44º Capitulo

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VICTOR

Não almocei em casa hoje, sai pra resolver alguma coisa com a Leila e passei na favela pra ver como Catleia estava. Agora meu tio me ligou pedindo pra ir lá porque queria falar comigo. Deve ser mais uma daquelas conversas chatas.

Desci do carro junto com Donatto que sempre está comigo e entramos na casa mas pra variar barraram ele na entrada do meu tio deixando só eu entrar.

Quando entrei ele estava sentado fumando aquele charuto dele com um copo de uísque na mão e as pernas cruzadas em cima da mesa.

- Olha quem chegou.

- Fala logo o que quer?

- Nossa mas o que isso? - levantou vindo até mim - Mas nem chegou e já quer ir embora?

- Tenho mais o que fazer.

Ele colocou a mão no meu ombro boa levando até o sofá preto de couro no canto de sua sala com a mesinha de bebida na frente. A gente sentou e meu copo já estava servido.

- E então como vai as coisas?

- Ótimo - respondi brevemente virando a bebida na boca.

- E a minha compra?

- Porque vai ver como ela tá?

- Não preciso, deixei um valentão cuidando dela - deu risada irônica - Não é?

- Por que sinto que esconde coisas de mim sobre ela.

Ele suspirou revirando os olhos e virou a bebida na boca.

- Esse assunto de novo.

- Por que comprou ela?

- Já te falei o motivo.

- Então põe ela pra morar com você.

- Que foi? - ele perguntou - Por acaso tá acontecendo algo que eu não sei?

- Não viaja - levantei - Era só isso que queria?

- Posso saber porque o lixo do Turco ainda tá vivo?

- Pediu pra assustar o coitado, foi o que eu fiz.

- Mas ele não pagou a dívida.

- Quer ele morto?

- Mas é claro.

- Então mata você.

Ele riu se levantando vindo até mim.

- Que ótima ideia - sua mais veio pro meu ombro - Traz ele pra mim.

- Manda seus capangas.

- O que tá acontecendo com você? - perguntou incomodado com meu jeito de agir - Cadê o Victor que eu conheço?

- Porque não vê se tá no inferno?

- É ela, não é?

- O que? - arqueei a sobrancelha.

- Sabia que não podia por ela pra morar com você mas meu medo era ela se apaixonar e não você.

- Não sabe do que falando.

- Tá apaixonado né?

- Cala boca.

- Tá fodendo com a mulher que eu comprei.

Quanto mais ele falava mais ele me irritava, empurrei sua mão do meu ombro enquanto Bia seu sorrisinho sarcástico nascer.

- Mandei cala a boca.

Querida Mariana Onde histórias criam vida. Descubra agora