Capítulo VII

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- Hey, acorda, vai se atrasar e hoje é dia de teste. - Miranda me sacodiu na cama.

Me levantei da cama assustada, a mão no peito sentia o coração acelerado.

- Oque houve? - Miranda ficou preocupada, encarei minha amiga, ela não podia saber, iria achar que eu estava maluca ou pior Harry saberia que eu teria contado a ela e então Miranda iria correr um enorme risco de vida, eu jamais colocaria a segurança dela em jogo.
- Foi só um pesadelo. - Tentei me acalmar, estava sozinha nessa.
- Vai me contar como foi o encontro ou vai me ignorar como fez mais cedo? - Ela riu.
- Como eu vim para o quarto? - Olhei para a cama, ainda com a mesma roupa.
- Andando? - Ela gargalhou, conferiu a roupa no espelho.
- Estou falando sério! - Pedi, com a mão fazia movimentos circulares na têmpora.
- Ah, você abriu a porta fazendo um barulho enorme, deitou na cama de roupa e dormiu, ficou gemendo tendo pesadelos o restante do madrugada. 
- Não falei nada com você?
- Claramente chapada, é, você não me respondeu quando eu perguntei como foi o "estudo". - Ela riu novamente - Vai se arrumar, mais tarde você vai contar a todos como foi!
- Você falou para eles? - Me levantei da cama surtando.
- Claro que sim, você é a única que fisgou o peixão de Bounermouth. - Miranda me deu um beijinho no rosto. - Vou me encontrar com a Ness! Tchazinho!

Na cabeceira o livro de Miranda me gritava, liguei o Notebook e verifiquei o nome do livro e pesquisei online, havia um pdf disponível, ótimo, iria encontrar palavras chaves do livro.
Enquanto fazia o download fui tomar um banho, ainda tinha trinta minutos antes da aula começar, tomei o banho mais rápido que pode, quando voltei ao quarto o livro já estava baixado, abri o pdf e pesquisei "pele fria".

A pele fria do vampiro queimava na fogueira, uma fumaça roxa subia pelo céu, estávamos livres dos vampiros enfim.

Força.
O vampiro quebrou com apenas uma mão um pedaço do paredão do castelo, os olhos negros de sede.

Velocidade.
Parecia uma sombra, o demônio podia facilmente correr pela escuridão sem ser notado, durante o dia ficava escondido temendo a luz do sol.

Beleza
A beleza exagerada do demônio era sua arma, usada para atrair a presa, com tanta elegância e formosura a presa jamais sairia correndo do demônio frio.
A mancha roxa envolta dos olhos em nada atrapalhava o vampiro a se destacar para conseguir mantimento.

Me ajoelhei no chão e em seguida me deitei na madeira fria sentia tremores pelo meu corpo molhado, automaticamente me lembrei da pele de Harry, os olhos negros, a força contra a parede de vidro, a rapidez em me alcançar no elevador, e pensar que eu poderia ter morrido por estar apaixonada por um vampiro.
Não podia ser real, devia ser a bebida, ele devia ter alguma doença que deixava sua pele fria... não podia ser real.
Demorei alguns minutos para me recompor, no fim as lágrimas não caíram, na minha mente o melhor beijo da minha vida, a única paixão que havia sido realmente forte, era por Harry.

A necessidade de encontrar uma roupa foi a tarefa mais complicada que já havia encontrado até o momento, minhas mãos tremiam e eu não conseguia ainda respirar, pela primeira vez cheguei nove minutos atrasada para a aula, existia um lugar vago ao lado de Miranda, me sentei e bebi um pouco de água da garrafinha dela, meus olhos já estavam a procura de Harry, ele estava sentado na mesma fileira, na outra ponta me encarando, sua expressão era vazia e os olhos não estavam mais negros.
Meu corpo se arrepiou, quem havia sido morto em meu lugar?

- Meu Deus, você está drogada? Está agindo como uma neurótica! - Miranda murmurou para mim.
- Desculpe, acho que estou tendo uma crise de pânico, a algum tempo não sabia oque era isso.
- Quer ir ao médico? - Miranda tocou meu braço. - Nossa você está suando frio.
- Se até o final da prova eu não conseguir mais, eu aviso.
- Tá bom!

A Quarta Fase Da Lua (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora