O Fim

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Brunna POV

Ao ver Caio ali, sentado no sofá de Renato e Silvana, eu simplesmente travei. Os meus pensamentos andaram na velocidade da luz no momento em que ele me viu até em que veio me beijar. Caio foi meu porto seguro desde minha separação frustrada com Ludmilla. Certo que ele botou fogo quando disse que Ludmilla realmente estava me traindo, mas qualquer um que visse de fora confirmaria essa história. A recusa de Ludmilla em demitir Dani, suas chegadas do trabalho de madrugada e nossas brigas extremas eram sinais de traição.

Não era culpa de Caio, ele não
tinha nada a ver com isso. E eu amo ele muito, mas Caio não passou de meu melhor amigo. E como eu poderia magoá-lo? Eu teria que sentar, conversar com ele direitinho, sabe? Explicar o que aconteceu com cuidado e não simplesmente dizer
que não o quero mais porque voltei com minha ex. Era tão cruel.

Eu pensei mil vezes antes de
retribuir o beijo dele. Sei que Ludmilla deve estar furiosa, mas depois conversaria com ela. Caio era um assunto delicado demais e eu já estava resolvida com Ludmilla, no final ela me entenderia.

– Caio? Você por aqui? – Disse
tentando ser simpática, como se tudo estivesse na mais perfeita ordem.

Ludmilla já havia entregado Mari a
Thiago e subido para seu antigo quarto. Puta merda.

– Eu queria fazer uma surpresa depois que você chegasse do cruzeiro.

– Do cru...

– É Brunna, do cruzeiro. Eu já
expliquei tudo a ele. – Luane se levantou e posicionou-se ao meu lado. – Eu já falei a ele que o aeroporto de San Diego estava de greve e o melhor jeito de você viajar a tempo de chegar aqui era um cruzeiro.

Luane... Você é foda!

– Só é estranho não terem noticiado isso no Brasil, não é meu amor.

– Com dinheiro se abafa qualquer
notícia Caio. - Eu disse.

– Bom, é melhor o Caio ir dormir,
deve estar muito cansado, não é querido?

Mia se levantou tentando apressar as coisas.

– Em que quarto você está Brunna? –
Perguntou Caio.

– Nada de dormir no mesmo quarto
que minha filha. – Disse Jorge.

Papai não era conservador. Não era
aquele pai careta que achava que a filha era a Virgem Maria. Claro que ele preferia que eu fosse virgem, mas não implicava com isso. E Ludmilla era a nora que papai pediu a Deus. Porém Caio não sabia disso.

Ele corou diante da falsa rigidez
de Jorge.

– Me desculpe, eu não queria desrespeitar nem você nem sua filha. Então... alguém pode me mostrar um quarto?

– Claro querido. – Disse Silvana se
levantando.

– Então... até amanhã meu amor. –
Ele me deu um selinho e pegou suas malas. – Boa noite a todos.

Ele subiu acompanhado de Silvana e eu me joguei no sofá desesperada.

–Meu Deus! Eu não quero magoar
Caio!

Patty sentou ao meu lado.

– Se preocupe agora com Ludmilla.
Ela está furiosa, você precisa ir lá e explicar a situação.

– Ok. Boa noite gente.

Subi em direção ao quarto de Ludmilla e suspirei antes de entrar. Que Deus me ajude.

Ludmilla POV

Era impossível parar de pensar no
que eu havia acabado de presenciar. Eu soube assim que vi Caio sentado no sofá que Brunna não o dispensaria assim, na lata. Mas eu não esperava que ela fosse tão receptiva a ele. Apertei mais forte o parapeito da sacada, fazendo com que meus dedos ficassem brancos.

No Limite do Divórcio - BrumillaOnde histórias criam vida. Descubra agora