Respiro fundo, tento passar o máximo de tranquilidade para meu corpo e mente. Praticamente impossível.
Frieza. Era isso que Dra.Ashley Carter e Dr. Edgar Harvey tinham. Uma família de psicopatas.
Agora faz todo o sentindo!
Quando estava no jogo pela primeira vez, a Granny disse que ela teve uma "ajudinha" para mudar a casa. Eram eles. E por isso que ela me encontrava tão rápido, não era porque ela tem um ouvido super biônico. Óbvio. Mas devia ter algum tipo de mecanismo ou câmera escondido pela casa, e eles sempre tinham a hora certa de atacar.
Por isso que no meu último dia. Five day. Ela estava me encontrando com menos frequência, provavelmente o Harvey teve que fazer plantão no hospital e a Ashley teve que ir trabalhar no seu consultório de psicologia.
Então se eles usaram ele tipo de coisa. Trapaça. Para "ganharem" o jogo, eles farão coisas pior nesse nível dois, ainda mais por estarmos em maior quantidade.
Ligando todos os meus pontinhos, andei até a mesa e comecei a passar minhas mãos por baixo dela.
— O que está procurando — Dean pergunta.
— Escutas — Não encontro nada.
Claro que eles não seriam tão burros, o rastreador não está pela casa e sim em nós. As tornozeleiras.
— Filhos da puta!
— O que foi?
— Quando entrei no jogo pela primeira vez, a Abigail me encontrava de uma forma praticamente impossível, era tão rápido que você ficava se perguntando, como uma senhora poderia ter uma audição tão boa como a dela. Mas me lembrei que assim que acordei, no primeiro dia, ela me disse que teve uma ajuda para transformar a casa, eram eles, Carter e Harvey, eles provavelmente fizeram alguma coisa para me rastrear. E nesse jogo não é diferente, as tornozeleiras não foram feitas apenas para nós dar choques, e sim, para saber nossa localização.
— Então... Se conseguirmos desliga-las...
— Teremos mais chances de vencer — Completo a frase do meu namorado.
— Boa garota.
— O problema é... Como vamos fazer isso?
— Aqui teve ter algum tipo de sala de controle, onde todos os mecanismos da casa estão ligados, provavelmente não vamos conseguir desliga-los pois deve haver diversas senhas, mas se conseguirmos pegar o controle das tornozeleiras, podemos desconecta-las.
— Acho que tenho uma ideia, mas não vamos poder usá-la agora, teremos que observar a casa primeiro e esperar a primeira ação deles.
— Tudo bem.
— Eu estou com fome — Dean fala isso do nada. Esse rapaz tem um buraco negro na barriga.
— Me conta uma novidade, além de estarmos pressos em um jogo mortal de pessoas psicopatas.
— É sério, eu não como a horas.
— Tem ração, mas não temos nada aqui, Dean.
— Eu vi uma sacolas perto de onde acordei, vou dar uma olhada — Caminhei até a portinha e subi as escadas, voltei ao cubículo, chamado de quarto, inteiramente sujo, peguei as sacolas e desci de novo, colocando-as na mesa — Espero que não tenha pedaços humanos aqui — Abri devagar a sacola, e fiquei surpresa ao ver hambúrgueres, batatas fritas e refrigerante nela.
— Demos sorte?
— Sim, muita — Digo retirando as comidas da sacola de plástico.
— Oba! — Dean exclama.
Ao retirar tudo da sacola, noto um bilhete no seu interior. Começo a ler em voz alta.
"Queridos jogadores, em especial S/n S/s. Nossa gamer favorita.
Esse jogo não será fácil, como vocês já devem imaginar, mas esse é um dos seus bônus, não queremos que vocês morram de fome, temos modos muito mais interessantes do que inanição.
Bom proveito do lanche e boa sorte no jogo. A parte impossível ainda está por vir.Com rancor A.Carter e Grandpa"
— Ótimo, agora estão querendo pagar de bonzinhos. O hospício ainda tem muita vaga, se eles quiserem eu arrumo uma lá para eles rapidinho.
— Vem, come — Sam se aproxima e me entrega o lanche sorrindo.
— Obrigada — Retribuo de bom agrado o sorriso.
Sabe o que me deixa mais chocada nisso tudo? E que eu me acalmei, depois de ter socado a parede e quase arrebentado minhas mãos, mas eu pensei que estaria pior.
Algo está me deixando calma. Algo não, alguém. Minha família. É como se agora eu tivesse pelo o que lutar, por quem lutar.
Eu preciso vencer, eu vou vencer.
Eu não quero vingança, eu quero a vitória.
Lutar para vencer é isso que vou fazer. Dessa vez não sozinha.
O medo ainda está aqui, isso é fato, porque eu sei o que está por vir, mas eu também sei que vou me surpreender muito. Gritos, dor, sangue, tortura e medo. Esse é o destino do jogo. Esse é o intuito do jogo. O sofrimento.
Mais especificamente, meu sofrimento.
Os doutores colocaram os meninos aqui não para me dar um "bônus", mas para tentar me fazer cair, eles serão minha fraqueza. Mas o que ela não esperam e que isso é o que está me fazendo mais forte.
O que não te mata, te faz mais forte.
Esse será meu lema nesse jogo, porque esse jogo é meu. É nosso.
A Granny vai se arrepender do fundo do inferno por não ter me matado antes, e os doutores por terem mexido com as pessoas que eu amo, com a minha família.
Agora sou eu quem digo.
QUE O JOGO COMECE!
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Granny/ Supernatural
FanfictionEra para ter sido uma caçada normal, apenas uma decapitação de vampiros, mas por um problema no carro, isso tudo mudou, agora você está sob os "cuidados" de uma velha psicopata, cujo o melhor amigo é um taco de beisebol, e para sair dessa situação...