Capítulo 17

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— Papai! — Peter me puxou pela camisa e apontou para a prateleira. — Eu quero aquele brinquedo, posso pegar?

— Claro — ele ficou na ponta do pé e agarrou o brinquedo do homem-aranha. — Me deixe ver o preço.

Peguei o brinquedo de suas mãos. Não é muito barato, porém eu guardei dinheiro o suficiente para isso. Afinal, eu prometi para Peter que iria comprar muitos e muitos brinquedos que seriam apenas dele.
Coloquei o homem-aranha dentro do carrinho, o que fez Peter abrir um sorriso.

— Agora escolha o último, ok?

— Ok, papai.

Ele andou na frente e eu apenas o segui com o carrinho.
Matteo ficou tão perplexo depois que eu contei a verdade que eu apenas peguei Peter e fui embora. Meu filho ficou um pouco confuso no começo, mas resolveu não perguntar nada, ele apenas me abraçou para que eu acalmasse meu choro. Aquele abraço foi bom para mim.
Crianças são tão inocentes.
Nunca mais vi Matteo, não recebi mensagens dele e nada do tipo. Quando chegou a minha vez de passar a semana com Nicolle ele não apareceu com ela.
Ótimo, perdi Nicolle também, outra vez.
Observo Peter voltar para mim com as mãos vazias.

— Cadê o brinquedo, campeão?

— Não quero mais nada daqui.

— Muito bem, então o resto do dinheiro vamos usar para comprar sorvetes, o que acha?

— Sorvete! — comemorou e começamos a caminhar até o caixa da loja. — Eu vou querer de chocolate, papai.

— Ok, chocolate. Anotado.

Pelo menos não perdi Peter de novo, o que eu séria sem ele?
Eu paguei os brinquedos com o cartão e saímos da loja.
Peguei Peter pela mão e caminhamos até uma sorveteria. Comprei com dinheiro um picolé de chocolate e um sorvete de pote para mim. Nos sentamos em uma mesa e eu descansei as sacolas dos brinquedos em baixo da cadeira que eu estava sentado.

— Está gostoso?

Peter mordeu um pedaço do seu picolé.

— Muito!

— Que bom, então come rapidinho para irmos embora e você poder brincar com seus novos brinquedos.

— Ok.

Eu iria comer meu sorvete de morango, porém parei, assim que vi ele entrar pela porta da sorveteria. E ele parecia tão bem, tão relaxado, como se nada tivesse acontecido.

— Peter, vamos embora.

Peguei em sua mão rapidamente, querendo sair da sorveteria antes que Matteo nos visse.

— Por quê?

Segurei as sacolas com os brinquedos.

— Papai esqueceu que precisa fazer algo importante em casa.

— É mentira.

— O que?

— Eu estou vendo o tio Matteo, papai, e ele está olhando para você agora.

— Peter, o papai precisa...

— Oliver — fui interrompido. — Precisamos conversa.

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