Barulhos incessantes de sirenes ecoavam pela cidade de Santa Clara. Os bombeiros estavam em busca de sobreviventes, mas não havia nenhum. Todos no prédio, exceto os segurança externos, haviam morrido nas explosões. Yan e Aline estavam sentados no chão, desolados. Régis e Ana Clara apareceram de repente.
Ana Clara abraçou o sobrinho e fingia um choro sofrido, enquanto Régis abraçava Aline e tentava acalmá-la.
- Vai ficar tudo bem! – disse Ana Clara.
- Nada vai ficar bem! Perdi meus pais! Como vamos viver sem eles? – perguntava Yan em meio a soluços.
- Darei um jeito em tudo! – disse ela.
Mércia chegou ao local, e correu para abraçar a amiga.
- Oh meu Deus, eu vi no noticiário! Sinto muito! – disse Mércia fingindo tristeza.
- Estou desolada! Quem seria capaz de plantar explosivos aqui na JETech amiga? – perguntava Aline.
- Vai saber! Tem louco pra tudo! – respondeu. – Porque acha que foi plantado algo aí?
- Explosivos não surgem do nada, e meus pais não trabalhavam com explosivos!
Mércia encarou Régis, e em seguida olhou para Ana Clara.
- Senhor Griffin! Senhorita Jones! – disse o delegado Carter.
- Pois não? – perguntou Yan.
- Queiram me acompanhar! Os dois! – disse Carter sério.
...
- Então, foi assim que tudo aconteceu! Agora entendi tudo! – disse Yan.
- Como provaremos que não fizemos absolutamente nada? – perguntou Aline.
- Não sei! Mas precisamos sair daqui e pensar na melhor forma de provar nossa inocência! – disse Yan.
- Tudo bem, mas como faremos isso? – perguntou Aline.
...
Melina recebeu uma ligação de um número desconhecido e atendeu.
- Alô!?
- Melina, sou eu! – disse uma voz conhecida do outro lado da linha.
- Liz!? – perguntou Melina.
- Aonde você está?
- Na delegacia Liz! – respondeu.
- Ouça bem Mel, Yan e Aline estão sendo vitimas de um plano macabro de Ana Clara, Carter, Régis, Mércia, Camilla, Marcos, Fernando, e da minha irmã! Eles pretendem herdar a herança dos Jones e dos Griffin! Você tem que ajudar eles! Não deixe que nada de mal os aconteça! Por fa... – a ligação foi interrompida.
- Liz! – gritou Melina.
...
- Você é muito astuta, devo admitir, mas eu sou mais! – disse Maiara a Liz.
- Por favor, me deixa sair daqui!
- Cala a boca Liz! Se acha esperta demais não é? Quanto tempo você achou que eu ficaria sem perceber que estava sem meu celular? – perguntou, e em seguida estapeou a irmã.
...
Marcos e Fernando entraram no departamento de polícia e Melina os viu, e decidiu agir como se nada tivesse acontecido.
- Marcos! Fernando! – disse Melina cumprimentando-os. – O que desejam?
- Olá Melina! Viemos falar com o Carter! – disse Marcos.
- Oh, sim, claro! – respondeu. – Me acompanhem!
Melina os levou até a sala de Carter.
- Senhor Felipe? – falou Melina.
- Pois não? – respondeu.
- O senhor Marcos Evans está aqui para falar com o senhor e também o doutor Fernando Altamira! – falei.
- Oh, sim! Peça-os para entrar, e feche a porta por favor! – ordenou.
- Sim! – disse Melina saindo da porta. – Entrem rapazes!
Melina esperou eles entrarem e saiu de lá rumo ás celas.
...
- Vamos pensar bem em um plano Aline! O pior é que não temos ninguém para nos ajudar! – disse Yan.
- Todos acreditam que somos assassinos! – disse Aline. – Mas estou com você!
Yan e Aline se abraçaram.
- Se algo me acontecer nessa fuga, quero que faça justiça por mim! – disse Yan.
- Não fale assim! Vamos nos sair bem! Eu prometo proteger você, que a partir de hoje é meu amigo! – disse ela.
Yan e Aline riram.
- Que ironia não? Até algumas hora atrás, nós não nos suportávamos. – disse Yan.
- Ei! – chamou Melina.
- O que quer? Veio nos buscar para mandar para o presídio? – perguntou Yan.
- Não! Me escutem! Eu confio e acredito que são inocentes! Liz me contou tudo! – disse Melina.
- Liz? – perguntou Yan.
- Sim, mas ela não disse onde está! – respondeu Melina.
Após contar toda a história, Yan e Aline estavam estagnados.
- São oito envolvidos! E o meu namorado e minha melhor amiga estão metidos nisso! Como fui burra! – disse Aline.
- Não me surpreendi com minha tia, mas sim com meu padrinho e com o doutor Fernando! E a Maiara, envolvida em tudo isso! – disse Yan.
- E aquela descarada da Camilla, é uma das ex-namoradas do meu pai! Porque ela estaria envolvida? – perguntou Aline.
- Algo ela queria, e alguém prometeu dar isso a ela! – disse Melina. – Bom, mas precisamos sair daqui!
- Nós vamos sair daqui? – perguntou Aline.
- Vão sim! – disse Melina mostrando as chaves.
Após abrir ás celas, Melina guiou os dois até o pátio do departamento de polícia.
- Aqui, as chaves de uma das viaturas! – disse Melina entregando a chave para Aline.
- Eu não sei dirigir, isso é com você! – disse Aline jogando as chaves para Yan.
