Ludmilla POV– Agora que vocês já tomaram o nosso chá e estão secas, quero mostrar-lhes minha coleção de plantas do amor que eu vendo em minha floricultura. – Luke se dirigiu a floresta amazônica, digo, seu lado da casa. – Tem uma vibe muito positiva lá.
Ele queria que nós entrássemos lá? Espera um pouco que eu vou pegar minha tesoura. OH NÃO! Eu não posso cortar as plantinhas do amor.
– Me desculpe Luke, mas eu tenho alergia a plantas só de tocá-las – Disse a safada da minha ex mulher. Já tinha arranjado uma desculpa ridícula para fugir daquela palhaçada de plantinha do caralho.
Por que eu não tive essa ideia?
– Que pena. Então faça companhia a Jéssica. Tenho certeza que serão grandes amigas.
Vi Brunna arregalar os olhos e olhar para Jéssica. Coitada, entre a floresta e a funéria eu preferia a floresta.
Eu e Luke entramos no lado dele da casa com certa dificuldade. Notei que o chão era de terra e o cheiro de ervas era grande ali. O lugar parecia ser maior do que o lado da funéria e tinham tantas plantas que de vez em quando uma entrava pelo meu nariz.
– Aqui estão minhas plantas do amor. – Chegamos a uma bancada com terra onde haviam algumas flores cobertas por um cápsula de vidro com furinhos. – Como trabalho com flores, de vez em quando faço misturas genéticas e acabo criando novas espécies de flores. As chamo de plantas do amor porque são vendidas apenas para casais apaixonados. Essa aqui é Jess, em homenagem a minha Jéssica.
Ele apontou para uma flor preta. Realmente não havia nome melhor para flor. Só não me pergunte porque um cara daria uma rosa preta para a namorada, se fosse Brunna me daria um soco na cara.
Mostrou mais algumas espécies de flores que haviam na bancada até chegar a última. E pra mim, era a mais bonita.
– Essa é a minha última criação. Esses tons rosas em volta do branco a deixa mais...
– Delicada. – O interrompi. – É a mais bonita Luke. – Disse sinceramente.
– Obrigada, mas ainda não sei seu nome. Quero um nome especial, como cada uma de minhas invenções, mas ainda não achei o nome perfeito.
Sei que to parecendo uma bicha louca, mas eu estava encantada pela flor. Era uma flor dengosa, delicada e incrivelmente linda. Era pequena e quando a via me dava vontade de sorrir levemente.
– Eu sei um nome perfeito pra ela.
– Sabe? Então me diga. – Disse Luke esperançoso.
– Bru.
Luke deu um sorrisinho leve.
– Você é apaixonada por sua esposa não é?
– Eu a amo. Mas estamos um pouco brigadas. – Disse meia verdade.
– Casamentos são difíceis. Mas particularmente acho que é a melhor coisa que há. Ligamos-nos de certo modo com a pessoa que amamos, aquela pessoa é uma parte de nós e viver sem essa pessoa nós deixa fracos e vulneráveis porque estamos incompletos.
– Viver sem a pessoa que amamos deve ser uma droga.
Ele não sabia, mas eu estava passando por isso. Preferia mil vezes voltar no tempo e estar casada com Bru mesmo brigando como nós estávamos, do que estar separada dela. Depois de um momento de silêncio, acho que Luke percebeu meu momento de reflexão e ficou calado.
– Acho que não teria nome mais perfeito, dado por uma mulher apaixonada. Seu nome princesinha, - Disse para a flor – será Bru.
Luke pegou um alicate que estava na gaveta da bancada e cortou a flor Bru.
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No Limite do Divórcio - Brumilla
ComédieLudmilla e Brunna moram no Brasil e estão em processo de divórcio há dois anos. Depois de brigas turbulentas por ciúmes e outras coisas, decidem se separar, resultando em Ludmilla em São Paulo e Brunna no Rio de Janeiro. Porém o aniversário de um an...