O RENEGADO

13.Demônios Anjos e o Renegado

Ela desliga na minha cara, meu coração, será que ela é uma renegada também? Me levanto do trono e puxo a mão de Beth corremos entre os alunos que mal sabia o que estava acontecendo abro a porta para o corredor e vejo Jack, estava elegante sorrio para ele e corro para abraça-lo, sua voz estava rouca mal conseguia ouvi-lo:

-Atrás de vocês -Ouso o grito de Beth, era Insufer em forma de cão do inferno, as luzes da escola se apagam e a escuridão toma conta, não sabia o que estava acontecendo apenas sabia que a hora chegou. Os gritos vinham do ginásio as portas se fecham sozinhas agarro a mão de Beth, estavam por todos os cantos as pequenas e horrendas crianças.

-Você dize que iria me soltar! Estou esperando até agora -Diz Insufer arrastando suas garras nos armários do corredor os destroçando, Jack entra em minha frente e começa a orar, estava usando a magia que aprendemos na floresta:

-Oxus oslost mistc manistic!

Insufer corre na direção dele e o agarra os dois são sugados para debaixo da terra, rapidamente me ajoelho no chão e bato minha mão esquerda na parede e digo:

-Retornem!

Os dois desabam de cima do forro derrubando metade do andar superior, via o cão caído um pouco à frente do corpo de Jack que estava desmaiado corro até ele, escoriações estavam por todo seu rosto e braço, infelizmente no dia seguinte ele iria ter que pagar o esmoque alugado, o arrasto até o canto da parede e o deixo encostado entre os armários, corto a palma de minha mão e desenho o sinal da cruz em sua testa, tinha algo errado os gritos tinham parado, as crianças ao meu redor desaparecido.

-Fique aqui -Digo à Beth a deixando próximo a porta de saída, o relógio marcava 0:35 minutos faltava pouco para o fim, as portas do ginásio estavam fechadas, as pessoas estavam em pé imóveis, algo muito bizarro e estranho estava acontecendo, isso me dava medo.

-Oi -Digo à Jenny que estava parada olhando para cima, a luz vermelha da lua entrava pela alta janela do ginásio, os olhos dela estavam negros o mesmo olhar que meu pai estava quando possuído, então a ficha caio todos estavam possuídos.

-Não vá! -Jenny me diz, me afasto dela com cuidado, acabo esbarrando em alguns alunos que se viram para mim seus olhos também estavam negros em unísson eles dizem "Não vá!", olho ao me redor e todos estavam vindo em minha direção corro para a saída derrubando algumas pessoas.

-Beth! Beth! -Grito por ela, mas ela não estava em lugar nenhum, Insufer não estava mais entre os entulhos caídos no corredor, Jack ainda estava desmaiado escorado entre os armários, corro para saída a escuridão cobria toda a cidade. Lembro do que Gabriel me dize em nosso último encontro "Na hora certa você vai saber o que fazer", a hora chegou e eu sabia que tinha de roubar um carro então eu o faço roubo o carro de Jenny sem muito esforço. No pequeno carro amarelo corro para a estrada da ponte, me recordo daquela visão horrenda de Beth se jogando da ponte, sabia que era ele que estava em seu corpo, mas não sabia como pois ela usava todas as proteções conhecidas contra demônios. Como na minha visão ela estava na ponte seu vestido longo e preto se esvoaçava com a força dos ventos:

-Qual era o trato Insufer? -Grito para ele saltando do carro, espero que Jenny tenha seguro esqueci de puxar o freio de mão e o carro estava descendo para o lago.

-Os planos mudaram meu caro amigo, agora ou você me traz definitivamente ou ela irá morrer eu juro que jogo o corpo dela dessa ponte!

Meu coração batia forte "sempre juntos, não importa o que aconteça eu cuido de você e você cuida de mim" as palavras ditas por Beth a sete anos atrás em um hospital vem em minha mente, lágrimas escorriam pelo meu rosto. Os ventos sobravam forte a tempestade estava para chegar, respiro fundo e digo:

-Faça os desenhos! -As chamas riscam o asfalto da ponte o pentagrama invertido estava lá, me ajoelho no chão e desenho um círculo imaginário com as mãos meu sangue escorria pelo corte que fiz ao desenhar o sinal de proteção em Jack, minha casca estava mais fraca como nunca antes a pele da minha face estava se desfazendo caindo.

-Deixe ela entrar no círculo de proteção e seguiremos em frente!

-Como irei confiar em você? -Insufer me pergunta se aproximando de mim lentamente, sorrio para ele e digo com lágrimas nos olhos.

