Capítulo 19

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— Peter? — entrei no quarto. — Já está pronto?

— Sim! — exclamou, colocando a bolsa nas costas. — Vamos para a casa do tio Matteo!

— Sim, vamos logo, ele não gosta de atrasos.

Apaguei a luz do quarto e Peter veio andando atrás de mim.
O uber que eu tinha chamado já nos esperava do lado de fora do apartamento.
Eu não vejo a hora de tirar minha carteira de motorista, já que eu meio que a perdi depois de ter acordado do coma. Mas sem presa, afinal, eu ainda não tenho dinheiro para comprar um carro, o que eu estava guardando gastei com os brinquedos de Peter.
A mulher ruiva que dirigia o carro estacionou em frente a casa de Matteo. Eu entreguei o dinheiro à ela e agradeci, antes de sair do carro com Peter. 
Bati a porta e não demorou muito para ela ser aberta.

— Tio Matteo! — Peter ergueu as mãozinhas e Matteo o pegou no colo, girando ele no ar. — Tio Matteo!

— Meu menino! — ele parou de rodar e beijou a bochecha de Peter. — Como vai?

— Bem e você?

— Muito melhor agora.

Matteo o colocou de volta no chão e ele correu para dentro chamando pelo nome de Nicolle.

— Pode me ajudar com as malas?

— Por que trouxe tanta coisa? Vocês só vão ficar sábado e domingo aqui.

— É que o seu filho me fez trazer todos os brinquedos dele.

— Oh — riu. — Faz sentindo.

Matteo me ajudou com as malas e entramos para dentro, aonde ele me deu um rápido beijo.

— Eu senti a sua falta, Oli.

— Eu também.

Devolvi o beijo. Seria mais demorado se eu não tivesse escutado um "eca".

— Não se beijem na minha frente nunca mais! — Peter fez uma expressão de nojo. — É nojento!

— Tudo bem, o que acha de irmos jantar? — Matteo perguntou. Concordamos e caminhos até a cozinha, aonde o almoço nos esperava na mesa.


— Uno! — Peter gritou.
Matteo jogou uma carta, eu outra e Peter jogou sua última.

— Ganhei! 

— Muito bem — levantei-me. — Agora já está na hora de você ir dormir.

— Não, vamos jogar mais uma partida.

— Só se for de dominó — Matteo disse. — Eu vou detonar vocês!

— Me desculpa, mas você disse a mesma coisa quando começamos a jogar uno — forcei uma tosse. — E você perdeu mais de uma vez pra uma criança de 5 anos.

— Você também perdeu!

— Sim, mas eu fiz mais pontos que você — Matteo bufou e Peter riu. — Tudo bem, cinco partida de dominó e vamos dormir. Soa bem pra você, Peter?

— Sim, papai.

Matteo colocou as peças na mesa e misturou. Cada um pegou 7 pedras.

— Quem tem a pedra de 6?

— Espera! — Matteo interrompeu. — Antes de começarmos... — Ele se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido: — Se eu ganhar, quero uma noite de sexo hoje.

Senti minhas bochechas arderem e dei um leve tapa em seu rosto, o fazendo rir.

— Tudo bem, se eu ou o Peter ganhar, eu quero uma nota de 50 dólares. — sussurrei de volta.

— Feito.

Apertamos a mão.
Peter não questionou sobre o que estávamos cochichando, apenas jogou a peça de 6 na mesa, fazendo o jogo começar.


— Ganhei! — Matteo comemorou. — Meu amiguinho aqui está muito feliz!

— Que amiguinho?

— Peter, vamos dormir.

— Ok — ele bocejou. — Boa noite, tio Matteo.

Peter o beijou na bochecha e andei com ele até o quarto de hóspedes.
Ele se deitou na cama e eu o cobri com a coberta.

— Boa noite, querido.

Beijei sua testa e esperei um "boa noite, papai", mas ele já tinha dormido.
Acaricie seu cabelo por alguns segundos e deixei um beijo em sua testa antes de sair e apagar as luzes.
Subi as escadas até o quarto de Matteo, e cada vez que eu subia sentia minha ansiedade crescer mais. Afinal, ele ganhou o jogo, ganhou uma noite de sexo comigo. Não é como se eu não quisesse também, eu quero, mas vai ser a primeira vez que vamos fazer isso de verdade, na vida real.
Entrei no quarto e lá estava ele, deitado na cama sem camiseta.

— Então, Oliver — ele caminhou até mim. — Está afim de pagar seu lado da aposta?

— Com certeza.

Tranquei a porta e apaguei as luzes, antes de pular para os lábios dele.
Eu também tinha sentindo falta do sexo.

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