Pergaminhos da Vida

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Notas Iniciais: 

Oi meninxs, desculpem, esse demorou um pouco mais que o normal. Pra quem não sabe, estou no último ano da faculdade e já dei início ao meu TCC. Com essa pandemia minhas aulas também foram suspensas por tempo indeterminado, mas em compensação me atolaram de atividades e exercícios pra resolver kkkk eu que lute. Acredito que conseguirei manter o ritmo de postagem (farei o possível, prometo) e peço para que se cuidem, sigam as recomendações o máximo possível e sejam gentis com o próximo, não podemos combater nada por conta própria.
Be safe x

Ah, por último mas não menos importante: este capítulo contém cenas de violência e morte. Caso não se sinta à vontade com o conteúdo, não recomendo a leitura.

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Abrir os olhos nunca pareceu tão difícil, pensou ele enquanto se espreguiçava de maneira desleixada. Mesmo que dormir no chão não fosse tão confortável quanto em sua própria cama, ainda era consideravelmente melhor do que todos os pequenos sulcos e relevos disfarçados com grama no solo da floresta, então precisava admitir que estar de volta lhe dava uma ligeira sensação de estar em casa. Bocejou mais uma vez e esfregou os olhos, sentindo que o sol já estava alto no céu. Mais um dia sem treiná-la, reclamou consigo.

Ouviu um suave cantarolar e, quando sua visão finalmente focalizou, observou-a em silêncio enquanto terminava de se arrumar. Neji nunca a tinha visto usando nada parecido.

Os longos cabelos foram trançados e jogados para o ombro direito, dando total visão para a parte de trás do vestido curto, preto e rodado que deixavam seus ombros nus, com pequenas rosas descendo por todo o tecido rente ao corpo.

― Eu te acordei? ― Ela voltou seu olhar para ele, pegando-o desprevenido enquanto a admirava. Dakota fechou a argola em sua orelha ao mesmo tempo que lhe deu um pequeno sorriso, voltando-se para se olhar novamente no espelho. ― Não foi minha intenção, foi mal.

― Não acordou. ― Bocejou em resposta, avaliando se deveria deitar-se novamente ou se levantar de uma vez. Dakota estava... diferente. ― Aconteceu alguma coisa?

― Por que teria acontecido alguma coisa? ― respondeu, passando o delineador com cuidado para ficar o mais simétrico possível.

― Você está... hm, como eu posso... ― Bufou, coçando a nuca.

― Arrumada? ― Passou algumas camadas de rímel, finalizando com o batom e virando-se para o rapaz que abria a persiana. ― Bonita? ― instigou, vendo-o engolir em seco e ruborizar. ― Eu acho que preciso me parecer um pouco mais comigo mesma, sei lá. Até quando quer me ver por aí toda suada com o cabelo desgrenhado?

Hyūga se espreguiçou, repreendendo seu cérebro por encontrar malícia na última parte da frase. Aquilo não ia dar certo.

― Então, quando está na sua casa, você sempre anda toda arrumada? ― questionou, contemplando-a melhor depois de deixar a luz do sol invadir o cômodo.

― Não fico em casa por muito tempo, na verdade. Minhas férias são bem curtas. ― Suspirou, alisando sua bolsa e vendo-o sentar na tradicional posição de lótus. ― Eu passei mais tempo da minha vida na escola do que em qualquer outro lugar e, sim, obviamente eu procuro zelar pela minha imagem enquanto estou lá.

― Ah, como eu adoraria ver isso ― zombou, estalando o pescoço.

― Eu posso te mostrar, se quiser ― respondeu com naturalidade, vendo-o abrir os olhos para focar nela. ― Criei o hábito de carregar algumas fotos comigo pra me sentir menos sozinha.

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