-Eu a amo e nunca deixarei que nada de mal aconteça à ela. -Ele me abraça e novamente Beth era Beth, estava fraco com dores em todo o corpo dou um último beijo em seu rosto e coloco ela dentro do círculo desenho o sinal da cruz em sua testa e a deito com cuidado dentro do círculo.

-Que lindo vocês são perfeitos um para o outro! Agora me invoca! -Diz Insufer já dentro do círculo, me coloco na ponta do desenho e digo:

-Venha a terra saía do escuro! Seja carne e sangue se misture entre nós Invoco seu nome Insufer filho de Lúcifer! -Algo acontecia a lago começa a arde em chamas meio humano meio cavalo Insufer estava no meio do círculo. Seus gritos eram ouvidos de longe, os alunos possuídos começam a aparecer entre as árvores do bosque estava realmente com medo mais sabia o que fazer. Insufer sai do círculo o sangue escorria de meus olhos e nariz, começo a sorrir e digo:

-Invoco a ti Lúcifer, lhe mostro o traidor! -A ponte começa a rachar, seus pedaços caiam sobre as chamas embaixo dela.

-O que você fez? -Grita Insufer para mim correndo em minha direção fecho os olhos e ouso seus casco trotando sobre a ponte, mas algo o derruba ao abrir os olhos vejo pai e filho em uma luta mortal, chifres e socos se entrelaçam. Faltava a última invocações, mas ouso os gritos de Beth:

-Não! Para com você vai morrer. -Olho para ela e dou-lhe um sorriso discreto, o último sacrifício e todos estariam a salvo. Enquanto Lúcifer e Insufer se matavam eu retirava a parte de cima do meu terno, o sangue escorria pelos meus poros sentia as correntes me puxando para baixo olho para cima e o chamo.

-Gabriel! Gabriel! -O chamo por alguns segundos então a luz cai sobre mim, podia ver as correntes correndo em meu peito a lava saindo de dentro de mim, até as assas saírem da minha tatuagem. A batalha de Insufer e Lúcifer estava chegando ao fim, com Lúcifer ferido no peito por uma chifrada recebida de Insufer e o Luz arrancando a cabeça do filho e jogando aos meus pés, Lúcifer como previa foi o vencedor. Podia sentir o poder do anjo em mim eu era a arma e ele a pessoa atrás do gatilho, meu sangue que escorria pelo meu corpo era sugado novamente para dentro de mim. Estava quase pronto, podia ver e sentir tudo que o anjo fazia com meu corpo com um machado dourado que cai do céu Gabriel vai ao ataque de Lúcifer, sentia o vento dos golpes que desvia, sentia o machado se cravando na pele do inimigo. Até que Lúcifer agarra meu braço bato as assas e tento voar, mas ele segura minhas assas, via as penas voarem então ele arranca a assa direita a dor era insuportável, mas continuava a lutar. A ponte estava se despedaçando minha preocupação era com Beth que chorava dentro do círculo, estava caído no chão Lúcifer com vários furos pelo corpo misto meio humano meio touro seu chifre esquerdo estava no chão o buraco em seu peito soltava um líquido negro, o relógio estava quebrado seu ponteiro havia parado exatamente as três da manhã, a assa estava queimando embaixo da ponte, os alunos possuídos apenas assistiam envolta da ponte. Estava com medo, com dor, não sabia se estava certo no que fiz. Beth chorava e as lembranças vinham em minha mente algo lindo nossos lábios se encostando pela primeira vez no hospital, seu olhar triste ao me ver chorar quando Jenny me deu o fora. Não podia desistir, "Eu te amo" ouvia ela dizer, o fogo subia pelos pilastras da ponte me levando seguro firme o machado:

-Fique no círculo -Diga para ela seu olhar brilhava como nunca antes, apenas com uma assa, apenas com a fé de que Beth estaria a salvo quando eu partisse isso me dava força.

-Renuncio você, louvo a Deus e amarei apenas uma mulher! -Digo à Lúcifer, podia sentir sua fúria! Satanás estava o cão comigo, sorrio para ele o sangue escorria pelo meu peito a tatuagem ardia sentia que algo estava para acontecer então espero ele dizer alguma coisa, suas palavras eram de ódio:

-Você é meu! Sua força é minha e agora vou levá-lo comigo e vou de castigar o resto da eternidade -Seus trotes faziam com que a ponte desabasse a cada passo que ele dava em minha direção sorrio e corro em sua direção, levanto o machado o mais alto que posso e golpeio seu braço que acaba se soltando de seu corpo caindo sobre um enorme buraco que se abria entre nós então caímos no rio em chamas.