8º Capitulo

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Não dormi direito pensando em varias formas de chegar até o Carlos, poderia ser pela Leila mas ela parece ser tão inteligente que seria meio difícil, mas também o Victor é mais esperto que ela. Beatriz parece ser a ovelhinha vulnerável deles mas em compensação tem o Russo cercando ela de todo jeito. Não sei porque mas não gosto desse cara, tenho certeza que ele vai querer atrapalhar meus planos.

Levantei e me arrumei pra mais um dia trancada nessa casa maldita, ontem de noite jantei sozinha e até a hora de dormir não ouvi Victor chegar, imagino que ele não tenha chegado ainda. O que me deixa desconfortável porque essa casa sem ele me sinto literalmente uma hóspede. Desci pra tomar café com a aquele leve esperança de que iria encontra ele sentado na mesa mas pra variar a esperança foi em vão. Tomei café sozinha então ficava olhando pro nada.

A porta da sala abriu e quando olhei vi dois carangas entrar trazendo um eles uma mala preta, os burros obviamente não notaram minha presença e sumiram do meu campo de visão.

- O que será que aconteceu pra ele não ter voltado? - um deles pergunta.

- Cacete quantas vezes vai fazer essa pergunta?

- Eu só to preocupado mano, e se ele morreu?

Já entendi que eles estão falando do Victor.

- Tá maluco cara, Dk sabe se cuida.

- Mas ele saiu com o tio mano, Carlos só pela fama parece não ter dó..

- Ata e você acha que ele iria matar o próprio sobrinho.

- Sei lá.

- Você só fala merda né, vamo embora logo antes que a gente acordei a dona Mariana.

Os saíram na maior pressa sem nem olhar pro lado e ver que eu estava na sala de jantar, melhor assim.

Victor morto pelo tio? Eu não duvido que isso poderia acontecer porque Carlos é um filho da puta mas o que Victor aprontaria ao ponto de ser morto?

Eu espero que isso não tenha acontecido e que Dk volte pra casa, ele é minha única chance de chegar até o Carlos. Se ele morre tudo vai por água abaixo, não cheguei até aqui pra simplesmente o desgraçado morrer e eu ficar chupando dedo com esse bando de capanga ficar olhando pra minha cara, isso seja lá o que eles decidirem fazer comigo.

Ou seja, de forma alguma Victor pode pensar em morrer enquanto eu estiver aqui.

Depois de ter tomado café eu subi pro quarto já que não tinha mais nada pra fazer aqui em baixo. Sentei na frente da minha penteadeira e comecei a tirar as coisas da maleta e colocar nas gavetas que tinha nela. Assim fica mais pratico pra se maquiar e também deve passar um pouco do meu tédio dessa casa.

- Senhorita?

- Oi.

- Preparamos um sorvete pra senhora - ela se próxima com a louça delicada na mão.

- Obrigado.

- Se precisar é só chamar.

- Pode deixar.

Ela saiu do quarto me deixando sozinha de novo, fico pensando onde Victor achou essas moças de coração tão bom pra trabalhar pra ele se esse mundo da máfia é tão sujo. E como que elas aceitaram, deve receber bem, só não sei se é dinheiro limpo.

Como elas nunca contaram nada do que viram pra polícia ou algo assim, deve ser por medo mesmo ou porque a polícia não deve tenta enfrenta esse império.

Tomei meu sorvete enquanto arrumava minha penteadeira e pensava em milhares de coisas ao mesmo tempo.

Como essa casa parece trazer todo ruído lá de baixo pra cá, consegui ouvir a porta principal bater e vozes lá em baixo. Sai do quarto deixando o que estava fazendo e desci mas parei na metade da escada quando vi Russo e Pedro.

Os dois subiram olhar pra mim que estava parada no meio da escada, Pedro deu um leve sorriso enquanto Russo fechou a cara sempre com expressão desconfiada quando olha pra mim.

- Eae Mariana - Pedro cumprimentou.

- Oi - sorri fraco terminando de descer a escada - Victor não está.

- Onde ele foi? - Russo atravessa.

- Eu não sei.

- Ele não te falou?

- Não.

- Pois é, dessa vez ele não falou nem pra gente - Pedro disse discando alguma coisa.

- Eu tava tomando café e ouvi dois homens conversando, eles falaram alguma coisa que ele saiu com o tio.

Os dois arquearam a sobrancelha se olhando, realmente Victor não contou pra eles onde foi bem com quem foi.

- Ele teria falado pra gente - Pedro colocou o celular na orelha.

Devia estar tentando ligar pra ele mas como o esperado deu caixa postal.

- Não gosto disso - Russo pegou o celular também.

E ficou aquele silêncio esperando que as ligações dos dois fossem atendidas mas sem sucesso nenhuma delas.

- Merda - Russo diz irritado.

- Beleza então, se ele chegar fala que a gente veio?

- Falo sim.

Observei os dois sair e voltei pro meu quarto e como não tinha muito o que fazer, sentei de novo na penteadeira terminando o que tinha começado..

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora