O RENEGADO

12. Última Lua

O GRANDE BAILE

Meu último dia, espero que hoje seja melhor que ontem o terno está passado e engomado em cima da minha cama, a flor de pulso vermelha está em cima do paletó. Hoje infelizmente o dia estava voando, já eram quase meio dia. Tudo estava perfeito.

-Filho –Diz minha mãe me observando com carinho pela porta, com lagrimas nos olhos ela pergunta –É hoje?

-Sim, mãe é hoje. –Como não chorar? Ao ver a pessoa que tanto me amou e me cuidou chorar por se sentir incapaz de me proteger de algo que eu mesmo procurei, sabe a resposta é simples chore junto com ela, e foi isso que fiz dei um apertado abraço nela.

-Não há nada que se possa fazer? –Ela me pergunta chorando em meus ombros. Havia mais uma tentativa, mas não iria dar falsas esperanças.

-Não mãe! Pare de chorar ok! Hoje é dia de festa vou ao baile e vou me divertir.

-Não é justo! Não é justo não está certo um filho morrer primeiro que a mãe.

-Por favor mãe! Para não quero me sentir pior do que já estou apenas siga em frente você é jovem bonita, siga sua vida, tenha outro filho, arrume um emprego ocupe a cabeça.

Ela me olha seus olhos estavam vermelhos, assim como os meus. Ela acaricia meu rosto e diz:

-Não é tão simples assim, você foi a razão do meu viver por 17 anos e não será fácil assim arrumar outra razão de viver!

-Desculpe mãe, mas vai ter que ser te amo, te amo muito, mas você vai ter que superar!

As lagrimas escorriam do meu rosto, desço as escadas correndo passo a mão rapidamente em meu bolso traseiro e sinto o envelope lacrado que iria entregar para Peter no hospital. Bem e lá estava eu, o quarto estava vazio ele ainda dormia. Percebo que ele tinha companhia pelo buque de flores ao lado da cama, retiro a carta que escrevi para ele e para o Jack e coloco embaixo do enorme vaso colorido. Me sento na poltrona ao lado dele, já que estava dormindo acho que não faz mal desabafar com um amigo inconsciente. Quem nunca?

-Faz tempo em que não conversamos! Acho que não teremos outra chance de conversa, então vou começar logo. Sabe aqueles sonhos que tivemos, de conquistar o mundo conhecer, Londres, Paris o Rio de Janeiro pois é amigo não vamos realizar. Hoje é meu último dia, escrevi tudo que precisa saber sobre hoje para você, não se preocupe pois tudo acaba hoje. Sinto muito você quase morrer ontem, mas sei lá foi burrice sua como não sabe que nunca colocaria vocês em risco. Você e aquele cabeção do Jack são meus irmãos, lembra quando o Jack quebrou seu skate do Ben 10, então não foi ele eu quebrei e coloquei a culpa nele, fiz o mesmo com seus fones, o controle do play e muitos outros, pobre Jack sempre levou por mim. Então esse é o nosso adeus, caro amigo. Desculpe-me qualquer coisa quero que saiba que foi um orgulho de chamar de amigo!

-Igualmente! –Diz Jack me surpreendendo, olho para ele e pergunto:

-O que você ouviu?

-Acho que tudo principalmente a parte que você quebrou as coisas e colocou a culpa em mim! –Sorrimos, então desabo em lagrimas e dou um abraço nele:

-Desculpa não queria que fosse assim! Está sendo muito mais difícil do que eu pensei que seria.

-Você consegue, Geovane você sempre foi o mais forte e esperto do nosso trio de nerds, você vai conseguir enganar o Diabo!

Respiro fundo e me recomponho, enxugo as lagrimas do rosto e aberto a mão de Jack e pergunto:

-Até o baile?

-Até –Ele diz, saio da sala e ando em direção à minha casa hora de encarar todos e dizer o e dizer o famoso Adeus, nunca pensei na morte se iria doer, se meu crânio seria esmagado sei lá. Apenas queria poder mudar minha vida, novamente um novo começo com Beth com meus amigos com minha mãe seria o mesmo antes do pacto, sabia que iria morrer, mas poderia entrar no céu. A porta vermelha de casa nunca pareceu tão intimidadora, abro a porta e todos estavam na sala com um enorme bolo de chocolate escrito 'Feliz aniversário', realmente aquilo me surpreendeu, sorrisos e bolões alegravam a casa. Meu sorriso se abre a corro para o braço em quadruplo.