós agora. Eu gostaria muito que você respeitasse a minha decisão, eu quero tempo pra pensar, respirar...

- Você tem 31 anos, Marcela. Quer pensar no que? No tempo passando? – ele perguntou, ríspido. – O que aconteceu? É outra pessoa?

- Não, não é outra pessoa. É sobre mim, Fábio. É sobre eu não ter certeza se é isso que quero o resto da vida, é sobre não me sentir bem com esse casamento como eu deveria estar me sentindo... O mínimo que eu peço é respeito e compreensão, assim como foi durante os nossos três anos de relacionamento.

- Você é idiota, Marcela! Tá jogando fora uma oportunidade incrível de viver ao meu lado, de estar comigo... O que eu fiz, me diz... – ele perguntou, limpando algumas lágrimas.

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