ㅡ 04 de julho de 1993.

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Eu acordei com um som infernal de um filhote de cachorro chorando. Meu quarto tinha duas janelas, uma que dava para a casa de Richie e outra que dava para a mata. Nenhum de nossos vizinhos tinham filhotes de cachorros, e esse foi o tema principal do café da manhã, de onde estava vindo aquele choro.

Eu, Carl, e depois de um tempo, Richie, começamos a rodar o quintal para tentar ouvir de onde vinha o som, chegando na conclusão que era de dentro da mata virgem, havia algum cachorrinho preso por lá. Mas então nós tínhamos um segundo problema, como faríamos para entrar no meio das plantas se aquilo era uma mata completamente fechada?

Carl apareceu com um facão e deu para mim, à essa altura parte da vizinhança estava no nosso quintal para ver o desfecho da história. Como eu era o menor dali e maior de 12 anos (minha altura sempre foi uma humilhação para mim) eu fui o responsável de entrar no meio do mato para procurar o bicho. Eu estava apavorado com a ideia de ter alguma cobra ou algum inseto que pudesse me picar, mas o choro do animalzinho me deixou de coração partido.

Não demorou muito para achá-lo, ele ainda era um filhote e estava quase que desnutrido, perdido no meio de tantas árvores que formavam caminhos estreitos. Ninguém sabia como ele havia parado ali, mas o que importava é que conseguimos tirá-lo e cuidar dele. A primeira coisa que fizemos foi alimentá-lo, depois, dar um banho pois ele estava completamente sujo de barro e com carrapichos no seu pelo, ele parecia ser algum cruzamento de poodle com outra raça.

Chamamos ele de Toby, e a noite ele só quis dormir comigo.

1993, I miss you - ReddieOnde histórias criam vida. Descubra agora