13º Capítulo

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No andar de cima tem uma varanda enorme que da visão pra fonte e pra tudo na parte da frente da casa, fiquei lá debruçada o corrimão olhando o movimento a água na fonte e nem vi o tempo passar. Carol me chamou pra almoçar mas eu não quis ir porque estava sem fome.

Pra ela parar de falar que eu ia passar mal por causa do mormaço pedi pra ela me trazer um copo de limonada, aproveitei tanto aquele suco porque ele tava uma delicia.

- Senhorita - uma mulher tava com o espanador na mão estava me chamando - O senhor tá chamando, vocês irão sair.

Depois daquela cena ridícula que ele fez lá na piscina até prdi a até a vontade de ir.

Só sorri pra ela e sai da varanda, vou avisar ele que vou ficar. Aproveita que ele tá fora e fica andando pela casa o dia inteiro mas não quero ir com ele.

Desci as escadas avistando o homem parado na sala conversando com um dos seus cachorrinhos de armas. Meu salto obviamente fazendo eco pela casa cerrou o assunto e eles me olharam.

Parei atrás do sofá apoiando minhas mãos nele e olhei pro Victor, ele despachou o capanga que deu uma boa olhada pra mim e saiu.

Ridículos.

- Vamos - ele pega a chave no chaveiro da parede.

- Não vou mais - ele olho pra mim.

- Vai sim.

- Você disse que eu podia escolher.

- Agora não pode mais, vamos embora - sem esperar minha resposta, vai em direção à garagem.

Respiro fundo três vezes e saio andando com a força do ódio, ele só pode tá brincando comigo. Isso é castigo porque falei com o funcionário? Que caralho.

Entrei na garagem enquanto o portão tava abrindo, Victor destravou a i8 e abriu a porta do passageiro, fui até ele sentindo seu olhar queimando em cima de mim.

Dei a volta na porta me colocando na frente dele pra entrar no carro, senti sua mão na minha cintura e entrei logo me livrando de seu toque. Ele entrou também e ligou o carro fazendo eco na garagem, saímos daqui de casa partindo pra favela.

Eu achei que era um churrasco só entre, sei lá, 20 pessoas mas é praticamente a comunidade inteira, quando a gente chegou era criança pra todo lado e as pessoas tudo tomando cerveja.

Victor deixou o carro em uma garagem que reservaram pra ele e saímos do carro. Era a maior festa com música tocando em um volume absurdo, as meninas dançando, crianças brincando e alguns tomando sua cervejas.

Victor chegou atrás de mim depois de ter trancado o carro e eu olhei pra ele.

- Relaxa, a gente já vai embora - ele disse perto do meu ouvido, não fiz nada além de confirmar com a cabeça.

A maioria dos olhares estavam tudo na gente, eu fode-se era uma rata quem tava chamando atenção no público feminino era o Victor. Os caras com medo ou respeitando ele nem olhou muito pra mim graças a Deus, já as fofoqueiras de plantão me olhava com cara de deboche e cochichava entre si na roda de amigas.

- Opa chefe - um cara chega na gente e toca a mão de Victor - Madame - ele beija minha mão e eu arqueio a sobrancelha.

- Cade o miserável do chefe de vocês? - Victor pergunta.

- Vem comigo.

Victor me guiou sempre na frente dele me deixando escoltada entre ele o cara que nos guiava, a gente subiu uma escada e entrou numa parte que tinha piscina, varias mulheres de biquíni e bebidas na mão, tinha mais mulheres que homem pra falar a verdade.

Subimos outra escada e fomos para uma porta bem bonita por sinal mas como sempre tinha um cara em pé com armas na mão e uma cara de bosta.

Quando viram quem estava chegando só abriram a porta dando passagem, entramos na sala onde tinha uns caras jogando baralho e tomando cerveja.

O cara que tava fumando apagou o cigarro na hora e se pôs de pé, dando sinal pros outros que fizeram o mesmo.

- Dk - diz vindo até a gente.

- Fala Turco - eles tocam as mãos e ele olha pra mim.

- Prazer dama - ele estende a mão - Turco.

- Mariana - pego a mão dele.

- Espero que seja algo importante pra ter me arrastado pra cá - Victor diz breve e ele confirma.

- Podem sentar - ele aponta o sofá.

Me sentei e Victor do meu lado. Um dos caras que estava no baralho não disfarçou ao olhar pra mim mas Victor foi o primeiro a perceber.

Cruzei as pernas e olhei de volta esperando o otário desviar olhar. Dk encostou no sofá, colocou o celular na minha coxa deixando sua mão ali e olhou pro homem que tava boiando em mim. Turco olhou pra trás e viu o que tava acontecendo.

- Que merda é essa? - ele pergunta bravo - Bora vaza, todo mundo.

O cara acordou do transe e olhou pro Victor com o espanto escrito na testa, eles saíram um atrás do outro parecendo fila de criança na creche enquanto Turco voltou atenção pra gente.

- Dk me desculpa pela falta de postura com a sua mulher - Victor olha pra ele.

Que estranho isso, ser chamada de Mulher do Victor. Me senti poderosa mas ao mesmo tempo não queria tá ali muito menos sendo rotulada por mulher dele.

Um cara entrega uma garrafa de cerveja pra ele e a outra pra mim.

- Não quero - digo e ele só sorri tirando a garrafa da minha frente.

- Ela toma coisas fina, pega vinho lá - Turco manda.

- Não, não quero nada obrigada.

- Fala logo o que você quer - Victor diz já sem paciência.

Suspirei relaxando um pouco mais no sofá porque sabia que a conversa ia demorar..

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora