O Jogo do Poder - (28 Capítulos)

Capítulo 7 - Seguindo em Frente

- Se você me soltar, podemos conversar como mulheres civilizadas Melina! – disse Maiara quase sufocando.

- Diga-me aonde está a Liz, e eu juro que você nunca mais saberá de nós! – prometeu Melina.

- Tudo bem! – disse Maiara vencida.

Felipe e Olavo se aproximavam das duas mulheres, e o delegado pegou seu revolver, e disparou contra Melina. Olavo ficou estático, em choque, enquanto o corpo de Melina, caia lentamente sobre Maiara.

Clara e Camilla ouviram os disparos, e correram em direção ao jardim.

- O que aconteceu aqui? – perguntou Clara aflita.

- Ouvimos dispa... – Camilla parou de falar rapidamente ao ver o corpo de Melina sem vida no chão, e soltou um grito.

- Melina tentou me matar sufocada Clara! – disse Maiara ofegante.

- Olavo e eu chegamos a tempo e protegemos a prefeita! – disse Felipe.

- Parece que esse seu policial não estava pronto para ver a Melina morrer Carter! – disse Maiara.

- Ele vai ficar bem! – disse Felipe.

- Esse corpo não pode ficar jogado aqui! Retire-o agora! – ordenou Clara.

Felipe deu uma risada macabra, e olhou para Clara.

- Vocês são testemunhas do que aconteceu aqui! A policia não pode saber o que eu fiz! Posso perder meu cargo. – disse Felipe.

- O que você quer que a gente faça? – perguntou Camilla.

- Desovar o corpo em algum lugar! – disse ele.

Clara, Camilla e Maiara se entreolharam e depois olharam para o corpo no jardim. Camilla pegou as pernas, enquanto Clara e Maiara pegaram cada uma, um braço de Melina e a levaram até o carro de Olavo. Felipe foi até o lado de fora da mansão Griffin, e

- Vai levar o corpo no carro dele? – perguntou Maiara.

- Não vai levantar suspeitas, se é o que quer saber, senhora prefeita! – disse Felipe debochado.

- Vamos logo! Tira esse corpo daqui! – mandou Clara.

Felipe conseguiu fazer com que o Olavo fosse com ele, e os dois saíram da mansão.

...

...França...

Daniel entrou em casa muito feliz, por finalmente conseguir ajudar Ben.

- Ben, tenho uma ótima notícia! – disse Daniel.

- Nossa! O que seria? – perguntou.

- Consegui um emprego pra você! Alexia me contou da sua vontade de trabalhar para conseguir montar sua empresa! – disse Daniel.

- Ah, ela disse? – falou Benjamin encarando Alexia.

- Ah irmão! Aceite! – disse Alexia. – É o primeiro passo da nossa nova vida!

- Tudo bem! – aceitou Ben.

- Onde ele vai trabalhar meu amor? – perguntou Carla.

- Na mansão da senhora Liliane Griffin! – disse ele.

Benjamin e Alexia sentaram no sofá, e ficaram sem fala. Carla e Daniel os observaram, e sentaram-se também.

- O que aconteceu? Algum problema Ben? – perguntou Carla.

- Você não gostou do trabalho! É isso? – perguntou Daniel preocupado.

- Não é isso! – disse Alexia olhando atenta para o irmão.

- Eu sou muito fã da marca, é isso! Nunca imaginei que trabalharia para Liliane Griffin. – disse Benjamin, voltando a si aos poucos.

- Ah, ótimo! Você já começa na segunda-feira! – disse Daniel.

- Tudo bem! – disse Benjamin. – Preciso fazer uma ligação! E, obrigado Daniel!

Ben caminhou para o quarto, e Alexia o seguiu. Os dois entraram e Ben fechou a porta.

- Tantas pessoas aqui na França, e eu vou trabalhar para a tia Liliane? – perguntou ele.

- Yan! Quer dizer, Ben! Pode ser a vida nos dando outra chance! Você pode tentar falar com ela, explicar a história! – disse Alexia.

- Aline, não dá! É arriscado demais, para nós dois! – disse ele.

- É! Pensando melhor não é de bom tom falar com ela agora! – concordou Alexia.

- Li uma matéria outro dia sobre ela! – disse Benjamin. – Ela está doente, e é uma doença terminal, e eu não queria perder mais ninguém!

- Calma! Não vai perder ninguém! – disse Aline o acalmando.

- Mais uma coisa, é bom usarmos os nomes Ben e Alexia, senão alguém nos descobre! – disse ele.

- Vamos nos policiar para isso não acontecer mais! – disse ela o abraçando.

...dias depois...

Leopold aguardava Benjamin no portão da mansão, e logo ele chegou acompanhado de Daniel.

- Senhor Daniel! – disse Leopold cortês.

- Leopold! – cumprimentou. – Este é o Ben!

- Prazer meu rapaz! – disse Leopold estendendo uma de suas mãos para Benjamin.

- Prazer! – respondeu o rapaz tocando-lhe a mão.

- Dona Liliane os aguarda! – disse Leopold.

Após andarem um pouco, os três entraram na mansão. Liliane estava sentada em sua poltrona, que ficava em frente á lareira.

- Senhora! – chamou Leopold.

- Já sei Leopold! O rapaz está aqui! Por favor, se retire, e leve Daniel com você! – disse ela ainda sentada, de costas para Benjamin.

- Sim senhora! – respondeu Leopold. – Vamos senhor Daniel!

Daniel olhou para Ben, e sussurrou um boa sorte.

- Se aproxime senhor Benjamin! – pediu Liliane.

Ben foi andando vagarosamente, até ficar diante da tia que não via há anos.

- Sou Benjamin! – se apresentou.

- É mesmo? – perguntou. – E eu sou a rainha Elizabeth!

- Não entendi a piada da senhora! – disse ele.

- Não era piada meu rapaz! – disse ela séria, encarando-o e olhando em seus olhos.

- Porque me olha tanto? Me conhece? – perguntou ele engolindo em seco.

- Esses olhos... – disse ela, e em seguida ponderou por alguns segundos. - ...me lembram os da minha irmã, Julie.

- Julie Griffin! – disse ele em um momento de fraqueza.

- Espere! Como sabe o nome da minha irmã? – perguntou ela.

- Os noticiários! – ele foi astuto e ágil na resposta.

- Sim! Como não lembrei! – disse ela triste. – E, quando você iria me contar que depois de tudo o que houve em Santa Clara, você havia fugido para a França meu querido sobrinho?

Yan olhou para Liliane rapidamente, e sentiu o coração bater mais forte.