— S/n — Sinto alguém chamar meu nome em um tom preocupado, mas não consigo abrir olhos, é como se nem tivesse nesse mundo — S/n, amor acorda — Finalmente me lembro quem é. Sam. Mas ainda, me recuso a abrir os olhos.
Com meus olhos fechados é como se estivesse flutuando em nuvens, em um céu escuro, e sabia que quando minhas pálpebras se levantassem, a dor iria se manifestar e um inferno se propagaria.
Ouvi um choro alto e uma gota quente cair sobre minha bochecha, uma mão gentil a secou de meu rosto, e me abraçou com força.
Me senti mal por estar sendo tão egoísta com o Sam. Iria doer? Sim. Mas eu sei que está doendo mais nele.
Contra minha vontade abri devagar meus olhos, ainda não enxergando nada precisamente, procurei algo em que segurar, para ele pelo menos se acalmar em saber que estava com vida, agarrei a barra de sua camisa de flanela e segurei firme, ele se afastou e colocou a mão em minha bochecha, na esperança dos meus olhos serem abertos.
— Preciso que esteja bem, por favor — Ele murmura para si mesmo, como se estivesse clamando para qualquer entidade que pudesse ajudar nesse momento.
Voltei a tentar abrir meus olhos. Dessa vez tive mais sucesso. Vi os olhos de Sam, ainda embasados, me olhando atentamente a cada movimento que fazia, pisquei algumas vezes para focar visão. Segurei sua mão, com os olhos totalmente abertos e focados, e ele sorriu ao ter certeza de que não havia morrido.
Tento me sentar, mas a dor que eu tanto temia, anunciou-se. Coloquei minhas mãos na cabeça e dei um grito audível. Voltei minha posição inicial, envolvida aos braços do meu namorado, e clamei para qual entidade levar minha dor. Elas não estão do mesmo lado que eu.
Enterrei meu rosto no peito de Sam, se tentei me acalmar ao inalar seu doce cheiro, mesmo com sua camisa ainda um pouco úmida, aos poucos minha cabeça foi se estabilizando, e a dor foi se amenizando. Finalmente consegui me sentar e olhar diretamente nos olhos de Sam.
— Eu estava tão preocupado — Ele me abraça — Por que fez isso? Era para mim ter levado a pancada.
— Eu já senti essa dor diversas vezes, não poderia deixar você ter o gostinho de saber como é. E além do mais, esse jogo é meu.
— Por isso mesmo você não deveria ter feito isso, você já sofreu uma grande contusão cerebral, poderia ter causado coisa pior em você. E não, esse jogo não é só seu. Estamos jogando em equipe, todos juntos. Você, Dean e eu — Sabia que estava esquecendo alguma coisa. O Dean. Aí meu Deus, que tipo de cunhada eu sou?
Uma péssima, que além de colocá-lo em um jogo mortal criado por psicopatas, ainda consigo deixá-lo solto e sozinho pelo zona do inimigo.
— Debatemos isso depois, temos que achar seu irmão — Ele assenti e se levanta. Sam estende a mão para mim e me ajuda a levantar.
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Granny/ Supernatural
FanfictionEra para ter sido uma caçada normal, apenas uma decapitação de vampiros, mas por um problema no carro, isso tudo mudou, agora você está sob os "cuidados" de uma velha psicopata, cujo o melhor amigo é um taco de beisebol, e para sair dessa situação...