Capítulo 16

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Oi, gente! Ainda bem que já é terça. 

Como estão as coisas na casa de vocês? Estão se cuidando direitinho?

As coisas não estão fáceis, né? Mas é um tempo de aprendizado para todos, de carinho e cuidado. Sei que tiraremos lições valiosas desse período. E ainda bem que temos os livros para escapar da realidade. Por aqui podemos viajar para lugares e situações diferentes a cada história.

Obrigada a todos que fizeram o download da duologia Cinco Anos na Amazon. Quem puder avaliar lá, ficarei muito feliz. 

Agora vamos ver como vão as coisas no mundo da Isabella e do Alexander?


Capítulo 16

Nos dias seguintes, Alexander e eu fizemos o papel de casal normal perante Richard

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Nos dias seguintes, Alexander e eu fizemos o papel de casal normal perante Richard. Íamos para a empresa, almoçávamos, voltávamos para casa, jantávamos e dormíamos juntos. Criou-se uma rotina entre nós, a qual se mostrou surpreendentemente agradável. Quando Marc Brishton chegou ao ao Brasil e Richard enfim foi para casa, fiquei sem saber o que fazer. Naquela noite, após o jantar, Alexander subiu para tomar banho sem dar nenhuma pista do que estava pensando. Entendi que deveria ir para meu próprio quarto, esquecer os dias que se passaram e voltar a manter a distância necessária entre nós. Havia apenas um problema: eu não queria mais aquilo. Queria que meu casamento desse certo e não aceitava voltar à estaca zero.

Após pensar por um bom tempo, subi as escadas e avancei pelo corredor. Na porta do quarto de Alexander, hesitei por um instante sem saber se batia, inventava uma desculpa qualquer ou apenas entrava. Decidi pela terceira opção: entrei, vesti uma das camisetas cinza que vinha fazendo de camisola e deitei no lado da cama que havia adotado, mais próximo da janela.

Alexander fez cara de surpresa ao sair do banho e bater os olhos em mim, como se não esperasse me ver por lá. Tentei controlar o medo de ser expulsa, seria humilhante demais passar por aquilo após uma semana sem incidentes desagradáveis entre nós. Ao contrário do que pensei, ele não foi hostil nem me expulsou. Pareceu até ter ficado satisfeito com a minha atitude. Eu, que sempre fui a herdeira gentil que aceitava calada outras pessoas comandarem a minha vida, enfim começava a assumir o controle, a correr riscos. Meu casamento podia até não dar certo, mas não seria por falta de tentativas da minha parte.

Ao deitar-se, Alexander me encarou com atenção. Sorri.

― Você parece tenso ― Afastei uma mecha de cabelo da testa dele, em parte para me manter ocupada, em parte me mantendo ousada. ― Tem falado com o seu pai? É isso que está te incomodando?

― Isabella, eu não quero falar sobre meus problemas ― cortou ele, fechado.

Apertei os lábios em uma linha fina e lutei contra o impulso de desanimar, o mesmo que sentia toda vez que ele me afastava.

Uma brisa fresca passeava pelo quarto, entrando pela janela que se mantinha aberta para a noite clara de final de verão.

― Eu amo noites assim ― comentei, mudando de assunto. E como não esperava resposta, virei o rosto na direção do céu, ergui uma mão e fiquei movimentando os dedos de forma a prender as estrelas entre eles. Fiz um círculo fechado, seguido de uma meia-lua, o símbolo da paz, o sinal de OK, e até mesmo a saudação Volcana ― cada gesto dando às mesmas estrelas um contexto diferente.

Conspirações do amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora