Capítulo IX

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Jantar sozinha com Harry assistindo, foi desconcertante, comi pouco pois os olhos dele começaram a ser clínicos no ato tão comum como comer.
Depois de jantat, Harry me levou para o sofá e assistimos Titanic, tentei segurar as lágrimas mas não me contive, a lágrimas ignoram Harry me observando a todo instante.

- Por que fica me olhando tanto? - Perguntei nos créditos do filme.
- Porque tudo o que você faz é extraordinário, fico perplexo com a nossa diferença.
- Você... Se esqueceu como é ser humano? - Olhei seus olhos âmbar. Suspirei.
- Sim, na verdade é tão rápido que em alguns meses você esquece como agir de forma humana.

O drink alcoólico que Harry tinha feito já estava fazendo efeito no meu corpo, respirei fundo sentindo que já estava bêbada, ri sozinha quando vi os sapatos largados no chão e meu pé encolhido no sofá.
Peguei um charuto da mesinha de centro e dei alguns tragos, muito mais forte que qualquer coisa que já havia experimentado, reprimi a tosse por alguns segundos.

- Por que quer ficar sozinho na viagem? - Me acomodei no sofá e encarei Harry, o cabelo estava bagunçado, sua pele pálida na luz da tela plana, os olhos claros brilhavam mais que a fraca luz da sala, estávamos em uma distância confortável para Harry.
- Bom, esperava que não ficasse assim tão sozinho por lá... - Ele me olhou por alguns segundos, vi a malícia, meus batimentos aumentaram.
- Oh, você quer que eu passe mais tempo com você... Por lá!? - Me ajeitei no sofá, coloquei as mãos segurando a minha cabeça pesada.
- Só não te peço em casamento porque nos conhecemos a um mês. - Ele me deu toda a sua atenção agora, virando todo o corpo para minha direção, algo nesse simples movimento fez meus batimentos acelerarem.
- Ah, só isso te impede? - Perguntei rindo.
- Você é frágil para o meu mundo.
- Mas você sabe me acariciar...
- Não é só disso que estou falando... - Ele riu.

Me aproximei da boca de Harry lentamente, ele ficou imóvel até que pude sentir o hálito gelado da boca dele.

- Você está bêbada, não sabe o que está fazendo agora

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- Você está bêbada, não sabe o que está fazendo agora... Não me aproveito de mulheres bêbadas. - Ele suspirou quando minhas mãos puxaram o cabelo da sua nuca. - É perigoso. - Ele murmurou, cedendo.
- Você é de pedra, eu sou bem macia e quente por dentro. - Subi nas suas pernas.
- Caralho! - Ele sussurrou, mordi o lábio tentando conter tudo de obsceno que queria vim atona. - Acho melhor da próxima dar menos álcool a você. - Ele riu. - Você é a primeira humana a jogar uma cantada tão pesada pra mim! - Ele continuou a rir.

A mão de Harry foi em direção ao meu peito, possivelmente ele queria sentir meu coração acelerado, ficamos em silêncio até que meu coração desacelerou.

- Acho que está na hora de ir. - Avisei.
- Ah, não, não vai! - Ele implorou, seu semblante feliz sumiu.
- Eu durmo...
- Minha cama é inutilizada, aliás você não está com sono.
- Por que está tão convicto assim?
- Seus batimento estão normais, sua pálpebra caiu um pouco... Mas é porque está bêbada e sentir sono nesse estágio de alcoolismo é natural.
- Meu Deus... - Exclamei rindo.
- Desculpe, as vezes posso ser bem arrogante! - Ele baixou a cabeça envergonhado.
- Não é isso, você diz que eu sou fascinante, mas você é... Extraordinário. - Me aproximei dele. - Por favor, Harry, me beija.

A Quarta Fase Da Lua (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora