Capitulo 3

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Entramos na sala, ela era grande, com uma janela para a floresta, uma mesa grande com algumas cadeiras.

Diana me pediu para eu sentar na cadeira da ponta, me sentei.

Na outra ponta estava os dois irmãos sentados um do lado do outro, um com as mãos na mesa e o outro com os braços cruzados me olhando.

Nas outras cadeiras estavam uma mulher com aparência de ter uns 70 ou 60 anos de idade, mas não tão acabada e agora Diana na cadeira perto da do líder com as mãos na mesa.

Todos menos Diana me olhavam curiosos, por dentro eu queria apenas me levantar e sair dali.

- Pode nos dizer o seu nome por favor?- O com as mãos na mesa diz.

- Samantha Lionheart.

- Samantha, meu nome é Arthur. Esse aqui é meu irmão mais novo Nicholas, Diana você já deve conhecer e aquela é Ágatha a bruxa da alcateia.

- Prazer.- Ágatha me deu um sorriso fraco e Nicholas apenas continuou com os braços cruzados.

- Nicholas te achou desmaiada no nosso território ontem a noite, pode nos contar o porque?- Arthur pergunta.

- Eu fui sequestrada por um grupo de pessoas de contrabando.- Arthur anota tudo o que eu falei.

- E você fugiu sozinha?- Nicholas fala pela primeira vez, olho para o mesmo e assenti.- Quem colocou o sonífero em você?

- Um vampiro que me atacou, mas eu consegui despista-lo.- "O decapitando." Penso.

- Seu cheiro não parece ser de uma humana, é de qual espécie?- Arthur pergunta.

- Sou aprendiz de bruxa.- eles parecem não acreditarem muito.

- De qual bruxa?- Ágatha pergunta. " Fudeu!" Penso.

- Amélia Flitz.- digo o primeiro nome que veio na minha cabeça.

- Uma ruiva, alta, com olhos verdes?- ela pergunta.

- Sim.- minhas mãos sobre o meu colo soavam de nervosismo.

- Ah, ela é uma amiga minha, estudou comigo na escola de magia.- respiro aliviada.

- Bom, eu irei decidir o que vamos fazer com você, já que você é uma fugitiva. Nicholas tomara conta das suas atitudes por enquanto e não tente fugir.- Nicholas tenta protestar mas apenas aceita a ordem do irmão revirando os olhos.

- Alfa Arthur, será que eu poderia por enquanto ensinar magia para ela? Tenho certeza que Amélia não se importará.

- Pode. Estão dispensados por agora.- Ágatha se levanta e vem na minha direção.

- Vamos minha jovem, tenho muitas coisas para te ensinar.- me levanto da cadeira e a sigo.

- Arthur, eu tenho cara de babá por a caso?- escuto a voz de Nicholas antes de fecharem a porta e eu reviro os olhos.

- Vamos para minha casa, porque é lá que eu trabalho.- Ágatha diz, saímos da mansão e fomos para a sua casa, que não era tão longe.

Ela abre a porta, eu entro primeiro e depois ela fecha a porta, olho ao redor e não era tão diferente da casa de Diana e Emilly.

Escuto um barulho vindo da cozinha, olho de canto de olho e vejo facas vindo na minha direção.

Dou um mortal para frente, depois inclino meu corpo para trás vendo as facas passando raspando pelo meu rosto.

Fico reta novamente e uma faca aponta para minha cara a milímetros de distância.

- Eu sabia, você é uma Ackerman.

- Como?- outra faca aponta para o meu pescoço, acabo encostando minhas costas na parede.

- Eu sonhei que você viria para cá e esses olhos com íris pretas não escondem nada.

- O que você vai fazer? Me matar?- dou um sorriso de lado, pego as duas facas que flutuavam no ar.

Fico de frente da mesma, uma faca perto do seu pescoço e a outra atrás de sua cabeça, sua respiração já ficava acelerada.

- Seja leal a mim.- rio fraco revirando os olhos.

- Acha mesmo que eu irei me entregar assim tão fácil?- digo.- Além do mais, se você quisesse me matar, você já teria matado. Suas mãos estão livres.

- Eu conheço você Samantha Ackerman, já fui amiga de seu pai. August Ackerman, você é igual a ele.

- Pare de enrolação.- aproximo mais a faca.

- Como você está sendo perseguida, eu irei te ajudar a ficar escondida, só vou te ajudar porque tenho uma dívida com o seu pai. Não contarei a ninguém que você é uma Ackerman.

- Acho bom, se não eu faço picadinho de bruxa.- digo tirando um fio de sangue de sua garganta, me afasto, a mesma coloca a mão no local machucado e eu ando até a cozinha.- E só para a sua informação...- paro de andar.- Meu pai está morto.- jogo as facas e elas prendem no chão de madeira.

Vou para a cozinha, pego um copo de água gelada. Olho meu reflexo no espelho do microondas e meus olhos logo voltam ao normal. Bebo a água toda.

- Como assim seu pai está morto?- Ágatha aparece na cozinha com expressão assustada.

- Minha família foi morta quando eu tinha 13 anos por um humano que odiava meu pai, foi quando eu tive o meu despertar e matei o homem.

- Definitivamente eu tenho que te ajudar, se não August vem puxar o meu pé durante a noite. Irei fazer uma poção que faz você ter poderes de bruxa por alguns dias.

- Como posso confiar em você?

- Vai por mim, eu sou a única pessoa que você deveria confiar.- ela diz saindo da cozinha.

A última Ackerman Onde histórias criam vida. Descubra agora