Cassino

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Ludmilla POV

Tentávamos nos equilibrar de alguma forma escrota na moto. A cesta de comida estava em meu colo enquanto as duas trouxinhas estavam penduradas uma de cada lado do guidom. Era deprimente.

Achavam que eu estava falando da moto roubada. Não, nenhum pouco. Quer dizer, não que eu quisesse roubar motos e vans que parecem o arco-íris, mas não era bem isso que me atormentava.

Brunna com seu corpo delicioso roçando levemente em meu companheiro de guerra era a razão do meu tormento. Pensei em chamar novamente pela minha mãe, mas até quando eu a chamaria para resolver minhas frustrações sexuais com Brunna?

Vocês acham que a cesta de comida em meu colo estava lá por pura coincidência? Eu sou uma estratega de primeira. Não seria muito legal um carro passar por nós e ver meu amigão acordado. Não mesmo! O exército deveria me contratar como estratega. Então ao invés de chamar pela minha mãe, eu chamei pela cesta de quitutes da Sue. E ela resolveu me atender.

Não sabia se Brunna havia percebido, mas pelo visto não notou nada, senão estaria tagarelando e virado um tomate motorista de motos.

Ficaram surpresos por ela saber dirigir motos. Engraçado, porque eu também. Será que ela não entendia o quanto era perigoso dirigir uma moto? Mas eu já sabia porquê ela quis aprender. O modelinho de merda dirige uma moto e deve ter incentivado ela a dirigir. Logo ele que não está nem ai pra ela. Se ela morrer ele nem vai ligar.

Depois de uns trinta minutos, Brunna foi parando a moto. Ela desceu e falou.

– Vamos guardar essas coisas e pegar o capacete. Sai dai para eu abri o porta-capacete.

– NÃO! – Brunna se assustou com meu grito. Se eu descesse Brunna notaria meu estado. – Er… não. To cansada.

Ela me olhou como se eu fosse uma doida e revirou os olhos.

– Então vá mais pra frente. – Fiz o que ela mandou e Brunna abriu o porta-capacete. Tirou de lá dois capacetes e pôs no chão. – Me dá uma trouxinha e a cesta de comida.

– NÃO!

– Dá pra você parar de gritar como se eu fosse surda. Me da logo essa merda e uma trouxinha. A outra vai ficar entre eu e você. – Disse se estressando.

Brunna estressada é uma Ludmilla psicologicamente traumatizada ou fisicamente também.

Em um movimento rápido, peguei uma trouxinha e coloquei no meu colo. Dei a cesta e a outra trouxinha pra ela e Brunna retirou de lá o mapa que ela havia roubado de dona Senna. Analisou bem e falou:

– Estamos no caminho certo.

Brunna guardou as coisas. Fiquei feliz em saber que aquela troxinha impediria meu contado com Brunna Seria menos constrangedor se eu chegasse em Las Vegas com meu amigão dormindo.

Brunna me deu um capacete e colocou o outro. Subiu na moto e voltou a dirigir.

– Começou a dirigir a moto porque aquele babaca te incentivou não foi?

– Não. Aprendi a dirigir quando ainda estava casada com você.

– O QUÊ? – Gritei. Não é possível.

– Pará de gritar sua imbecil! Você não me deixava fazer nada porque dizia que eu iria me machucar. Se tivesse seguido seu conselho eu deixaria de ter aprendido muita coisa.

– É verdade moto é perigoso demais. Eu so queria te proteger Brunna! O que mais você fez que eu não soube?

– Sei saltar de paraquedas, asadelta, fazer trilha…

No Limite do Divórcio - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora