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Três dias se passaram e nenhum sinal dele, tomara que tenha percebido que nem amizade vai acontecer entre nós!
Eu estava no quarto estudando quando recebo uma mensagem do Marcos e saio de casa correndo:

— O que está fazendo aqui? Os meus pais não podem ver você, não é suposto me procurar eu é que procuro você quando me apetece! — Digo assustada.

— Estava morrendo de saudades suas! — Ele me abraça pensando que eu fosse acreditar nessa mentira.

— Podia me ligar!

— Eu sei mas quis fazer uma surpresa.

— Que surpresa mais desagradável, se alguém nos apanhar aqui, eu mato você! — Digo tentando não enforcar ele.

— Não quer passar a tarde comigo amanhã? Podemos lanchar em minha casa!

— "Lanchar" ? — Olho pra ele com uma cara de deboche, é incrível como esses caras só têm um objetivo.

— Não vai rolar, tem o aniversário... da minha avó! — Minto.

— Não faz mal, teremos mais oportunidades!

— Eu tenho de ir, nunca mais apareça sem me avisar! — Dou um beijo nele e entro.


(...)
No dia seguinte, saio da universidade e vejo o Victor sentado no capô do carro...

— Por favor me diga que veio ver outra pessoa!     — Digo indo ter com ele.

— Que outra pessoa seria?

— Você desaparece do mapa e reaparece do nada!

— Isso são saudades?    — Ele pergunta.

— Não, porque consegui descansar a vontade!         

— Como assim?

— Nada, esquece!      — Digo tentando desviar o assunto, quando a amiga dele passa e nem sequer olha pra ele.

— O que se passou durante esses dias?    — Pergunto tentando entender...

— Nada demais, eu pedi pra ela parar com os seus cumprimentos calorosos por respeito ao seu namorado e ela pensou que eu estivesse a ofendendo ela então me bloqueou em todas as redes sociais!    

— Devia ir atrás dela para reatar a amizade do que estar aqui forçando amizade comigo!   

— Você é sempre assim fria com as pessoas? 
Entra, vamos para casa!

— Eu sei que não vai me levar para casa portanto eu prefiro ir sozinha!

— Da última vez você chegou bem em casa... estávamos nos dando tão bem o que se passou?

— Qual é o seu objectivo, Victor?   

— Vitão!    — Ele corrige.

— Você primeiro me trata mal, me ignora e agora faz de tudo pra ser meu amigo?
Não acredito em você!     — Digo... ele olha fixamente pra mim, vira e entra no carro.

— Se você quer a resposta, então é só me seguir!

— A minha mente dizia para entrar no carro e assim teria todas as respostas mas a minha dignidade dizia não porque isso nunca termina bem e esses caras pensam logo que já estamos nas mãos deles...
Acabo por entrar no carro e ele acelera, definitivamente o meu plano de me manter afastada dele não estava funcionando...

Minutos depois ele para o carro e sai:

— Vai ficar aí? — Pergunta olhando para mim pela janela.
Saio do carro e vou até aos bancos de pedra onde ele estava sentado.

FallingOnde histórias criam vida. Descubra agora