Capítulo XXI

49 8 0
                                    

- Casar? - Me levantei da cama, fui até a janela sentindo falta de ar.
- Isso é um não? - Zayn surgiu atrás de mim, me esquivei e fui novamente para a cama.
- Casar com dezenove? Ainda na faculdade? Ficar longe oficialmente do meu pai? Incluí me transformar? Não quero ser transformada e não... - Zayn colocou o dedo indicador nos meus lábios.
- Ei! Está falando alto de mais... Quer dar uma volta? - Ele perguntou com delicadeza.

Não respondi, apenas peguei minha bota de frio que não usava a muito tempo, minha jaqueta mais quente e soltei meu cabelo, meu pai estava dormindo no seu quarto, desci as escadas o mais rápido possível, olhei para trás e Zayn não estava me seguindo, fui para o fundo da casa e ele estava parado, olhando o céu.
Começou a me seguir em passos lentos pra dentro da mata.

- Casa comigo, não precisa se transformar, não precisa sair da faculdade e muito menos deixar seu pai. - Ele disse, não conseguia olhar para Zayn, não era com ele que idealizava, seria muito simples começar a chorar agora.
- Fala como se eu aceitasse... Seria de imediato. - Olhei a minha volta, meus olhos humanos não viam nada a mais de três metros, senti ele estava se aproximando
- Podemos ficar mais tempo noivos... Você não quer, não é?
- Não é isso... É uma decisão importante, preciso pensar.
- Adellie, não faz sentido esperar por ele. - Zayn afirmou, me virei para encara-lo.
- Por que acha que ainda espero?
- Você não consegue disfarçar...
- Está enganado...
- Então por que não quer se transformar?
- Porque... Quero morrer e não quero depender eternamente de algo como sangue.
- E também não quer se transformar porque sabe que Harry desaprova e viveria eternamente pressa em uma paixão platônica.
- Qual é o seu problema? Estou tentando seguir em frente e você trás ele a tona todos os dias...
- Você é tão cega por ele que não nota que eu estou a todo tempo tentando fazer com que você enxergue que ele não te ama! - Ele gritou, abracei meu corpo e as lágrimas escorreram pelo meu rosto.
- Eu sei! - Gritei, minhas pernas perderam as forças e cai no chão de joelhos.
- Eu posso te fazer feliz, posso te dar tudo... - Zayn se aproximou de mim como estivesse sempre ali do meu lado. - Eu posso te dar uma família, posso te dar mais que ele. - Zayn segurou meu rosto entre as mãos.
- Uma família? Ele disse que era perigoso.
- Não é, ele que nunca quis ter filhos, mas eu quero, você pode ser transformada assim que der a luz. Posso te fazer feliz. - Ele me ergueu do chão.
- Sim! - Concordei rindo, ele riu comigo e me abraçou. - Aceito ser feliz, Zayn! - Beijei os lábios do meu noivo.
- Para quando marcamos? - Ele quis saber.
- Para o final do ano, sempre quis casar na neve. - Disse a ele. Zayn riu.
- Como quiser meu amor, amanhã mesmo peço sua mão oficialmente ao teu pai. Com o tempo marcamos tudo com calma. - Ele beijou minha boca.
- Desculpa complicar tudo, eu te amo. - Disse a ele, Zayn sorriu tristonho e me pegou no colo, em um piscar ele já estava fechando a porta do meu quarto, me deitou na cama beijando meu pescoço. - Zayn, podemos esperar a lua de mel? - Pedi ofegante.
- Você é virgem? - Ele cessou os beijos por alguns segundos.
- Não, mas... Quero fazer tudo correto com você. - Zayn sentou na cama.
- Perdeu a virgindade com ele? - Ele parecia irritado.
- Sim. - Sussurrei
- Desculpe a pergunta, ele usava preservativo?
- Usava... - Ficamos em silêncio por alguns segundos. - Por quê?
- Nada! Apenas seria estranho não acha? - Ele riu. Dei de ombros e me deitei na cama novamente. - Quantas vezes fizeram? - Zayn prosseguiu. Me sentei na cama novamente.
- Oque?
- Ah, me fala, por favor! - Ele implorou.
- Zayn, eu não sei. - Ri nervosa. - Sei lá... Vinte vezes? - Contando com oral, esfregadas e dedadas? - Quinze? - Contando com penetração, minha voz ficou aguda, Zayn riu.
- Em quatro meses de namoro?
- Três! - Corrigi. Automaticamente me arrependi. - Ou quatro, não sei, pare com essas perguntas! - Pedi.
- Tudo bem, desculpe. - Zayn estava rindo ainda. - Preciso ir. - Ele beijou minha testa.
- Mas já? Não quer passar a noite comigo? - Segurei a mão de Zayn, vi seu rosto se derreter de amor.
- Uau, você quer que eu passe a noite aqui? - Ele sorriu bobo.
- Eu quero! - Pedi e puxei seu braço para deitar na cama.
- Muito bom estar noivo. - Ele murmurou.

