•| Ciúmes |•

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New York podia ser maravilhosa para alguns, pense só, a cidade onde seus sonhos se realizam, onde sua vida pode ser resumida em pegar um táxi com um copo de café na mão, vestindo um sobretudo maravilhoso, assistir aqueles musicais maravilhosos no teatro da Broadway. É de se invejar, não?

Samantha nasceu em New York, sua mãe, Sarah Blane, tinha um pequeno apartamento perto do Central Park. Era muito bem localizado, havia escola, lojas, além do grande retângulo verde que sempre fora a admiração de Sam. Catarina e ela dividiam um quarto que ficava em frente à entrada do parque, então todos os dias antes do jantar, elas passeavam por lá. Nunca ficava monótono, era maravilhoso.

Entretanto, após conhecer Armin, suas tardes se resumiam em brincar pelo parque e terminar o dia com um maravilhoso sorvete italiano.

Eles se davam super bem e logo viraram melhores amigos; bem, tudo é mais fácil quando se é uma criança.

Com o tempo, os dois foram crescendo e os sentimentos foram florescendo, por parte de um, pelo menos. Armin passou a se apaixonar por Samantha, mas não era recíproco. A garota tinha um carinho imenso pelo amigo, verdade, porém não ao ponto de se chamar paixão. O moreno se declarou quando tinham 12 anos, porém Sam o rejeitou curta e educadamente e isso, obviamente, não parou ele de continuar insistindo sutilmente.

Com 14 anos, a família de Armin teve que mudar-se novamente, dessa vez para o Brasil por conta de uma promoção de emprego da mãe dos gêmeos. O moreno juntou suas economias para poder dar algo de recordação para a garota que amava. Eles se encontraram no Central Park para se despedirem.

- Sam, - Ele desvia o olhar para o chão. Os dois estavam sentados na grama perto do portão de entrada do parque. - eu comprei um colar pra você. Eu quero que você olhe para ele e sempre, sempre se lembre de mim. Se lembre do quanto eu sou apaixonado por você.

- Armin... – Sam franze o cenho, não gostava quando ele falava sobre sua paixão platônica por ela, ela nunca sabia o que fazer ou falar.

- Me deixe terminar, por favor. - ele segura o colar como se fosse uma jóia extremamente frágil. - Eu nunca deixei de ser apaixonado por você, Sam, você sabe. Agora eu tenho que te deixar sozinha nessa cidade imensa, então eu quero te dar esse colar, é a única forma de me manter conectado com você... - tocando o rosto de Sam, ele acaricia sua bochecha.

- Eu queria que você e Alexy pudessem ficar por aqui. Vocês são meus únicos amigos, você sabe...

- É, eu também. - Armin coloca o colar no pescoço da morena, olhando para o pingente e soltando uma breve risada baixa - Ficou muito fofo em você.

Sam sorri e pega o pingente, puxando para cima e olhando. Era um pequeno Reator Arc, o reator que carrega a armadura do Homem de Ferro. - Eu adorei, você lembrou do meu herói favorito.

- É um herói bem previsível... - ele franze o cenho, sorrindo.

- Ei! - ela soca o ombro do moreno. - Pare com isso, você gosta do Capitão América, então seus argumentos para com meu xodó, Tony Stark, são totalmente anulados.

O resto da tarde se resumiu em algumas conversas e brincadeiras. No final da tarde, após tomarem sorvete como sempre faziam, se despediram com um abraço apertado e demorado. Sam ficou deprimida por algmas semanas, afinal seus melhores amigos foram embora, fazendo-a voltar a ser a garota solitária da escola.

Dois anos depois, a mãe de Samantha mudou-se para a França, para o antigo apartamento de Julien, seu falecido pai, fazendo assim, Samantha conhecer muitas pessoas novas e seu atual amor.

My Heart is a Ghost TownOnde histórias criam vida. Descubra agora