Isabella D'Angelo é herdeira de uma grande empresa no ramo da moda. Com os negócios em ruínas, ela precisa decidir se aceitará a ajuda de um amor do passado, correndo o risco de ter o coração partido novamente.
Alexander Brishton não quer controlar...
Oi, princesas lindas que amam um desafio Vocês pediram, e ganharão um capítulo extra novinho cheio de emoções. Aproveitem!
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Capítulo 20
Naquela noite, Alexander e eu saímos para jantar a fim de comemorar aquilo que considerávamos um grande passo na direção certa para a reconstrução da nossa marca.
O restaurante ao estilo bistrô era aconchegante, possuía luzes difusas, paredes marrons com obras de arte e estantes abarrotadas de livros, além de mesas com tampo de vidro e pé de máquinas antigas de costura e outros materiais reciclados de ferro pintados de preto. Estávamos em uma mesa com um sofá pequeno, em uma das sessões separadas. Lado a lado, observávamos o movimento, a música suave e o cheiro dos pratos únicos que deixavam a atmosfera aconchegante.
Entre olhar o ambiente e as pessoas à volta, virava e mexia, eu me via olhando para ele.
A ironia de que o nosso maior concorrente, com quem meu pai não aceitara que eu ficasse no passado, vinha trabalhando avidamente para não deixar morrer a empresa fundada pela minha família, era enorme. Ele podia afirmar quantas vezes quisesse que aquilo não passava de negócios, podia até afirmar que todas as suas decisões eram friamente calculadas como as do Chapolin Colorado, e mesmo assim eu saberia a verdade. A verdade que ele era um homem íntegro e dedicado que mergulhava de cabeça naquilo que acreditava, que não poupava esforços ou trabalho para fazer mudanças necessárias, que era justo e caloroso, que não pisava em ninguém, nem cedia às dificuldades impostas pela própria família. Um homem que demonstrara várias vezes que me protegeria sempre que eu precisasse, que me apoiaria não importassem as circunstâncias, desde que fosse o certo a se fazer.
― Está com uma cara muito estranha hoje ― disse ele em determinado momento, me encarando com um olhar atento, curioso.
Disfarcei meu sorriso de boba apaixonada e exibi minha melhor expressão de satisfação, enquanto pensava na resposta. Havia outro motivo par eu estar feliz, e tudo bem compartilhá-lo com ele.
― É porque hoje fiz algo especial. Pela primeira vez em toda a minha vida, colhi os frutos por meu trabalho. Eu me arrisquei, enfrentei as incertezas para investir no que realmente amo fazer e que pode significar algo concreto na recuperação da empresa. E deu certo. Durante toda a vida, fiz apenas o que meu pai, a sociedade e a mídia esperavam de mim. Nunca tive a chance de brigar por algo que me fosse especial, mas agora isso mudou. Estou pronta para lutar pelos meus sonhos sem deixar que ninguém mais manipule a minha vida.
― Isso foi uma indireta? ― perguntou ele, os olhos dançando divertidos.
― Se a carapuça serve... ― brinquei com um sorriso. ― Não pensava em você. Apesar das circunstâncias em que nos casamos, eu não teria ido em frente se não soubesse como somos bons juntos. Embora tenhamos nos afastado e vivido experiências diferentes, ainda éramos um pouco como aqueles dois adolescentes que queriam fugir do domínio de suas famílias e construir coisas juntos. Não pense que sou fraca e manipulável, pois não sou, ou que eu teria aceitado a mesma proposta de outra pessoa. Eu quis ficar com você por você, embora não admitisse no começo. Mesmo assim, se precisar lutar contra você por aquilo que acredito, lutarei. Enfrentarei o mundo agora que encontrei minha voz!
