o poder da inconsequência.

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Noah Schnapp se encontrava em seu estado mais decadente e triste naquela noite. Já havia bebido tanto, que simplesmente não conseguia andar direito. Na verdade, nem mesmo levantar. Deitado no porta malas de seu carro com a cabeça no colo de Sadie, o garoto recebia um cafuné bom da mesma, lutando contra sua vontade absurda de dormir ali mesmo. Sabia que ao amanhecer, estaria vidado em um alho puro com a ressaca pesada que teria.

Sadie estava mais sóbria, mas era mínima coisa. Tanto sabia disso, que quando avistou Millie e Finn vindo ao longe, ela jurou que era uma miragem que seu cérebro alcoolizado havia criado.

Saindo de trás de algumas árvores e matagais, vinha Wolfhard segurando a mão de Brown. Talvez ambos não pensaram direito ao tomarem aquela atitude, afinal, todos falariam sobre isso depois. E não foi diferente, os veteranos colocaram os olhos e já começaram o falatório.

Millie já não se importava tanto. Finn já não se importava tanto.

Na verdade, não havia motivos para dar importância. Claro que, na segunda-feira os dois seriam o assunto em pauta de grande parte da escola, mas não dava para ter tanta certeza.

Seriam amigos na segunda-feira? Esse vínculo que reconstruíram chegaria a passar daquele dia? 

Assim como Millie deu abertura para socializar, ou pelo menos ficar poucos centímetros mais perto dos veteranos mais velhos, seria capaz de manter aquilo a partir da segunda-feira? E os veteranos? Seriam capazes de deixar a lacuna de diferenças sociais de lado para deixarem calouros se aproximarem, como fizeram com Dylan e Avi? 

A verdade é que não saberiam responder. Estavam bêbados, apesar de que se lembrariam do que fizeram na noite de sexta. 

Millie assistiu já parada na traseira do carro de Noah, Finn e Dylan caminhando juntos até o carro de Jacob. Alguns dos rapazes tiveram a brilhante idéia de verem o sol nascer, mas para sobreviverem até lá, precisavam de mais cerveja. A mercearia mais próxima ficava à 17 minutos da Torre da Lua, precisando descer o morro. 

Finn e Dylan bateram a porta do carro nos bancos de trás, enquanto Jacob sentava no banco do motorista e Caleb no do passageiro. Enquanto o veterano loiro dava ignição ao carro, o moreno ao seu lado acendia um baseado de forma despreocupada. 

— Cara, essa bola de boliche é sua? — O calouro perguntou para Jacob assim que visualizou o objeto aleatório no chão do carro embaixo de seus pés. 

— Sei lá cara, deve ser — O veterano respondeu com um sorriso aéreo. 

O carro desceu o morro de uma forma veloz, já que Jacob estava alterado e comandava o volante. Dylan arregalando os olhos, se segurou firme na porta e no banco, tendo a sensação de estar descendo uma montanha-russa. O baseado foi passado para trás, sendo tragado por Finn agora, que sorria e gritava junto com os outros dois veteranos da sua idade. O cacheado ofereceu para Dylan, mas o rapaz apenas fez uma careta como se nem precisasse negar para o veterano ao seu lado já saber a resposta. Finn deu uma risada estranha, enfiando o pequeno objeto de drogas na boca outra vez. 

invisible wires; fillieOnde histórias criam vida. Descubra agora