Momo e Sana continuaram falando sobre Quadribol pelo caminho até a pequena festa, mas nem Jeongyeon e nem Tzuyu ficaram por ali. Jeongyeon decidiu que ficaria com Nayeon no salão comunal da Sonserina.
E Tzuyu teria ido com ela ficar por alguns minutos, mas ela não queria atrapalhar seja lá o que estivesse rolando com as duas.
Então Chou foi direto para o seu salão comunal. Com o fim daquele jogo, Tzuyu sabia que fevereiro estava prestes a se tornar uma bagunça por causa do último jogo de Quadribol. Sonserina contra Grifinória. E então o baile de primavera aconteceria.
De qualquer jeito, Tzuyu foi avisada que as corujas tinham passado mais cedo pelo seu salão comunal trazendo cartas para os alunos de Hogwarts.
Ela gostava desses dias. A saudade de casa era sempre forte e receber cartas de sua mãe era a única coisa que pareciam não estressar Tzuyu no momento. Bem, tirando talvez os beijos de Sana... Entre outras coisas.
Tzuyu foi até a sala encontrando Mina sentada em um dos sofás azuis perto da fogueira. Sehun estava ali com Chanyeol e inclinou-se para beijar o namorado rapidamente antes de pegar sua própria capa de inverno da Sonserina, indo até a porta como se estivesse de saída.
— Tzuyu, você está aí! — Sehun disse quando ela estava entrando. Mina se virou no sofá e sorriu quando a viu, Chanyeol mandou um aceno e saiu até seu dormitório. — Como foi o jogo?
— Ótimo. — Tzuyu contou. — Nayeon jogou muito bem.
— Sim, eu ouvi dizer. — Sehun comentou. — Sinto muito pela derrota de vocês, mas a Sonserina é o melhor time.
— É o que você pensa. — Mina a provocou. — Vocês com certeza vão perder para a Grifinória.
O garoto fez uma careta e balançou a mão na direção de Mina como se espantasse tudo que ela acabou de dizer. Tzuyu sorriu.
— Bem, eu só estou indo para a festa. — Sehun avisou enquanto colocava a sua capa antes que tivesse que sair. — Tenho certeza de que Kai arranjou cerveja dessa vez e eu preciso beber algo.
— Apenas tenha cuidado. — Tzuyu o alertou, mas isso apenas fez Sehun levar a mão até seu rosto e apertar o seu nariz.
— Eu vou, mãe. — Sehun disse e logo sorriu, observando Tzuyu franzir o cenho e massagear o local dolorido. — Se divirtam com... Seus livros. Nerds. — Ele brincou antes de sair.
Tzuyu apenas suspirou e foi até a lareira. As cartas estavam presas na parede por trás do fogo mágico, então ela retirou sua varinha do bolso e agachou-se perto das chamas.
Ela balançou a varinha no ar, fazendo a ponta dela ficar avermelhada como o fogo. O movimento rápido fez uma das cartas sair de lá bruscamente, quase atirando o pedaço de papel no rosto de Tzuyu, mas a garota conseguiu segurá-la.
— Carta da sua mãe? — Mina perguntou. Tzuyu sentou-se do lado dela no sofá.
— Sim. — Tzuyu disse. — E você?
— Várias cartas da família. — Ela disse, mostrando algumas amontoadas na mesa de centro. — Algum primo vai se casar.
Tzuyu sorriu e logo Mina se pôs a arrumar a bagunça que fez, deixando Tzuyu abrir sua carta e ler em silêncio.
Sua mãe, Yeling, começou a carta dizendo tudo que Tzuyu previra. A mulher estava na África fazendo trabalho voluntário e reclamando sobre a mudança climática que enfrentou. Ela contou alguma história sobre o hospital e disse que estava com saudades. O que Tzuyu também sentia.
Mas foi uma surpresa quando Tzuyu chegou no final e leu:
“P.S: Eu ainda não acredito que foi Nayeon quem me contou sobre sua primeira namorada. E ela achou que eu já sabia...”
Tzuyu teria gritado se Mina não estivesse ali. Ela se arrependia agora de ter levado Nayeon a sua casa em uma das férias de verão. Sua família se dava bem demais com a sonserina.
“P.S.: Eu quero conhecê-la!”
Tzuyu teve que sorrir. Ela realmente sentia falta dela. Sua mãe acabaria sabendo de qualquer jeito sobre Sana, e talvez aquela tenha sido a melhor maneira já que a corvina não conseguiria usar palavras que não a deixassem envergonhada. E ela passaria horas até encontrá-las.
Mas ela ainda tinha que mandar Nayeon parar de fofocar sobre sua vida com sua mãe.
— Eu ainda não creio que perdemos. — Wendy passava por ali disse a um menino e isso fez Tzuyu sair de seus pensamentos. — Tudo foi planejado! Eu tenho certeza que a Sonserina roubou nossas táticas.
— Vamos apenas estudar essa planta estúpida para o trabalho. — O outro estudante disse. — Eu tenho um encontro mais tarde.
Tzuyu deixou a carta de lado e Mina voltou a sentar-se com ela no sofá com suas próprias cartas em mãos.
— E aí? — Ela perguntou. — Está tudo bem?
— Sim, apenas... — Tzuyu suspirou, observando a lareira em seguida. — Sinto falta de casa, eu acho.
— Eu também. — Mina disse, mas logo colocou um sorriso no rosto. — Mas as coisas parecem estar melhorando por aqui.
Tzuyu voltou a encará-la.
— Então... Está tudo bem com Chaeyoung? — Tzuyu teve que perguntar.
— Está tudo ótimo. — Mina contou. — Ela é ótima. — Adicionou.
— Que bom. — Tzuyu sorriu junto com a outra. — E você sabe sobre o namoro do Chany? Ele está estranho...
Ela gostava de ver Chanyeol feliz. De verdade. Mas saber sobre Sehun e Suho... Ela apenas sabia que o outro ainda tinha sentimentos pelo grifano. Mina mordeu o lábio inferior e olhou pra baixo, passando a mão pelos seus cabelos. Ela era mais próxima de Chanyeol, ele cuidava dela como se fosse seu irmão mais velho.
— Ele me disse...Hum... É só que... — A menina parecia tentar encontrar palavras. — Às vezes Sehun parece... Não ter certeza.
E lá estava. Desde que encontrou Sehun chorando no banheiro, Tzuyu sabia que aquilo não podia acabar bem.
— Apenas tempo. — Tzuyu arriscou dar um conselho, como duas amigas de Chanyeol, eles deveriam estar ali pra ele. — Ele gosta do Chanyeol.
— Eu sei... — Mina concordou, mas ainda não parecia muito confiante no namoro dos dois. — Apenas, vamos cuidar do nosso irmão mais velho. — Ela riu. — Bem, de qualquer jeito... Como está Sana?
Tzuyu sorriu, perguntando-se o que Sana estaria fazendo na festa. Ela podia imaginá-la perturbando Momo ou lançando feitiços pequenos em alguém que estivesse bêbado por causa das cervejas que os alunos traziam escondidos.
— Ela também é ótima. — Tzuyu disse e mordeu o lábio inferior, pensativo. — Quero dizer, às vezes ela fica distante, mas eu acho que Sana tem problemas com a família... Eu apenas não quero pressioná-la a dizer nada.
Mina assentiu. Tzuyu sabia que não era a mais inteligente em relacionamentos. Na verdade, ela sabia agora que era praticamente uma imbecil nessa parte. E isso a deixava frustrada. Ela só esperava estar no caminho certo.
— Pelo que conheço de Sana, a família dela é realmente difícil de lidar... É pior que a minha. — A corvina falou. Ela então olhou para Tzuyu com um pequeno sorriso brincalhão. — Você está tão apaixonada, Chou.
Tzuyu rolou os olhos. — Olha quem fala...
Mina acertou um pequeno tapa no braço de Tzuyu, mas ainda estava rindo. No fim, ela não podia deixar de pensar nas coisas que Joy tinha a dito mais cedo. Para ter cuidado com Sana.
E O PRIOR SAIU ISSO AQUI É PRA COMEMORAÇÃO!
ESSE CAPÍTULO TA MUITO PEQUENO ME PERDOEM, MAIS TARDE VOLTO COM MAIS EHEHEHE
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𝕋ℝ𝕆𝕌𝔹𝕃𝔼 - Satzu.
FanfictionEm Hogwarts, tudo que Chou Tzuyu queria era estudar para os testes, como uma boa aluna da Corvinal faria. Mas lá nada é mais levado a sério que os jogos de Quadribol, e quanto mais próxima a estação dos jogos está, mais competitivos os alunos ficam...