Capítulo 08

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Oi gente!!!!

Chegou o capítulo tão esperado.

Preparem seus corações. Será que vai ter casamento mesmo?

Eu me diverti muito com os comentários rebeldes das leitoras sobre como a Isa deve ir a esse casamento e bolei uma cena alternativa. Assim, mostrarei a alternativa e depois o capítulo correto 😏😉😘

Capítulo 8 - Cena alternativa

Quando a porta da igreja se abriu e entrei na igreja lotada de pessoas ao som da marcha nupcial, houve um burburinho de espanto. Isso porque eu não usava o vestido odioso e fashionista anunciado nos jornais, mas um pijama de flanela preto com bordas e costuras rosa shocking.
Ninguém achou que eu estava brincando. A maquiagem bem-feita, aliada à minha expressão arrogante, não deixava dúvidas sobre eu estar ali vestida para me casar. Podiam duvidar da minha sanidade, não dos meus motivos.
Para completar, meu cabelo estava preso num rabo de cavalo alto, eu usava um scarpan rosa de salto agulha, e nas mãos carregava um buquê simples de rosas da mesma cor.
Não olhei para os lados, para os celulares apontados em minha direção. Meus olhos miraram Alexander e fui até ele. Vi seu rosto mostrar alívio pela minha presença, depois surpresa e, por último, vi surgir a fúria. Seu rosto ficou tenso e vermelho conforme eu me aproximava. Ao segurar minha mão com um pouco mais de força que o necessário para o percurso final, ele sorriu para disfarçar, nossos olhos grudados, em chamas. Fizemos o trajeto restante até o sacerdote, que me olhava discretamente e tentava esconder a surpresa pelas minhas roupas.
- Por que diabos está vestida assim? - sibilou Alexander.
- Foi você que disse que não importava o que eu fizesse, desde que estivesse aqui, querido.
- Não disse para aparecer assim, de pijama.
- Oh, eu errei a roupa? Deveria ter vindo com o meu terno de negócios? Talvez fosse a roupa certa para esse casamento de negócios.
- Com licença - disse o sacerdote, após pigarrear para interromper o diálogo baixo e mordaz entre nós. - Está tudo bem? Podemos começar?
Sorri para o senhor grisalho e respeitável em sua batina e assenti.
Mal ele começou a falar, eu o interrompi.
- Padre, podemos ir direto para a parte final?
Entre espantado e irritado, ele concordou com a cabeça. Após se recompor, começou:
- Alexander e Isabella, viestes até aqui para contrair matrimônio. É de livre e espontânea vontade que o fazeis?
O microfone foi direcionado a Alexander, que disse um sonoro "Sim". Logo após, ele veio até mim. Eu disse um sonoro: "Não".
A igreja toda soltou um som de exclamação. O padre ficou me encarando como se eu fosse louca, e Alexander arregalou os olhos.  Virei de frente para ele.
- O amor não se compra, se conquista. O Alexander do passado me conquistou sem esforço, por quem ele era. Já você eu não conheço.
- Ele te conquistou e mesmo assim você se casou com o melhor amigo dele.
- É verdade. E sinto muito que você não tenha superado. Não me casarei com você hoje, nem nunca, se continuar agindo assim. Case-se consigo mesmo. Você é o único que aguentará conviver com você se não mudar de atitude. Se quiser falar de negócios, me procure. Meu coração não é, e nunca será um negócio.
Após concluir meu discurso, joguei o buquê na direção dele, que o agarrou chocado. Acenei com a cabeça, girei nos saltos e comecei a me afastar.

- Isabella, volte aqui!

Continuei em frente

- Isabella!

- Tchau, Alexander! - respondi sem me virar, estendendo a mão por cima da cabeça para um tchauzinho displicente.

- Isabella! Se você não voltar aqui nesse instante estará perdida! Não se esqueça de que assinou um contrato!
Dessa vez parei, no meio da nave. Virei devagar, as mãos na cintura.
- Pois faça o que achar melhor. Meu advogado ficará feliz em acabar com você! - Olhei para Paulo, o advogado idoso e cansado que trabalhava para a minha empresa, como a confirmar se ele tinha gostado da minha frase de efeito. O pobre homem estava verde e parecia que ia desmaiar. Dei de ombros com pesar e mordi os lábios, de repente me dando conta da loucura que estava fazendo. Dei um sorriso amarelo para as pessoas que me encaravam estupefatas e disparei para fora antes que perdesse a coragem. Corri para a manhã ensolarada que representava a minha liberdade, deixando um Alexander aborrecido e desesperado, segurando um buquê, para trás.

Conspirações do amor (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora