embaixo das estrelas.

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— Lembra daquela vez em que você comeu todos os doces da sua festa de aniversário antes dos convidados chegarem, aí sua mãe ficou puta porque você se trancou no banheiro a festa inteira passando mal depois — Ele virou para olhá-la com um sorriso travesso nos lábios. 

— Lembro. Mas eu não comi tudo sozinha, você também comeu comigo.

Wolfhard deu uma risada, ajeitando os braços em baixo da cabeça. Tanto ele quanto ela estavam deitados lado a lado de barrigas para cima, com os braços cruzados servindo de apoio atrás de suas cabeças. 

— Sim. Mas não comi a ponto de passar mal, Mills. Você atingiu o auge naquele dia — Ele ouviu a risadinha dela escapando.

— Ok, tem razão. Noah ficou me chamando de Millie Bobby Cocô por uma semana inteira. Foi horrível! — Finn não aguentou, e soltou uma gargalhada nostálgica no mesmo instante. — Não tem graça porra, fiquei traumatizada. 

— Ta bom, desculpa. 

Ele fechou a cara e engoliu os risos. Brown se virou para ele, e ele a imitou fitando-a. Ambos explodiram em risos de repente, precisando colocar as mãos nas barrigas para evitar que doessem. 

— Que merda Millie, acho que você cuspiu na minha cara enquanto ria — Ele reclamou, tentando parar de rir. 

— Eu? — Ela abriu a boca para fingir uma indignação absurda. — Eu sou uma dama, Wolfhard. Damas não cospem. 

— Ah, certo. esqueci desse detalhe. Uma dama, não é? 

— Isso mesmo. Da alta sociedade. 

— Filha de grandes empresários. 

— Nobre e da realeza. 

— Herdeira de muitas posses. 

— A mais rica da escola. 

— Invejada por todos. 

— E blá blá blá. 

Ela voltou a olhá-lo, percebendo que Finn fazia o mesmo. Ambos soltaram risadinhas mais leves desta vez, voltando a encarar o céu estrelado. 

— Às vezes eu penso em como seria legal me mudar daqui — Ela confessou, de repente. Wolfhard a olhou pelo canto dos olhos. — Não estou dizendo que quero deixar minha família, claro que não. Mas toda essa bosta de a mais rica... Meu sobrenome, a reputação dos meus pais... Não sei se sou apta pra levar tudo isso adiante. Já não consigo engolir essa idéia agora.

— É muita pressão. Eu sei como é — Ele suspirou. 

— Sabe? — Ela virou para ele com os olhos brilhantes, mas Finn não percebeu. Ainda encarava as estrelas acima de si. — Quer dizer... Seus pais também estão nessa?

Ele deu de ombros, colocando uma perna por cima da outra esticadas no chão. 

— Eles não fazem por mal, eu sei. Mas as vezes seria bom me deixar fazer minhas próprias escolhas. Tipo, é como se eu não tivesse pensamento próprio. E se eu tenho, ele é ignorado. 

invisible wires; fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora