A casa em Galdroi estava ocupada por outra família. Não era a mesma casa que Kara vira Lena sair dois anos antes, mas era bem maior, sem dúvidas. Ela observou sem real interesse quando um homem careca saiu da casa com um carro esportivo enquanto uma mulher com avental acenava na porta com duas crianças agarradas à sua perna.
Após eles retornarem para dentro, Kara decidiu averiguar. Tomando cuidado para não ser vista como mais que uma transeunte descuidada, ela checou a caixa de cartas para algo com o nome de James, mas só encontrou contas no nome de Alan McHale. Ela deixou tudo lá e decidiu dar uma volta pela casa. Não havia nada que indicasse o nome de uma imobiliária ou vendedor antigo. Estava prestes a dar meia volta e voltar para o metrô para os próximos endereços que Nia havia achado quando uma criança surgiu da esquina da casa com os braços apertados em torno de um coelho de pelúcia.
Parecia um filme de terror, e Kara se xingou mentalmente por deixar-se ser surpreendida por uma criança.
"Quem é você?" Ele perguntou com a voz fina e apenas um pouco assustada.
Kara tentou sorrir, mas nunca gostou de crianças. "Uma amiga."
"Eu não conheço você."
"Então não devia estar falando comigo, não é?"
Antes que a criança pudesse responder, a mãe apareceu e segurou seu braço com firmeza como se tivesse medo dele correr de seu toque. "Ah, Peter, aí está você. Não pode..." Sua voz sumiu quando percebeu Kara parada à sua frente. Mesmo apesar de seu tamanho pouco ameaçador, sua presença era marcante. Ela tinha postura confiante, olhos frios e calculistas e rosto sem emoções. Além de uma cicatriz em seu olho esquerdo que podia causar um impacto. "Quem é você?"
"Kara Danvers, detetive particular." Não fazia sentido mentir. Era melhor ter a mulher como amiga do que tê-la correndo para chamar a polícia. "É a senhora McHale?"
"Sim, como você..."
"Detetive particular." Kara repetiu. "Posso lhe fazer algumas perguntas?"
A mulher tinha um olhar assustado no rosto, mas se abaixou para ficar no nível dos olhos do filho. "Querido, por que não vai lá dentro brincar com seu irmão?" A criança obedeceu rapidamente e ela voltou a se levantar. "O que uma detetive particular faz no meu quintal?"
"Não tem nada a ver com a senhora, não se preocupe. A quanto tempo mora nessa casa?"
"Um ano e meio."
Kara fingiu anotar em seu bloco de notas. Sua memória era impecável, ela não precisava realmente anotar as coisas. "Sabe quem morou aqui antes?"
"Um colega do meu marido. Assim que anunciou que estava deixando esta casa nos interessamos em comprá-la."
"Uhum." A detetive rabiscou uma linha horizontal em seu bloco. "Sabe o nome deste colega?"
"Doutor Olsen."
"Este título pertence a pessoas que fizeram doutorado, senhora." Kara comentou secamente. "Estou correta em dizer que o nome deste homem é James Olsen?"
"Sim. O que quer com ele?"
Fazendo alguns riscos como janelas, Kara fingiu concentração máxima, antes de olhar para cima do bloco. "Sabe onde ele está agora?"
"O que quer com ele?"
"Conversar." Não era ela que queria conversar, mas não era uma mentira. "Sabe onde ele mora agora?"
"Não."
"Tem certeza?"
"Ele não trabalha mais com Alan. Saiu a alguns meses, não nos falamos desde então."
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Olho por olho - Supercorp
RomansaSenhor Olsen, ao seu lado na cama se encontra minha esposa. Ela significa tudo pra mim, eu lhe dei tudo, mas ela decidiu cair na cama errada esta noite. Eu estou com sua esposa aqui, senhor Olsen. Olho por olho. Adaptação (peguei no fanfics Brasil...