37º Capítulo

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Sai do carro mais uma vez nessa favela, to começando a achar que esse lugar é a segunda casa do Victor.

Senti uma mão na minha cintura, olhei pro lado vendo quem eu já esperava ver. Saímos andando me direção a um escadão escoltados pelo Donatto e o Russo que foi na frente pra levar a gente até o lugar onde tá o cara. Antes a gente precisa passar na casa da menina pra buscar ela, o difícil vai ser convencer ela a ter que ver ocara que abusou dela.

- Não liga o lugar pequeno, a gente se vira com o que tem - ela disse me olhando.

Acho que com meu jeito que to vestida e meu jeito quieto ela deve achar que eu sou patroa o tempo todo, mal sabe ela a vida que eu tive antes de morar com Victor.

Sorri gentilmente e ela abriu a porta, entrei primeiro já que ele tava atrás de mim e avistei a menina sentada no sofá vendo alguma coisa na pequena TV. Ela percebeu nossa presença e olhou pro Victor.

- Dk - disse vindo até nós dando um baita abraço nele.

Levantei a sobrancelha surpresa e olhei pra mãe dela que olhava emocionado pra cena.

Pelo jeito ela conhece bem ele.

- Oi pirralha.

Eles se soltaram e ela me olhou.

- Essa é Mariana, Mariana essa é Catleia.

- Oi - disse tímida.

- Oi.

- Ele veio te ajudar filha - Janette disse e ela a olhou confusa.

- Sua mãe contou o que aconteceu.

- O que? - perguntou incrédula - Mãe..

- Desculpa eu sei que pediu pra não contar mas..

- Você mentiu pra mim?

- Não queria que eu ficasse sabendo? - Victor perguntou.

- Você tem a sua vida e seus problemas, isso não era pra ter saído daqui - diz já com a voz falha.

- Agora eu já to aqui e já pegaram o miserável mas você tem que ver se é ele.

- Porque? Você nunca erra - diz parecendo nervosa trocando rápido o olhar entre eu e ele.

- Dessa vez não foi eu que peguei, o cara já tá lá.

- Tá, eu vou com você - disse com um sorrisinho na boca.

Estranhei na hora e olhei pro Victor que deu uma leve arqueada na sobrancelha. Como eu já tinha estranhado, foi fácil demais.

Ela tem uma carinha de quem se faz de santa na frente da mãe mas ama um bandido, ou até um mafioso chamado Victor que é um patamar bem acima dessa gente que segue ele pra todo lado.

A menina voltou vestida de calça jeans e uma camiseta que mostrada mais seus peitos do que sua barriga.

Essa história tá muito mal contada.

- Vamos - ele olhou pra mim.

Saímos da casa dele e eu percebendo muito o olhar no Victor da pequena vítima atrás mim, peguei na mão dele entrelaçando nossos dedos e com a outra segurei minha saia. Se é pra brincar de casal então vamos brincar direito.

A gente saiu do escadão e começou a andar entre as casas até chegar no barraco onde deixaram o cara.

- É aqui - Russo parou.

Entramos e lá estava um cara amarrado no chão de cabeça baixa. Catleia entrou e olhou pro homem no chão, fiquei o tempo todo olhando pra cara dela só pra ver sua reação.

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora