⎜ 𝙥𝙧𝙤𝙡𝙤𝙜𝙪𝙚

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Freeridge, CA
2018
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ELA BALANÇAVA SEUS quadris no ritmo da música que saía pelos alto-falantes distribuídos pelos cômodos da casa. O copo que continha ums mistura de vodka com refrigerante indo de encontro aos lábios, ela bebe quase tudo em um único gole antes da amiga tomar de suas mãos.

⏤ Devagar, Bebe. Temos o resto da noite pra fazer isso. ⏤ Monse deu risada enquanto terminava de tomar a mistura do copo da outra e tentava acompanhar os movimentos que ela fazia. Era estranho e engraçado ao mesmo tempo, como se só agora a garota estivesse notado que seu corpo podia se mover daquela forma.

⏤ Não, Monse. ⏤ A brasileira se aproxima para falar em seu ouvido. ⏤ Tenho que aproveitar essa noite ao máximo. Lembra que amanhã estarei saindo do país? A Valentina deixou que eu curtisse essa noite com vocês.

A outra arregala os olhos levemente e faz sinal de positivo com o polegar. O recado havia sido entendido. Ambas soltam gritinhos por trás da música alta e se animam ainda mais, dançando coladinhas quando a faixa muda. Um som um tanto sensual, e a brasileira podia sentir o suor se acumulando em sua pele, deixando ─ principalmente ─ a área do pescoço grudenta.

Minutos mais tarde, sem aguentar a temperatura alta que havia se estabelecido na sala cheia de pessoas ela sobe as escadas que davam para o segundo andar, vez ou outra desviando daqueles que se beijavam contra a parede.

Estando a curta distância do banheiro, um suspiro alto escapa dos seus lábios ao reconhecer a figura trajada em cinza. Ele fitava o chão enquanto metade do seu corpo pendia na parede azul royal, o capuz do moletom cobria a cabeça, deixando-o mais intimidador do que de costume.

Bem, não pra ela.

⏤ O que você está fazendo aqui na minha casa, Spooky? ⏤ Pergunta seca ao passar por ele.

A jovem liga a luz do banheiro e abre a torneira, deixando a água fria escorrer pelas mãos e sentir que o calor que tinha tomado conta do seu corpo estava sendo abrasado conforme a água entrava em contato com sua pele.

⏤ Creio que convidei apenas um Diaz. E seu primeiro nome era Cesar. ⏤ Ela dá uma olhada rápida do homem e balança a cabeça. ⏤ Se eu bem sei, seu nome não é esse.

O homem por fim pigarreia e ela enfrenta seu olhar sombrio pelo reflexo do espelho, se surpreendendo quando ele pega uma toalha de pano perfeitamente dobrada de uma prateleira. O gângster se aproxima lentamente e sorri internamente ao notar que ela franzia a testa.

⏤ O que foi, bebé? Está com medo? ⏤ Ironiza ao erguer a mão e passar cuidadosamente o tecido na parte de trás do pescoço dela, tentando ignorar seu próprio nervosismo ao estar tão próximo daquela garota.

⏤ Não tenho medo de você, coño. ⏤ Ela rosna e por um momento tenta pegar a toalha das mãos do maior, mas ele a prende contra a pia e vira seu corpo até que conseguisse deslizar o tecido pela lateral e frente do pescoço.

Os olhos escuros dele vez ou outra vagando pelo rosto dela, e em um momento de contemplação, ele deixou que seus sentimentos o guiasse a levar a mão até sua bochecha. Os dedos fazendo leves movimentos, se deliciando com a sensação.

⏤ Que merda você acha que está fazendo?

⏤ Estou cutucado a cobra com vara curta. ⏤ Provoca com um meio sorriso. A sua mente criou um centenas de respostas para sua pergunta, e por mais que ele estivesse tentando a responder, não iria perder a oportunidade de vê-la irritada.

𝗠𝗔𝗟𝗔 𝗦𝗔𝗡𝗧𝗔 ⎰⎰ 𝗼𝘀𝗰𝗮𝗿 𝗱𝗶𝗮𝘇Onde histórias criam vida. Descubra agora