Capitulo 8

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Uma semana se passou, até que o tempo aqui passa rápido. Ajudei Diana no refeitório e Nicholas nos treinamentos.

Até que o pessoal vem melhorando bastante nos treinos, estão até me dando orgulho, Nicholas ficou com a parte de treinamento na forma lobo e eu na humana.

Nós dois ficamos próximos mas as vezes nós trocamos apenas algumas palavras.

Sobre os diários, eu comecei a lê-los. A maioria dos Ackermans já escreveram, mas alguns se perderam com o tempo. Os "mais" importantes, ficam naquela caixa, dando sabedoria para as próximas gerações.

Já era tarde da noite, estava sentada na varanda de Ágatha bebendo uma taça de vinho e lendo um dos diários, eu era forte para bebida e o diário, parecia apenas um livro de capa lisa e dura preta.

Uma coisa legal, apenas eu posso lê-lo, se alguém abrir vai apenas encontrar páginas em branco.

- Bebendo sozinha?- Ágatha aparece e senta ao meu lado, ofereço a garrafa e ela faz aparecer uma taça.- Esse é dos bons, a onde você arrumou?

- Na cozinha, peguei escondido hoje a tarde.- digo dando outro gole na minha taça.- So isso para esquentar essa noite.

- O que você está lendo?- fecho o diário.

- Um amigo meu trouxe para mim.- digo.

- Ainda não acredito que a última Ackerman está aqui do meu lado.

- Pare de falar isso ou eu vou quebrar essa garrafa em sua cabeça.- digo pegando a garrafa e depois enchendo a minha taça.

- Enfim...- termina a sua segunda taça.- eu vou dormir, vá para a sua casa e termine essa garrafa. Boa noite!

- Boa noite.- me levanto e vou em direção a casa.

Estava tudo silencioso e as ruas estavam vazias,  deve ser umas 2 ou 3 da manhã, sim eu estava bebendo nesse horário. Por que? Insônia e estava entretida lendo o diário.

Estava lendo como os Ackermans ajudaram na Primeira Guerra mundial.

Bebo o último gole de vinho e seguro a garrafa vazia, ajeito o sobretudo preto que eu usava, já estávamos no inverno.

De repente eu escuto um rosnado alto e bem próximo. Olho de canto de olho e vejo um lobo cinza se aproximando com velocidade.

Quebro a garrafa no chão, para eu me defender de alguma forma e espero o lobo vir atacar. Não queria chamar a espada, para não piorar a situação.

O lobo estava próximo quando um lobo preto pula em cima do mesmo o fazendo parar. Já sabia que era Nicholas, já que ele que cuidava da patrulha.

O lobo cinza rosna para o lobo de Nicholas que rosna mais alto, o lobo cinza apenas olha para mim e da as costas entrando novamente para a floresta.

O lobo de Nicholas vem na minha direção, largo a garrafa quebrada longe. Nicholas volta a sua forma humana e eu dou meu sobretudo para ele cobrir a nudez.

- O que você está fazendo sozinha na rua a uma hora dessas?- ele chega mais perto e me cheira.- Está com cheiro de álcool, está bêbada?

- Estava na casa de Ágatha, treinamos até mais tarde e aí eu fiquei bebendo lá depois. O que aquele lobo queria?

- Pela escuridão, ele achou que você era uma intrusa. Deu sorte que eu estava por perto, não vai agradecer?

- Eu sei me defender sozinha.

- Então tá, na próxima vez eu vou deixar ele fazer picadinho de você.- talvez por efeito do álcool, eu dou um tapa em seu rosto fazendo ele virar a cara.

- Nunca mais duvide do meu potencial, alfinha.- me viro rapidamente e vou para a casa em passos apresados.

Já sentia meus olhos mudando de cor e me segurava para não sair do controle.

Duas coisas que os Ackermans não gostavam era quando duvidavam da sua capacidade e os chamavam de fracos. Somos os mais forte, se não fosse o Rei que veio depois do Henry minha família estaria dominando o mundo.

Entro na casa e vou direto para o meu quarto, vou devagar para não acordar as meninas.

Fecho a porta do meu quarto e coloco o diário no criado mudo, tiro meus sapatos ficando descalço e ando pelo quarto com a respiração acelerada.

Eu queria pegar a minha espada e sair cortando tudo ao meu redor. Pego um travesseiro e fico o socando com tanta força, que no último soco eu atravesso o mesmo.

O escondo de baixo da cama, deito na mesma com as mãos na cabeça, olhos fechados e tentando acalmar minha respiração.

- Se acalme Samantha, Se acalme! - falei para mim mesma e demorou alguns longos minutos até eu me acalmar completamente.

Me levanto e vou para frente do espelho, a iris dos meus olhos estavam pretas igual a escuridão.

Fecho eles e solto um longo suspiro, abro novamente e eles estavam normais.

A última Ackerman Onde histórias criam vida. Descubra agora