P.O.V BAK
- Eu gosto dela. - afirmei pro barman que eu não conhecia.
Manteve-se um silêncio entre nós até que eu começasse outro longo discurso sobre a loira que mexe com meu psicológico.
- Bak? Cara, vem aqui. - ouvi uma voz feminina e notei a expressão aliviada do barman ao me ver ser puxado para longe do bar.
- Malu, me deixa voltar pra lá com os meus amigos. - me referi aos drinks.
- Estamos todos aqui juntos, viemos juntos, e sempre estaremos juntos. E estou aqui para te aconselhar e ajudar. - sorriu simpática.
Começamos a andar para uma parte mais afastada da pista e do pessoal, que aliás havia um bom tempo que eu não encontrava desde que chegamos na balada.
Avistei um sofá de couro e puxei a Malu.
- Vamos. Me conta.
- Eu quero a Carol de volta. Sei que fui um puta babaca com ela, que tudo que ela queria era atenção e companhia e não fui capaz de proporcionar isso, mas foi antes, agora eu quero ser diferente, quero dar a ela tudo que merece, igual naqueles filmes entediantes que ela me fazia assistir. Notou quantas vezes eu disse "ela"? Eu nao tiro ela da cabeça. - afirmei atropelando algumas palavras.
- Ótimo, agora repita isso, só que olhe para trás. - Malu apontou para minhas costas.
Me virei e pude ver dois corpos.
Um era o corpo mais escultural que eu já havia visto em toda a minha vida.
O outro era só o Crusher mesmo.
- Gabriel... - Voltan tentou dizer algo, mas notei que haviam lágrimas em seus olhos.
- Não diga nada. - levantei e peguei sua mão, a levando para fora da balada.
- Aonde vamos? Cê tá louco? - disse em meio a risadas e só aí percebi que eu sentia falta até mesmo do riso dela.
- A vida com limites e programações não tem graça, loira. Vamos improvisar. - ri meio alterado por conta dos 8 drinks que havia tomado.
Mas não havia perigo.
Carol sabe me deixar sóbrio. E bêbado também, dependendo da situação.
P.O.V MARIA LUIZA
Bak levantou, levando Voltan sabe-se lá para onde e apenas fiquei sorrindo, observando o toque das mãos dos dois, se distanciando de mim.
Despertei quando o sofá afundou um pouco e notei que Arthur havia sentado ali. Bufei involuntariamente.
A presença dele me incomoda, não sei ao certo porquê.
- Uma mulher bonita dessa não deveria estar sozinha. - ouço uma voz que não conhecia.
- Mesmo papo de sempre. O disco dos homens agarrou? - ri debochada.
- Te mostro que tenho mais do que papo. - se inclinou sobre meu corpo e como resposta desferi um tapa estalado em sua face.
- Nojento! - gritei.
Senti meu corpo ser enlaçado por duas fortes mãos e torci internamente para que fossem do Arthur.
- Você é uma vadia, e eu vou te mostrar o que eu faço com elas. - o porco me levantou e suas mãos apertavam cada vez mais minha cintura.
Senti a folga das patas dele e vi que Arthur agora estava na minha frente aos socos com o demônio.
Meu coração se apertou e o puxei pela camisa, para que fôssemos embora.
25 MINUTOS DEPOIS
- Podia ter se machucado mais gravemente. - disse me sentando na cama junto com a malinha de primeiros socorros.
- Valeria a pena por vo... Ai! - resmungou quando encostei o algodão com álcool.
- Obrigada, Arthur. - sorri tímida enquanti fazia o curativo.
- Faria isso por qualquer pessoa, mas de nada. - levantou-se quando acabei e entrou no banheiro para olhar o espelho.
Suspirei.
- Não só por isso. - me apoiei no batente da porta.
Ele me olhou confuso e não pude evitar um sorriso sapeca me escapulindo os lábios.
- Você sempre esteve do meu lado quando precisei, sempre me salvou, realmente um herói e eu, fui apenas uma menina mimada e escrota que te tratei mal. Sei que nada disso que falei te fará mudar sua opinião e visão sobre mim, mas espero que entenda que mudei, amadureci e... - falhei a voz - peço seu perdão.
Saí do banheiro, pegando meu celular, avisando resumidamente pro meu irmão o que havia acontecido. Abri a porta, saindo do apartamento do Arthur, apertei o botão do elevador e me permeti chorar sem saber ao certo porquê.
O elevador chegou e entrei, me vi no espelho. Aquela era eu.
Chorando pelo homem da minha vida, que eu conhecera muito tempo antes, mas só agora havia tomado consciência da verdade que todos já sabiam.
Acenei para o porteiro que passava a noite na portaria e comecei a caminhar.
- Maria Luiza! - ouvi ele chamar meu nome e isso me fez chorar mais.
Eu não tinha o que perder, então gritei o que estava preso na minha garganta enquanto corria para os braços dele.
- Eu te amo, Arthur! Me perdoa. - disse entre lágrimas e pulei em seu colo.
Ele me segurou daquele modo e disse baixo, mas alto o suficiente para que eu pudesse ouvir.
- Eu te amo, Maria Luiza.
________________________________
Desculpem a demora, eu realmente queria um capítulo bom, e todos que eu havia começado ficaram péssimos.
Essa é só a parte um da Austrália gnt, relaxa kkkkk
Perdoem os erros, escrevi em um tablet um pouco antigo q NÃO tem corretor automático, sério.
Obrigada por lerem!
Se cuidem <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Sister | Loud
RastgeleUma ligação ao final da live de Mob, faz com que Playhard tome a decisão de incluir ou não uma integrante temporária na Loud. E trazer, junto com ela, muita animação e carioquices.