36º Capítulo

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Acordei super tarde hoje, não tomei café então vim tomar sol pra esperar o almoço. Passei bronzeador corporal pra pegar uma marquinha que faz tempo que não faço e já que não tem muito o que fazer aqui.

Não vi Victor desde ontem depois daquela conversa que a gente teve no sofá, depois disso fui dormi e não vi ele até agora.

- Segura porra - ouvi alguém falando.

Tirei o óculos e olhei em direção vendo dois capangas levando uma caixa de madeira, um deles era aquele que fica me observando o tempo todo, ele tava me olhando de novo até que o outro chamou atenção.

Eles foram até um certo ponto do jardim até que o outro parou deixando seu lado da caixa no chão e se agachou. Tava sem entender até ele puxar a grama pra cima parecendo um tapete e abrir uma porta no chão, arqueei a sobrancelha observando eles descerem provavelmente deveria ser uma escada.

"- Bom dia dona Mari.

- Bom dia Donatto.

- Dona Leila - cumprimentou.

- O que é esse barulheira aí fora?

Notei um cara atrás dele que estava me olhando fixamente, ele sorriu fraco e eu só voltei meu olhar pra Leila.

- Seu tio mandou mais carregamentos.."

Será que é os carregamos ali? Pra ser um lugar tão escondido deve ser tipo um arsenal de armas. Bom saber que ali tem um arsenal de armas que quando precisar de uma em alguma emergência já sei onde tem. Basta saber como vou pegar.

- Senhora? - pulei de susto com Carol brotando do meu outro lado.

Coloquei a mão no peito e respirei fundo.

- Perdão não queria assusta-la.

- Não tem problema - olho pra ela - E então?

- Senhor mandou avisar pra senhora se arrumar que irão sair, já já ele passa pra te buscar.

- Me buscar?

- Disse que vai no tio dele resolver um assunto e gostaria que você o acompanhasse.

- Tá bom Carol, obrigado.

- Não tem de que.

Levantei e fui pra dentro tomar um banho rápido antes de me arrumar, ela disse que ele já está chegando então é melhor eu me apressar. Ou senão ele espera até eu ficar pronta se quiser que eu vá.

Fui pro banheiro realizar minhas higienes rápidas já pensando na roupa que eu vou usar.

Terminei meu banho e fui pro closet pegar o look que estava em mente pra usar, coloquei um vestido vermelho cumprido que tem a saia meio solta, saltão preto e fui pra frente da penteadeira pra fazer minha maquiagem.

Então Victor vai resolver uma coisa no tio dele, esse é o momentos de conhecer a casa dele pra estar esperta na hora que eu estiver preparada. Tenho medo da minha reação quando ver ele na minha frente, tenho que ser mais discreta o possível mas sou uma pessoa que não consigo esconder meus sentimentos.

Se eu estiver com ódio meu rosto vai mostrar isso, vou ter que fazer o máximo pra evitar isso.

O que me deixa frustrada é o fato do Victor estar no meio de tudo isso, que ódio. Nunca que eu ia imaginar que teria que morar logo com o sobrinho do Herrera, pelo menos ele poderia ser menos lindo. Talvez eu já tivesse me vingado se ele não tivesse aparecido no meu caminho.

A porta abriu me tirando dos pensamentos e quando olhei ele tava lá parado me observando.

- Tá pronta?

- To quase, pode esperar?

- Vou esperar lá baixo.

- Tá bom - sorri fraco.

Ele saiu fechando a porta enquanto voltei a maquiar pra a terminar logo, não deixar o senhor Dk esperando muito tempo. Me apressei e terminei rapidinho a make.

Passei perfume, dei a última conferida no espelho ficando assim satisfeita com o que via e desci.

- Vamos - disse e ele subiu o olhar do celular pra mim.

- Vamos - disse me observando.

Ele levantou e foi pegar a chave do carro, a gente tava indo em direção a porta pra sair quando ela abriu nos fazendo parar e Russo entrou acompanho de uma mulher que parecia mais velha.

- Tava de saída? - perguntou quando me viu do lado.

- O que você acha?

- Deixa pra lá então Russo - A moça atrás dele disse e Victor notou sua presença.

- Janette? - perguntou confuso e voltou o olhar pro Russo - Que foi?

- Acho que vai querer ouvir essa - disse e deu espaço pra tal Janette falar.

Era só o que me faltava, eu to perto de conhecer o desgraçado que é o motivo de eu estar aqui e me aparece uma senhora querendo conversa com o Victor.

- Eu preciso da sua ajuda.

- To ouvindo.

- É a minha filha, ela tava voltando do trabalho quando aconteceu uma coisa horrível e..

- Vai direto ao ponto.

- A menina foi abusada - Russo disse já sem paciência.

- Estupraram a Catleia? - ele perguntou pra moça que abaixou a cabeça segurando o choro - Que merda.

Afinal quem é Catleia e porque Victor parece estar se importando com isso?

- Eu só queria justiça - A moça sobe olha pra gente e limpa suas lágrimas.

Ah meu Deus era só o que me faltava, e pela cara do Victor é óbvio que ele vai ajudar.

- A gente pegou o cara mas ela tem que confirma se é ele.

Victor suspirou pegando no meu braço me puxando um pouco mais afastado deles e olhou pra mim.

- Vou ter que resolver isso.

- Eu imaginei que ia.

- Vem comigo?

Eu tenho que disfarçar a minha raiva por não ir onde eu quero então eu vou ter que ir, se eu recusar ele vai estranhar e começar a suspeitar de alguma coisa do jeito que Victor é esperto.

- Claro - sorriu fraco - Vou sim.

- Tá.

A gente voltou pra perto deles, Russo me fuzilava com os olhos enquanto a moça nos olhava com tristeza.

- Vamo lá ver o desgraçado - Victor anunciou fazendo ela respirar aliviada.

- Vai ter justiça pela sua filha - disse e ela sorriu chorosa.

- Muito obrigada meu menino, não sei como te agradecer.

Victor confirmou com um leve sorrisinho de lado a gente saiu, ela foi no carro com o Russo..

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora