a torre da lua.

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00:30Spring St

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00:30
Spring St.

Aos poucos Noah ia piscando os olhos, lentamente e meio grogue. As orbes giraram pelo ambiente fechado onde estava, então se deparou com um certo falatório ao fundo de seus ouvidos. Levantou um pouco a cabeça, para se deparar com o rosto de Sadie com a vista de baixo para cima. Schnapp reparou em como as sardas da garota se destacavam durante a noite.

Espera... O que porra estava acontecendo?

Ele tirou a cabeça de onde estava apoiada (ombro esquerdo de Sink) e petrificou-se ao notar que estava sim dentro de um carro. Mas não estava na frente dirigindo como de costume, e sim no banco traseiro. Olhou por trás do banco do motorista, vendo os cachos gigantes e bem enrolados de um certo ser conhecido. Deslizou os olhos um pouco para a direita, no banco do passageiro, onde reconheceu imediatamente Millie Bobby Brown falando e gesticulando com as mãos. Foi aí que lembrou dos acontecimentos anteriores como flashes e borrões em sua mente.

— Onde estamos? — Resmungou confuso, dando uma coçada nos olhos.

— Onde acha que estamos? — Brown se virou para ele. — No carro do Wolfhard, óbvio. Já que você fez questão de dar o seu para o Dylan.

Schnapp sentiu uma vontade súbita de esmurrar alguma coisa com a menção àquele nome e àquele feito anterior. Se tivesse o poder de voltar no tempo e mudar completamente suas escolhas, já o teria feito.

— Merda. Não fique me lembrando disso. Por quanto tempo eu dormi?

— Uns vinte minutos. Já estamos subindo o morro, quase lá — Sadie respondeu, dando uma ajeitada no cabelo bagunçado do namorado.

— Vinte minutos? Como assim, Finn? Não demora isso tudo pra chegar na torre da lua.

— Tá reclamando do que, Schnapp? Você dormiu metade do caminho — Finn respondeu olhando o velho amigo através do retrovisor.

— Passamos no posto pra comprar mais cerveja, por isso atrasamos um pouco — Sadie respondeu, se achegando para mais perto de Noah, que tinha a maior cara de emburrado.

— Quando vai aceitar minha solicitação pra te seguir no Instagram? — Enquanto um novo ciclo de reclamações da parte de Noah recomeçava nos bancos traseiros direcionadas para Sadie, Finn tentou acalmar um pouco os ânimos com a garota sentada ao seu lado.

Até o momento, ela havia acabado de explicar para ele que sua preferência era estar em casa, no conforto de seu lar, não tendo que se estressar com as asneiras de Noah e nem se preocupar com sua mais recente amiga. Wolfhard compreendeu, claro. Apenas não concordou. Para ele, sempre foi mais divertido sair da caixinha ou de sua própria bolha para experimentar coisas novas.

Mas claro, nem sempre isso lhe serviu bem. Levou essa filosofia tão à sério que deixou seus antigos amigos para trás, assim como sua antiga vida. Passou tanto tempo longe deles, aderindo ao seus novos amigos, sua nova vida e sua nova bolha, que nem ao menos percebeu que estava dentro dela.

invisible wires; fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora