ㅡ 16 de junho de 1993.

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Eu conheci a tal grávida, seu nome era Mandy. Nona me fez ir junto à ela para o outro lado do bairro onde morava a tal gestante, disse que eu precisava esticar minhas pernas para não ficar como ela quando estivesse velho. 

Eu pensava que a mulher era bem mais velha, com marido e tudo mais, só que era apenas uma menina de uns vinte e poucos anos que estava por criar seu filho sozinha. Ela não parecia triste, pelo contrário, abriu um sorriso radiante ao ver as roupinhas que Nona havia bordado. Ela era negra, de cabelos cheios, alta e parecia usar apenas roupas coloridas. Sua barriga estava tão grande que me dava medo da forma que aquele bebê nasceria. 

Nós conversamos sobre a gravidez, o que foi legal, pois ela não me exclui do assunto assim como os adultos faziam (talvez porque ela não seja tão mais velha que eu). Ela teria o bebê pelas próximas duas ou três semanas, o nome dele seria Edward, o que foi uma coincidência, ela contou que gostou do meu apelido e que chamará seu filho da mesma forma.

Ela me chamou para tomar um chá qualquer dia desses, provavelmente, antes do seu filho nascer, pois ela não terá muito tempo disponível depois. Eu aceitei, pois tudo o que eu mais tinha por lá era tempo disponível.

No caminho de volta, Nona contou que Mandy era uma menina gentil, mas que era uma megera por ter engravidado de um homem qualquer, que ela apenas estava a ajudando por suas questões financeiras. Eu não concordei, eu não achava que Mandy era uma megera ou algo do tipo, mas não contestei Nona, não queria arranjar briga com alguém que está me hospedando além do fato de que ela já é velha e na sua época tudo era diferente.

1993, I miss you - ReddieOnde histórias criam vida. Descubra agora