Me deitei no seu peito, me enrolei na coberta para evitar tocar o restante do meu corpo no corpo de Zayn, ele esperou que eu ficasse quieta e começou a fazer carinho em meu couro cabeludo.
E nessa noite meu pesadelo se alterou, vestida de noiva, caia no mar congelante do inverno, a água fria cortava meu oxigênio e queimava meu corpo, imóvel novamente caía para o fundo, lentamente Agatha se aproximava e me assistia morrer, Zayn surgia e Agatha tentava impedir que ele se aproximasse, em um segundo de distração Zayn mordia meu pescoço e levava Agatha para longe, a dor da água congelante e o novo fogo em meu corpo me acordaram atordoada.

- Ei!? - Meu pai abriu a porta do quarto.
- Zayn! - Chamei, tateando a cama.
- Sou eu, filha! - Ele tentou me acalmar, Zayn havia ido embora e já havia amanhecido. - Já fazia algum tempo que não tinha pesadelos. - Ele secou as lágrimas que desciam pela minha bochecha. - Achei que Zayn estava dando resultado. - Ele murmurou no abraço. Ri em silêncio.
- Foi só um pesadelo idiota. - Murmurei.
- Volte a dormir, ainda está cedo. - Ele se levantou.
- Vai estar em casa mais tarde? - Perguntei.
- Sim, por quê? - Meu pai já estava na porta.
- Farei um jantar para nós três. - Quando terminei de falar, bocejei.

Pela manhã acordei e mandei mensagem para Zayn o convidando para o Jantar, ele confirmou sua presença, sem fazer minha higiene pessoal pela manhã, arrumei a casa, depois de tudo limpo, coloquei algumas roupas para lavar e fui arrumar minha roupa para o jantar, hidratei meu cabelo e deixei secar naturalmente enquanto fazia o almoço, na espera passei chapinha no cabelo e pintei as unhas, almocei sozinha e tirei um cochilo de uma hora no sofá, ao acordar preparei uma sobremesa para o jantar, meu pai chegou dos seus deveres me ajudou a cortar alguns legumes para a janta.
Meu pai trocou de roupa quando me viu esperando Zayn no sofá de vestido, salto alto e maquiagem, Zayn chegou em torno das sete da noite.

- Eu atendo! - Disse da cozinha, meu pai estava no sofá com o cenho franzido de preocupação.
- Boa noite, amor! - Zayn me deu um selinho.
- Boa noite. - Zayn entrou para dentro da casa e foi até o meu pai.
- Boa noite, senhor Lee, como vai? - Ele se sentou no sofá.
- Vou bem, rapaz e você como vai?
- Muito bem, obrigado.
- Bom, vamos jantar? - Perguntei e fui para a cozinha sem esperar a resposta.

Eles me acompanharam em silêncio, sentei e me servi de uma taça de vinho, já fazia meses que não bebia, Zayn se sentou e ficou me olhando, meu pai foi logo se servindo do jantar, coloquei uma pequena porção de salada e Zayn beliscou um pouco da batata assada, comemos em silêncio até que eu perguntei sobre o dia do meu pai, ele me deu em detalhes e perguntou do meu, respondi e inclui o dia de Zayn na conversa, falando sobre negócios meu pai se interessou e eles começaram a conversar sobre as empresas Styles.

Durante a sobremesa Zayn de empenhou em contar sobre seus dotes e fortuna, meu pai ficou a maior parte do tempo em silêncio, não sabendo exatamente o que significava esse tipo de assunto.

- E com isso senhor, Lee, eu estou disposto a dar o céu para a sua filha. - Zayn se levantou da cadeira. - Senhor, Lee, eu a amo e protejo quem amo, quero cuidar dela, das a ela possibilidades e acima de tudo fazer ela feliz. Peço ao senhor a mão dela e a sua benção.

Olhei para o meu pai, esperando que ele reagisse, estava de olhos arregalados, a boca entre aberta, ele segurava o apoio da cadeira como se fosse se levantar, piscou algumas vezes, e acalmou a sua respiração.

- Adellie, você aceitou? - Ele quis saber.
- Sim, papai.
- Você vai terminar a faculdade antes de casar?
- Ainda estamos conversando sobre isso.
- Vocês realmente tem certeza? Não vão querer casar porque não foram cuidadosos na hora de...
- Não! - Gritamos eu e Zayn juntos. - Pai, não estamos fazendo isso por nenhum motivo além de que nos amamos. - Disse.
- Então, tudo bem, tem a minha benção!

A Quarta Fase Da Lua (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora