karma ᪥ daniel seavey

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Daniel Seavey .ᩦ୭✧ࣶᭂ

— Já aceitei o fato de que o meu melhor amigo é uma cadelinha e não um ser humano. — Corbyn balança a cabeça, se sentando no sofá.

— Não é só isso... — Torço os lábios nervoso e ele me olha incrédulo.

— Tem mais?! — Ele quase grita e eu seguro a risada. — Não bastou correr atrás dela igual um boizinho e ir pro aniversário do pai dela? Francamente, Daniel.

— Você é exagerado. — Reviro os olhos, me divertindo com sua reação. — Ela está vindo pra cá.

— Você tá brincando né? — Ele passa a mão no rosto. — Vem fazer o quê? Você sabe que eu não suporto essa cobra peçonhenta.

— Não vai chamar ela de cobra peçonhenta enquanto ela estiver aqui. — Falo e consigo ouvir ele murmurar um "me obrigue". — Ela vem me ajudar a pintar o cabelo, você sabe que se eu fizer sozinho vai dar merda.

— Eu já vou indo então. — Ele se levanta e eu o olho feio, mas a campainha toca e ele congela.

— Ela chegou. — Falo sem conseguir conter o riso. — Você fica aí.

Corbyn bufa e se senta novamente, enquanto eu vou até a porta atender, vendo Ella com uma sacola na mão e imagino que seriam as coisas que precisaríamos. Ela sorri e me dá um selinho, entrando.

— Uma aposta, Daniel? — Ela pergunta e eu faço uma careta concordando.

Havia apostado quem ganharia uma partida de FIFA entre Jack e Zach com Corbyn e quem perdesse pintaria o cabelo de rosa.

— Vou pegar a vasilha pra misturar a tinta, esse é meu amigo que eu sempre falo. — Aponto Besson e ele dá o sorriso mais falso que já vi na vida.

— Cory, né? — Ella pergunta e eu vou rindo para a cozinha.

Faço um esforço para não demorar, tinha medo de quando voltar Corbyn estar enfiando os tubos de água oxigenada abaixo da garganta de Ella. Quando volto, surpreendentemente, os dois estavam vivos e a água oxigenada ainda estava na sacola.

— Você bem que podia pintar comigo, Bean. — Falo na esperança de convencê-lo.

— Nem pensar. — Ele arregala os olhos, me olhando como se eu fosse maluco por confiar meu cabelo à Ella. Logo, ele levanta e vai observar ela misturar a água oxigenada e o pó descolorante. — Você sabe fazer isso, hein?

— Já pintei meu cabelo mais vezes do que você pode pensar. — Ela dá os ombros.

— E nunca deu errado não? — Ele pergunta implicando e sinto Ella respirar fundo antes de responder.

— Se me ofereci pra ajudar é porque não né. — Ela disfarça patada com um sorriso como sempre fazia e eu me sento no sofá, me perguntando se essa havia sido a melhor ideia que eu poderia ter tido.