- Depois que saírem nesse carro, vocês serão perseguidos, mas eu tenho um plano! Vou fazer com que os outros se acidentem! – disse Melina. – O resto é com vocês!
- Obrigado Melina! Te devemos essa! – disse Yan a abraçando em seguida.
- Vamos! – disse Aline. – E, obrigado Melina!
Yan e Aline entraram na viatura e saíram do departamento de policia em alta velocidade, quebrando os portões do pátio. Ana Clara ia chegando no departamento de polícia, quando viu Aline no carona de uma viatura.
Ana Clara entrou na sala de Felipe, e viu Marcos e Fernando.
- Vocês já estão transferindo os assassinos? Que rápido! – disse ela.
- Tá louca? – perguntou Felipe.
- A não ser que eu esteja, eu vi a Aline no carona de uma de suas viaturas Carter! – disse ela.
- Droga! Eles fugiram! – esbravejou Felipe.
...
Melina tirou suas roupas de policial e entrou em seu carro.
- É Melina, você acabou com sua carreira, mas foi por uma boa causa! – disse para si mesma.
Melina saiu cantando pneu, e foi embora.
...
- FUGIRAM? – gritou Mércia.
- Calma! Eles não vão ter coragem de ir atrás de ninguém, estão assustados! – disse Ana Clara.
- Eu espero que não! – disse Mércia assustada.
- Fica tranquila!
...
Felipe reuniu seus policiais e os mandou seguirem os fugitivos.
- Policial Olavo, onde está Melina? – perguntou irritado.
- Eu não sei! – respondeu.
- Maldita desgraçada! Foi ela! Você me paga Melina! – gritou Felipe.
Felipe saiu do departamento de polícia e entrou em uma viatura com Olavo.
- Vamos! Corre com isso! Temos que capturá-los! – gritou Felipe.
...
Uma viatura ligou as sirenes, e Yan olhou pelo retrovisor.
- Eles na estão vindo! – disse Yan.
- Mais rápido Yan! – gritou Aline. – Continua!
- Eu tô tentando, mas não sou nenhum piloto! – disse ele nervoso.
- Temos que despistar eles! – disse Aline.
- Não tem como! – disse Yan.
Um carro surgiu do nada e se atravessou no caminho das viaturas. Duas bateram contra o carro. Melina apareceu do outro lado do carro, e atirou nos pneus das viaturas que estavam vindo. Mais duas viaturas bateram em postes e uma capotou.
- Isso deve atrasá-los. – disse ela.
Melina entrou em seu carro e foi embora dali.
...
Felipe viu cinco viaturas abatidas e esbravejou.
- Desgraçados! Como conseguiram fazer algo assim? – perguntou.
- Não sei senhor! – disse Olavo.
- Corre com isso, ainda temos quatro viaturas! – Felipe pegou o rádio da viatura e pediu reforços. – Todas as unidades, precisamos de reforço! Fugitivos estão indo rumo á São Francisco!
...
Aline encontrou um mapa no carro.
- Sem celular, isso é a única coisa que pode nos ajudar Yan! – disse ela.
- Onde estamos exatamente? – perguntou Yan.
- Em alguns minutos estaremos no Golden Gates! – disse Aline.
- A ponte Golden Gates? – perguntou incrédulo.
- Sim! Em São Francisco! – respondeu ela.
- Estou muito nervoso, nunca precisei fugir de nada! – disse ele.
- Agora é diferente Yan! Fomos vítima de uma complô! Por dinheiro! – disse Aline.
- Ah, droga! – disse Yan.
- O que aconteceu? – perguntou Aline.
- A gasolina, não temos tempo de abastecer! – disse ele. – Espera aí, um carro ali!
Yan parou a viatura e desceu com Aline. Yan fingiu estar armado e rendeu o motorista.
- Passa as chaves amigão! Por favor! – disse ele.
- Calma! Eu entrego! – disse o homem com muito medo entregando as chaves.
- Cai fora! – gritou e o homem correu.
Yan e Aline entraram no carro, e continuaram dirigindo.
...
- Chefe, olha ali! – disse Olavo.
- Malditos! Devem ter roubado outro carro! – disse Felipe.
- Senhor, por favor, me ajudem! – disse um homem desesperado.
- O que aconteceu? – perguntou Felipe.
- Um casal levou meu carro! – disse o homem!
- Como é seu carro, e qual a placa? – perguntou Felipe ardiloso.
...
- Estamos na ponte Golden Gates Aline! – disse Yan contente.
- Aí meu Deus! – disse Aline.
Uma fila de viaturas vinha diante deles.
- Tenta voltar! – disse ela.
- Não vai dar não! – disse ele olhando pelo retrovisor.
Yan continuou dirigindo e aumentou a velocidade ainda mais.
- O que vai fazer? – perguntou Aline.
- Confia em mim! Só põe o cinto! – disse ele.
Aline pôs o cinto desesperada e aguardou para saber qual o plano, mas Yan nada disse. Yan continuou acelerando o carro, até que um tiro acertou um dos pneus, fazendo com o que Yan perdesse o controle do carro e ele capotasse algumas vezes até cair da ponte Golden Gates.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Jogo do Poder - (28 Capítulos)
Ficción GeneralYan e Aline se conhecem desde a infância, pois seus pais são sócios em uma empresa, mas os dois não se dão bem, e evitam um ao outro. Eles se reencontram durante sua fuga do departamento de polícia de Santa Clara, no norte dos Estados Unidos. Ele, a...