𝟎 𝟒 𝟎

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Acordei com barulhos vindos lá de baixo, vozes misturadas com o som de música, parecia até que a casa estava indo a baixo. Bufei e me ergui da cama, sem sequer me preocupar em jogar uma água na cara antes de marchar para as escadas.

— Que inferno de barulheira é essa? — Reclamei, esfregando meus olhos com as costas das mãos. Pela cara que as meninas me encararam, minha aparência devia estar uma catástrofe. — Pode nem dormir em paz, que caralho!

— Dormiu de calça jeans, fofa? — Anahí revirou os olhos e me deu as costas, continuando com a sua faxina. Esqueci que hoje era o dia que as duas tiraram para arrumar a bagunça da casa. — Já é mais de meio dia.

Arregalei os olhos. Porra, dormi demais.

— Pode se arrumar e vir ajudar a gente. — Maite completou e me encarou séria, não deixando espaço para pretextos de fugir daquela merda.

Minha cabeça latejava com as pancadas que saia do home theater, nunca me senti tão incomodada ouvindo funk como estava agora. Acho que acabei exagerando na bebida ontem.

Voltei a subir as escadas e fui direto para o banheiro do corredor, o único da casa. As meninas e eu acabamos trocando de casa, já que fui morar com elas e queria ter o meu próprio quarto. O aluguel era bem caro, mas estávamos dando conta até então.

Peguei minha escova e coloquei a pasta de dentes, enquanto me preparava mentalmente para a faxina que teria que fazer lá embaixo. Era chato demais, mas tinha que ajudar, pô.

Meu coração se apertou um pouco ao lembrar que fazia mais de uma semana que eu não conseguia ver o Samuca. Coréia sequer olhava mais na minha cara, toda vez que me via nos lugares simplesmente ignorava minha existência. Tentei conversar com ele, principalmente por causa do Samuel, mas ele não queria me ver nem pintada de ouro. Sei que o decepcionei e que fui filha da puta com ele, mas nosso filho não tinha nada a ver com isso, cara. Não era para o Mateus misturar as coisas, o Samuca estava sofrendo pra caralho com tudo isso, nossa separação foi muito repentina pra sua cabecinha entender.

O menino sentia minha falta demais, eu era a sua mãe acima de tudo, e só estava conseguindo-o ver de vez em quando. E mesmo assim era porque Betina que me ajudava, sempre que Samuca ia para lá ela me avisava e eu ia vê-lo na moita, tomando cuidado para Coréia não desconfiar.

— Dulce! — Tomei um susto com o grito. — Vem ajudar, porra! — Rolei os olhos e terminei de escovar meus dentes.

Joguei uma água no rosto para tirar um pouco a minha feição de derrotada e desci para ajudar aquelas idiotas. Fiquei com a pior parte que era limpar a cozinha de inhaca.

— Encontrei com o Christopher hoje quando fui comprar pão. — Maite falou e eu a olhei por cima do ombro. — Ele perguntou de você. — Abriu um sorriso malicioso.

Engoli a vontade de dizer que queria que ele fosse a merda e me contentei com um simples balançar de ombros, me mostrando indiferente em saber sobre ele ou não. Christopher e eu tínhamos nos vistos poucas vezes nessas semanas que passaram, para falar a verdade eu estava puta demais com ele para me importar em vê-lo.

Atração Perigosa [M] [EM BREVE SERÁ RETIRADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora