21º Capítulo

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VICTOR

Fiquei na sala resolvendo umas coisas no computador até a Carol chamar, fui pra mesa e comecei a comer.

Não demora até o barulho do salto da Mariana fazer eco pela casa, ela entra na sala de jantar e quando olho ela tava com um vestido azul escuro e salto preto.

Ela se sentou sem nem olha pra mim e pegou os talheres pra começar a comer, Carol serviu o suco pra gente, deixou ele na mesa e saiu.

- Tá tudo bem? - quebrei o silêncio - Ficou trancada no quarto.

- Tava dormindo - bebeu um gole do suco.

O silêncio continuo e o resto do jantar foi assim. Ela comeu o mais rápido possível e saiu primeiro da mesa, foi pro quarto sem falar nada e fechou a porta alto o suficiente pra que a casa toda consiga ouvir.

Dei risada pela sua atitude e terminei de comer.

- Tudo bem senhor? - Carol entrou na sala.

- Tá Carol, deve ser só marra da senhora Mariana - ela ri com minha fala - Pode arrumar a mesa, eu já terminei.

Ela confirmou e eu sai, subi as escadas e fui direto pro quarto dela. Quando entrei o quarto estava iluminado só pelo abajur que tinha do lado da cama dela, Mariana tava com o rosto coberto com as mãos, fechei a porta e me aproximei da cama dela.

- Amanhã você vai sair comigo - digo enquanto ela continuo quieta - Mariana eu to falando com você.

- Eu já ouvi!

- Que foi? Porque tá marrenta desse jeito?

Ela se levantou rápido ia sair do quarto mas segurei seu pulso e puxei ela pra mim, passei meu braço pela sua cintura prendendo ela em mim e sua mão livre veio no meu peitoral na intenção de se afastar.

- Onde você vai?

- Me deixa.

- Você não vai pra lugar nenhum até me falar porque tá assim.

- Desde quando se importa com o que eu sinto Victor? - olho pra ela surpreso.

Victor? Ela nunca me chamou pelo nome.

- Convivo com você, porque não me importaria?

- Não tem piedade nem de si mesmo quanto mais de uma mulher que seu tio comprou pra você.

Fiquei encarando ela quieto e ela já cansada parou de tentar sair dos meus braços. Eu não sei porque mas tem momentos que ela me olha tanto ódio, ela parece guardar muito ódio dentro de si mas eu não faço ideia do motivo. E de novo ela tá me olhando assim mas não posso deixa de notar que ela fica ainda mais linda assim de perto.

- Enche a boca pra que te compraram.. - disse baixo pela nossa proximidade - Vai embora então - solto a cintura dela.

- Não - sua voz saiu como um sussurro, Mariana pegou meu braço e colocou sua cintura de novo - Não me solta Victor - arqueio a sobrancelha confuso.

Essa garota tá brincando comigo, que porra.

- Não entendo você.

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora