𝟎 𝟎 𝟑

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Acordei com um bom humor até que invejável. Tomei um banho longo, vesti um shortinho e uma mini blusa. Coloquei meus óculos escuros e cruzei a bolsinha no corpo. Estava fazendo um sol muito forte lá fora, ia ver se a Anahí topava tomar um bronze mais tarde.

— Bom dia, flor do dia. — Falei com animação, entrando na cozinha. Minha mãe me olhou por cima do ombro e revirou os olhos, pelo jeito ainda estava pistola comigo.

Peguei a última maçã da fruteira e dei uma mordida.

— Já vai bater perna de novo? Você não para em casa, Dulce Larissa! — Ela reclamou, sem parar de preparar os sacolés. Era de onde vinha a renda dela, sentia até pena. Minha mãe se contentava com tão pouco.

— Ai, mãe. Dá um tempo, que mané Larissa o quê. — Revirei os olhos. — Preciso de dinheiro.

— Por que não pede para o seu pai?

— Prefiro a morte do que pedir dinheiro para ele. — Rebati, caminhando até a porta da rua. — Tchauzinho.

Não esperei por uma resposta e bati a porta da rua. Enquanto caminhava pelo morro em direção a boca principal, atraía os olhares das pessoas. Metade era de cobiça, por eu ser bem bonita e gostosa, e a outra metade era de inveja. Mas nunca me importei muito com a opinião de ninguém, a maioria tinha em mente que eu era uma vadia sem escrúpulos e dava para o Escobar por apenas interesse. Às vezes, aquilo me machucava. Mas na grande maioria, eu estava com minhas emoções desligadas e metia o foda-se para tudo.

— Pensa que vai onde, pô? — Christian me segurou pelo braço quando eu ia passar reto.

— Relaxa aí bebê, preciso trocar um papo com o Escobar. — Forcei um sorriso e tentei passar por ele novamente, mas Christian não se moveu um milímetro.

— E quem disse que ele quer te ver? — Retrucou, cruzando os braços.

— Ele não tem que querer nada não, eu hein. — Fiz a minha cara mais sensual e segurei ele pelo colarinho da sua regata. — Por favorzinho, Christian. É um assunto urgente!

Christian bufou e tirou o radinho da cintura, passando um fio para o Escobar lá dentro. Contive um sorriso vitorioso quando ele saiu da minha frente e sinalizou para que eu entrasse.

— Valeu, bebê. — Assoprei um beijo e passei pela boca. Entrei sem bater, sabia que isso tirava Escobar do sério, mas eu nem gostava de afrontar ele, não é? — Oi, amorzinho. — Dei o meu sorriso mais falso e caminhei até ele, que estava sentado no sofá contando alguns plaque de dinheiro. Tinha que fingir que não o detestava.

— O que tu quer, Dulce? — Escobar revirou os olhos quando eu me sentei em seu colo. — Você tá ligada que a Luane tá na sua cola faz é tempo, né? Se te pegar qualquer dia, vou deixar ela quebrar a sua cara. E aí se tu revidar um tapa na minha mulher, pô.

— É só me deixar em paz que não vou mais trazer nenhum problema, que tal? — Falei, mas era claro que Escobar não deixaria eu seguir com a minha vida. Continuaria com as ameaças em matar meus pais e meus amigos caso eu desse para trás na ideia de ser sua amante.

— Engraçadona pra um só caralho. — Murmurou e eu fui obrigada a engolir minha raiva. Como eu o odiava, meu Deus. E como eu odiava meu pai também por me fazer passar por isso. — Fica com suas graças pra tu ver, já te passei a visão do que vai acontecer se você me largar, Dulce. — Deu um tapa na minha cabeça e me empurrou do seu colo. — Agora solta o verbo logo e camba daqui.

— Preciso de dinheiro — Cruzei os braços.

— O que tu fez com o que te dei na semana passada, porra? — Ele fechou a cara e me olhou com raiva. — Gastou tudo ontem? Quando saiu sem minha permissão?

Atração Perigosa [M] [EM BREVE SERÁ RETIRADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora